A cruz do senhor não é imposta

quinta-feira, 24 de março de 2011


Salve Maria!

Este artigo abaixo foi um comentário que recebi em um dos artigos do Blog, porque o achei extremamente rico em informações, pedi ao autor que permitisse que eu o publicasse de uma forma mais visível no blog, e não ficasse escondidinho apenas num comentário. Vale a pena ler:

E o Senhor disse: "De fato, bebereis do meu cálice, mas não agora comigo". A Cruz do Senhor não é imposta. O Senhor os convidou e não antecipou seu desejo, mas esperou que quisessem também a cruz. Noutra passagem disse: "Se alguém quiser me seguir, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e me siga". Enquanto Ele mesmo se dirigia a Jerusalém, quando, então, São Pedro O tentou a não ir. Foi aí que Ele chamou São Pedro de satanás. A Cruz é a Missão do Filho!

Ao abraçar a cruz em direção à Cruz de Cristo, a Jerusalém e ao Gólgota, o católico leva adiante a Missão que é do Filho. Uma Missão no Corpo: "não quisestes sacrifício, nem holocausto, mas me destes um corpo". Não é Missão do Espírito Santo, nem do Pai, porque o Filho é quem Se incarnou. Festejamos a Festa da Incarnação neste mês, agradecendo a Jesus por ter vindo derramar Seu Sague por nós. Por isso, São Paulo disse que completava na carne o que faltou à Paixão do Senhor.

Seguia com a Cruz e, por ela, abandonou todo outro discurso. Escândalo para os judeus, loucura para o mundo, ignorância para os "sábios" gregos. Por isso, Jesus diz no capítulo 6 do Evangelho segundo São João que o objetivo da Comunhão é viver dEle, por Ele e para Ele, como Ele veio do Pai e viveu para o Pai ou pelo Pai. Até que Ele venha. Porque a Cruz prossegue até que Ele venha. Ou não?

Alguém já está livre de sofrer? E de sofrer por anunciar a Cristo? Aqui, também é devida uma anotação sobre Nossa Senhora e seu silêncio. Assim como sobre sua identidade com Cristo. Jesus não a chamou para ir a Jerusalém. Jesus caminhava ao largo, quando chorou sobre Jerusalém. Ele não havia saído da casa de sua mãe. Nossa Senhora foi para a Paixão do Senhor por iniciativa própria e silenciosamente. Foi para estar de pé ao pé da Cruz. Foi porque seu coração se unia plenamente ao Coração de Jesus. Unidos no mesmo Amor e na mesma Paixão. E uniu suas lágrimas de mãe ao Sangue de Seu Filho. A algumas videntes, Jesus disse que uma das visões que mais Lhe doeu foi ver e sentir o sofrimento de Sua Mãe na Sua Paixão. Seu coração imaculado atravessado pela espada de dor. Certamente, ela não sofria só por Cristo, mas também pelos pecadores ou por nós e nossos pecados.

Agora, a Igreja católica também parece fazer um desvio de 180 graus para evitar o discurso da Cruz desde São Paulo - que passa ainda por São Paulo da Cruz, o fundador dos passionitas, por São João da Cruz, por São Pedro da Cruz, pelos estigmatizados como Santa Rita da Ferida de um Espinho, desojosa da Cruz e por São Francisco de Assis ao chorar estridentemente alto a Paixão do Senhor, até receber a marca e a dor de Suas chagas - para querer viver apenas da Ressurreição ou dos prazeres dos quais exige o mundo, ao qual procura abraçar, apesar deste odiar o Senhor, assim como seus seguidores. Esquecendo a máxima "ad lucem per crucem", ou como a figurou o próprio São Francisco: "ninguém pode chegar ao Sábado Santo sem antes passar pela Sexta-Feira da Paixão". E isto por iniciativa própria, porque o Senhor nunca forçará ninguém, nem mesmo a alta hierarquia sucessora dos apóstolos, uma vez que nem a estes forçou. 


Só para completar e para se ver que a Cruz do Senhor nunca nos é imposta, pouco tempo antes de receber seus estigmas, São Francisco de Assis disse que teve uma visão do Senhor na qual Ele lhe oferecia duas coroas, uma em cada mão. Na mão esquerda uma coroa de espinhos e na mão direita uma coroa de flores, sem nada dizer e apenas a estender suas mãos. Quando, então, São Francisco escolheu e tomou a coroa de espinhos, o Senhor lhe dirigiu um sorriso discreto e cheio de gratidão para, logo em seguida, desaparecer.

Autor: Leonardo Maciel


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Salve Maria!

Que o Espírito Santo conduza suas palavras. E que Deus nos abençoe sempre.

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***Para maiores esclarecimentos: não sou adepta deste falso ecumenismo, não sou relativista, não sou sincretista, não tenho a mínima vontade de divulgar heresias; minha intenção não será outra a não ser combater tudo que cito acima!

Por fim, penso que esclarecidas as partes, que sejam bem vindos todos que vierem acrescentar algo mais neste pequeno sítio.