São Nicolau de Tolentino, Confessor

sexta-feira, 30 de julho de 2010

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Dia de comemoração:
10 do setembro

O nome Nicolau significa: "Vitorioso com o povo" (Nico = vitorioso. Laos = povo). O sobrenome Tolentino veio da cidade italiana onde trabalhou e morreu.
Seus pais depois de muitos anos de matrimônio não tinham filhos, e para conseguir do céu a graça de que lhes chegasse algum herdeiro, fizeram uma peregrinação ao santuário de São Nicolau do Bari. No ano seguinte nasceu este menino e em agradecimento ao santo que lhes tinha conseguido o presente do céu, puseram-lhe por nome Nicolau.
Já desde muito pequeno gostava de se afastar do povo e ir-se a uma caverma orar. Quando já era jovem, um dia entrou em um templo e ali estava pregando um famoso frade agostiniano, o Padre Reginaldo, que repetia aquelas palavras de São João: "Não amem muito o mundo nem as coisas do mundo. Tudo o que é do mundo passará". Estas palavras o comoveram e se propôs a tornar-se religioso. Pediu ser admitido como agostiniano, e sob a direção do Padre Reginaldo fez seu noviciado nessa comunidade.
Já religioso o enviaram a fazer seus estudos de teologia e no seminário o encarregaram de distribuir esmola aos pobres na porta do convento. E era tão exagerado em repartir que foi acusado perante seus superiores. Mas antes de que lhe chegasse a ordem de destituição desse ofício, aconteceu que impôs suas mãos sobre a cabeça de um menino que estava gravemente doente dizendo: "Deus te curará", e o menino ficou instantaneamente curado. Desde então os superiores começaram a pesar que seria deste jovem religioso no futuro.
Ordenado de sacerdote no ano de 1270, fez-se famoso porque colocou suas mãos sobre a cabeça de uma mulher cega e lhe disse as mesmas palavras que havia dito ao menino, e a mulher recuperou a vista imediatamente.
Foi visitar um convento de sua comunidade e lhe pareceu muito formoso e muito confortável e dispôs pedir que o deixassem ali, mas ao chegar à capela ouviu uma voz que lhe dizia: "A Tolentino, a Tolentino, ali perseverará". Comunicou esta notícia a seus superiores, e a essa cidade o mandaram.
Ao chegar a Tolentino se deu conta de que a cidade estava arruinada moralmente por uma espécie de guerra civil entre dois partidos políticos, o güelfos e os gibelinos, que se odiavam até a morte. E se propôs dedicar-se a pregar como recomenda São Paulo. Oportuna e inoportunamente". E aos que não iam ao templo, pregava-lhes nas ruas.
A Nicolau não interessava nada aparecer como sábio nem como grande orador, nem atrair os aplausos dos ouvintes. O que lhe interessava era entusiasmá-los Por Deus e obter que cessasse as rivalidades e que reinasse a paz. O Arcebispo Santo Antonino, para ouvi-lo exclamou: "Este sacerdote fala como quem traz mensagens do céu. Prega com doçura e amabilidade, mas os ouvintes estalam em lágrimas para lhe ouvir. Suas palavras penetram no coração e parecem ficar escritas no cérebro do que escuta. Seus ouvintes suspiram emocionados e se arrependem de sua má vida passada".
Os que não desejavam deixar sua antiga vida de pecado faziam o possível para não escutar a este pregador que lhes trazia remorsos de consciência.
Um desses senhores se propôs ir à porta do templo com um grupo de amigos a boicotar um sermão do Padre Nicolau com seus gritos e desordens. Este seguiu pregando como se nada especial estivesse sucedendo. E de um momento para outro o chefe da desordem fez um sinal a seus seguidores e entrou com eles ao templo e começou a rezar chorando, de joelhos, muito arrependido. Deus lhe tinha tocado o coração. A conversão deste antigo escandaloso produziu uma grande impressão na cidade, e logo já São Nicolau começou a ter que passar horas e horas no confessionário, absolvendo aos que se arrependiam ao escutar seus sermões.
Nosso santo percorria os bairros mais pobres da cidade consolando aos aflitos, levando os sacramentos aos moribundos, tratando de converter os pecadores, e levando a paz aos lares desunidos.
Nas indagações para sua beatificação, uma mulher declarou sob juramento que seu marido lhe batia brutalmente, mas que desde que começou a ouvir o Padre Nicolau, mudou totalmente e nunca mais voltou a maltratá-la. E outras testemunhas confirmaram três milagres obrados pelo santo, o qual quando conseguia uma cura maravilhosa lhes dizia: "Não digam nada a ninguém". "Dêem graças a Deus, e não a mim. Eu não sou mais que um pouco de terra. Um pobre pecador".
Morreu em 10 de setembro de 1305, e quarenta anos depois de sua morte foi encontrado seu corpo incorrupto. Nessa ocasião lhe tiraram os braços e da ferida saiu bastante sangue. Desses braços, conservados em relicários, saiu periodicamente muito sangue. Isto tem tornado nosso santo ainda mais popular.

