Preguiça ou acídia.

segunda-feira, 14 de março de 2011



Salve Maria!

Uma das formas mais comuns da preguiça é justamente a repugnância pelas alturas espirituais e morais. Quer-se é viver bem, mas sem exageros de esforço nem loucuras de idealismo. Ser bom, ser um “cristão médio”, com a "sua"  medida de religião, vá lá. Mas levar o cristianismo a sério e em plena coerência com a fé, isso considera-se fanatismo! Tirando as inúmeras desculpinhas que os preguiçosos podem tirar manipulando o próprio Evangelho a seu gosto.

É muito interessante verificar que a sabedoria dos antigos, já desde os primeiros séculos do cristianismo, ao enfocar a preguiça, contemplava quase que exclusivamente o seguinte conteúdo: a resistência a atingir a altura espiritual e moral própria de um filho de Deus, de um cristão.

Na linguagem clássica cristã, o vício capital da preguiça era designado com o nome de acédia (ou acídia). A acédia é fundamentalmente uma tristeza, uma tristeza ácida e fria – daí o nome –, que invade a alma ao pensar nos bens espirituais – na virtude, na bondade, no amor a Deus e ao próximo –, precisamente porque não são fáceis de alcançar nem de conservar. Exigem esforço, renúncia, sacrifício. E o egoísmo e o egoísta se defendem.

A repugnância que sente por tudo quanto é abnegação e doação generosa vai criando depósitos azedos no coração, e acaba transferindo para Deus e para os próprios bens árduos que Deus pede uma fria antipatia, que pode terminar em aversão: “um tédio que acabrunha”, diz Santo Tomás de Aquino. Esta aversão primeiramente contra o esforço que é carregar verdadeiramente a Cruz, avança contra o esforço que é buscar as virtudes, indo de encontro contra o próprio Deus e todos seus filhos que desejam ser virtuosos.

A preguiça detesta o que o amor abraça, entristece-se com o que alegra o amor.

Observa Santo Tomás que os pecados carnais são mais vergonhosos que os espirituais porque nos rebaixam ao nível do animal; contudo, os espirituais, os únicos que se compartilham com o demônio, são mais graves, porque vão diretamente contra Deus e nos afastam Dele.

Conseqüências da Preguiça Espiritual


- Desistência das tarefas religiosas necessárias para a nossa salvação e santificação.
- As más tendências tendem a aumentar pouco a pouco, manifestando-se por numerosos pecados veniais que nos dispõem a cometer graves faltas.
- Busca de consolações materiais, prazeres inferiores com a finalidade de fugir da tristeza e desgosto, pela privação da alegria espiritual através da sua própria negligência e preguiça.
- Tristeza maligna que oprime a alma, dela nascem a malícia, o rancor sobre o seu próximo, desencorajamento, torpor espiritual mesmo pelo esquecimento de preceitos e, finalmente, procura de coisas proibidas, que levam à curiosidade, loquacidade, inquietude, instabilidade e agitação infrutífera. Desta forma a pessoa chega a uma cegueira espiritual e a um progressivo enfraquecimento da vontade.

Todo pecado capital será vencido pelos constantes exercícios espirituais, penitências, mortificações e óbvio constante busca dos Sacramentos da Penitência (Confissão) e da Eucaristia. Também gostaria e reforçar que contra todos os pecados capitais temos um grande trunfo, o Santo Rosário!

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Salve Maria!

Que o Espírito Santo conduza suas palavras. E que Deus nos abençoe sempre.

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***Para maiores esclarecimentos: não sou adepta deste falso ecumenismo, não sou relativista, não sou sincretista, não tenho a mínima vontade de divulgar heresias; minha intenção não será outra a não ser combater tudo que cito acima!

Por fim, penso que esclarecidas as partes, que sejam bem vindos todos que vierem acrescentar algo mais neste pequeno sítio.