São Nicolau de Tolentino viu em um sonho que um grande número de almas do purgatório lhe suplicavam que oferecesse orações e missas por elas. Desde então dedicou-se a oferecer muitas santas missas pelo descanso das benditas almas. Possivelmente nos queiram pedir também esse mesmo favor as almas dos defuntos.

pax.

Apostasia na Igreja e no Mundo

quarta-feira, 28 de julho de 2010

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Porto Alegre RS: Estäo substituindo a Santa Missa por cultos ecumênicos
25.07.2010 - Nota de  www.rainhamaria.com.br - por Dilson Kutscher

Recebi de um amigo o seguinte E-mail:
No primeiro semestre de 2010, o capelão da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre informou ao Provedor daquela Instituição que iria substituir horários de missa por cultos ecumênicos. Apesar da discordância do Senhor Provedor, homem de muita fé e oração, com a disparatada proposta, o capelão insistindo na idéia de adotar esta prática, vem divulgando textos como que se intitula "Como acolher os irmãos de outras religiões?" , e que foi afixado no mural da Capela Senhor dos Passos da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.Também, o referido capelão, bem como seu assistente (padre), em desobediência ao amado Papa Bento XVI, vêm negando-se a dar a Sagrada Eucaristia aos fiéis que a desejam receber de joelhos. A pregação ecumênica da Senhor capelão, lembramos, está sendo feita em uma Instituição centenária que foi liderada pelo nosso saudoso Cardeal Dom Vicente Scherer e que portanto se trata de um ambiente tradicionalmente católico de longa data>
Recebi também do amigo Everth Queiroz Oliveira, do site http://beinbetter.wordpress.com defensor das tradições da Santa Igreja Católica, o seguinte artigo sobre este triste fato acima descrito.
Leiam e reflitam...
A SANTA MISSA OU O CULTO ECUMÊNICO?
Como entender o ecumenismo proposto pelo Concílio Vaticano II? A pergunta é importantíssima para os católicos do mundo inteiro, em especial para os católicos dessa nação. No entanto, mais importante que a existência da pergunta é a obtenção da resposta. No Brasil, tem se confundido o verdadeiro ecumenismo com um sincretismo religioso e com um irenismo relativista que, na verdade, só prejudicam e dificultam a existência de um diálogo em busca da unidade. E nós bem sabemos que “só na verdade é que a caridade refulge e pode ser autenticamente vivida” (Caritas in Veritate, n. 3). É preciso rejeitar toda proposta ecumênica que deixe de lado as verdades que foram ao longo dos séculos reveladas por Deus à Igreja Católica, única realmente fundada por Nosso Senhor.
Sim, reconhecer a importância do ecumenismo em nosso tempo nunca pode ser uma atitude tomada contra a fé da Igreja. Não há problema nenhum em ver no movimento ecumênico “um chamado de Deus, chamado deste à concórdia, à fraternidade e ao serviço pelo Reino”. O problema está em pensar que a intolerância da doutrina católica com as mentiras que são pregadas por outras comunidades religiosas é algo condenável. Jesus Cristo afirmou que é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). E deixou bem claro: Ninguém vem ao Pai senão por mim. O diálogo com as denominações não-cristãs não pode deixar de lado essa verdade, assim como o diálogo ecumênico não pode deixar de lado o ensinamento dos Santos Padres e do Magistério, que incute a necessidade da Igreja para a salvação dos homens.
“Não é lícito promover a união dos cristãos de outro modo senão promovendo o retorno dos dissidentes à única verdadeira Igreja de Cristo, dado que outrora, infelizmente, eles se apartaram dela” (Mortalium Animos, n. 16). Essa é a recomendação da Igreja para a execução de um ecumenismo católico. Não é defeito, portanto, querer que os irmãos de outras religiões reconheçam seus erros e tornem-se católicos, porquanto só assim a união dos cristãos se dará de maneira lícita. “É absolutamente necessário que toda a doutrina seja exposta com clareza. Nada tão alheio ao ecumenismo como aquele falso irenismo pelo qual a pureza da doutrina católica sobre detrimento e é obscurecido o seu sentido genuíno e certo” (Unitatis Redintegratio, n. 11). Ademais, ensina o Catecismo da Igreja que “não se podem salvar aqueles que, não ignorando que Deus, por Jesus Cristo, fundou a Igreja Católica como necessária, se recusam a entrar nela ou a nela perseverar” (§ 846).
Em nosso país, temos notícias de situações extremamente degradantes. Os horários que eram reservados à celebração do Santo Sacrifício da Missa estão sendo utilizados para a promoção de “cultos ecumênicos”, muitas vezes realizados com intuitos pouco ortodoxos. A Tradição é deixada de lado e os fiéis que querem receber a Sagrada Comunhão de joelhos e na boca têm que se levantar porque os sacerdotes negam dar-lhes o Corpo e Sangue de Cristo dessa maneira.
Pelo amor que Deus manifestou pela humanidade enviando seu Filho Jesus para nos salvar, pedimos que a celebração de renovação do Sacrifício da Cruz, pelo qual as almas são salvas, não seja deixada de lado. Pedimos que o ecumenismo e o diálogo religioso se dêem em total consonância com o Sagrado Magistério da Igreja, porquanto seria muito triste para essa Terra de Santa Cruz ver o Sacrifício da Missa, que existe na Igreja desde o primeiro século, reprimido em nome de celebrações que nem um século de vida têm.
E que a Santíssima Virgem, Mãe da Igreja, interceda pelo Brasil

Dia 26/07 - Santa Ana mãe da sempre Virgem Maria

domingo, 25 de julho de 2010

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Mulher nazarena que apesar de não ser mencionada nos Evangelhos, pela tradição da Igreja Católica seria a mãe da Virgem Maria e, portanto, avó materna de Jesus Cristo. De acordo com a tradição, era filha de Natã, sacerdote belemita, e de Maria, e foi a mais jovem de três irmãs bíblicas. Suas outras irmãs mais velhas seriam Maria de Cleofas, mãe de Salomé, e Sobé, mãe de santa Isabel, que geraria são João Batista. Casou-se com são Joaquim e por muitos anos permaneceu estéril, só dando a luz a Maria em avançada. Teria morrido pouco depois de apresentar Maria no Templo, consagrando-a a Deus, quando a filha contava apenas três anos de idade. Seu culto difundiu-se no Oriente, e no século VI o imperador Justiniano mandou erguer-lhe um templo em Constantinopla. Nos séculos seguintes a veneração expandiu-se também pela Europa. Em uma bula (1584) o papa Gregório XIII instituiu que sua festa seria comemorada no dia 26 de julho, mês que passou a ser denominado mês de sant'Ana. Venerada como padroeira das mulheres casadas, especialmente das grávidas, cujos partos torna rápidos e bem-sucedidos, é também protetora das viúvas, dos navegantes e marceneiros.

ORAÇÃO

Oh, tu que não és bendita entre todas as mulheres,

Mas que geraste aquela que é;

Tu que és, plenamente, uma de nós, irmã de nossas misérias e partícipe de nossas

humilhações,

Estéril, cujo nome nos chega, entre as brumas da lenda,

Tu que alcançaste aquela que alcançou graça diante de Deus,

Fonte da fonte e mãe da Mãe que nos foi dada,

Roga por nós e pelos pobres frutos de nossos ventres,

Doces e amargos frutos que, como tu, queremos dar a Deus.

Tu que guiaste a que foi guia do Caminho,

Indica-nos a via.

Tu que ensinaste a que foi mestra daquele que é a Verdade,

Ensina-nos a ensiná-los.

Tu que deste à luz a Mãe da Vida,

Mostra-nos como gerá-los para a vida eterna.



Amen.

Fomos criados para honrar e dar glória a Deus!

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«Primeiramente: tenha sempre a alma o desejo contínuo de imitar Cristo em todas as coisas, conformando-se à sua vida que deve meditar para saber imitá-la bem, e agir em todas as circunstâncias como ele próprio agiria.


Em segundo lugar, para bem poder fazer isto, se lhe for oferecida aos sentidos alguma coisa de agradável que não tenda exclusivamente para a honra e a glória de Deus, renuncie e prive-se dela pelo amor de Jesus Cristo, que, durante a sua vida, jamais teve outro gosto, nem outra coisa quis senão fazer a vontade do Pai, a que chamava a sua comida e manjar. Por exemplo: se acha satisfação em ouvir coisas em que a glória de Deus não está interessada, rejeite esta satisfação e mortifique a vontade de as ouvir. Se tem prazer em olhar para objectos que não levam a Deus, afaste este prazer e desvie os olhos. Igualmente nas conversações e em qualquer outra circunstância, deve fazer o mesmo. Numa palavra, proceda deste modo na medida do possível, em todas as operações dos sentidos; no caso de não ser possível, basta que a vontade não queira gozar desses actos que lhe vão na alma. Desta maneira há-de deixá-los logo mortificados e vazios de todo o gosto, como às escuras. E com este cuidado, em breve aproveitará muito.

Para mortificar e pacificar as quatro paixões naturais que são gozo, esperança, temor e dor, de cuja concórdia e harmonia nascem inumeráveis bens, trazendo à alma grande mérito e muitas virtudes, o remédio universal é o seguinte:

Procure sempre inclinar-se não ao mais fácil, senão ao mais difícil. Não ao mais saboroso, senão ao mais insípido. Não ao mais agradável, senão ao mais desagradável. Não ao descanso, senão ao trabalho. Não ao consolo, mas à desolação. Não ao mais, senão ao menos. Não ao mais alto e precioso, senão ao mais baixo e desprezível. Não a querer algo, e sim a nada querer. Não a procurar o melhor das coisas temporais, mas o pior; enfim, desejando entrar por amor de Cristo na total desnudez, vazio e pobreza de tudo quanto há no mundo.

Abrace de coração essas práticas, procurando acostumar a vontade a elas. Porque se de coração as exercitar, em pouco tempo achará nelas grande deleite e consolo, procedendo com ordem e discrição.

O homem espiritual deve:

1.º Agir em seu desprezo e desejar que os outros o desprezem.

2.º Falar contra si e desejar que os outros também o façam.

3.º Esforçar-se por conceber baixos sentimentos da sua própria pessoa e desejar que os outros pensem do mesmo modo.»



(São João da Cruz, "Subida do Monte Carmelo" - Capítulo XIII)

Congresso Montfort 2010 - Direita: a Gnose disfarçada de catolicismo

segunda-feira, 19 de julho de 2010

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Tema

Direita: a Gnose Disfarçada de Catolicismo
"porquanto, fazem promiscuamente o papel ora de racionalistas, ora de católicos, e isto com tal dissimulação que arrastam sem dificuldade ao erro qualquer incauto" Enciclica Pascendi - São Pio X"

Local

EZ Aclimação Hotel
Av. Armando Ferrentini, 668 - Aclimação - São Paulo – SP
(próximo às estações do Metrô Ana Rosa e Paraíso)

http://www.ezaclimacao.com.br/


Programa e horários


Sexta-feira, 13 de agosto de 2010

19h30 Credenciamento

20h00 Apresentação

20h30 Palestra 1: Antropoteísmo: Gnose e Panteísmo na história (Prof. Ronaldo Mota)

22h00 Encerramento do primeiro dia


Sábado, 14 de agosto de 2010

08h30 Palestra 2: O Evangelho Gnóstico-Romântico: as visões de Anna Katharina Emmercik (Profa. Dra. Ivone Fedeli)

10h00 Intervalo

10h30 Palestra 3: Joseph de Maistre: um gnóstico na orientação doutrinária dos católicos (Prof. Ms. Alexandre Pinheiro)

12h00 Almoço

13h30 Palestra 4: Charles Maurras: um ateu na liderança dos católicos (Prof. André Melo)

15h00 Intervalo

15h30 Palestra 5: A direita serva da esquerda: o exemplo da II Guerra Mundial (Profa. Ms. Érika Matos)

17h00 Encerramento do segundo dia


Domingo, 15 de agosto de 2010

09:00 Palestra 6: Vaticano II: omissões e silêncios (Profa. Ms Laura Palma)

10h30 Intervalo

11h00 Palestra 7: Conservadorismo e corrupção: o caso dos Legionários de Cristo (Profa. Ms. Lúcia Zucchi)

12h30 Almoço

14h00 Palestra 8: TFP/Arautos: a doutrina oculta (Profa. Ms. Lúcia Sant´Anna)

15h30 Intervalo

16h00 Palestra 9: TFP/Arautos: a história da formação de uma seita (Prof. Ms. Alberto Zucchi)

17h30 Encerramento. Observação: 18:30: Missa Tridentina no Mosteiro de São Bento

Inscrições

Taxas:

O custo de participação no congresso é de R$ 150,00, incluindo o material a ser distribuído, coffe-break e almoço nos dias 14 e 15.

Para aqueles que desejarem colaborar com a realização do congresso sugerimos o valor de inscrição de R$ 200,00.

Padres, religiosos e religiosas são isentos da taxa.

Inscrições:

1. Enviar e-mail para congressos@montfort.org.br solicitando participação e informando:

Nome completo:
C Cidade/UF:
Fo Telefone para contato:
E E-mail.

Na sequência, você receberá uma resposta informando se ainda há vagas disponíveis.

A confirmação de participação se dá mediante depósito bancário na seguinte conta:


B Banco Itaú

Agência 0047

Conta 56170-9


Associação Cultural Montfort

CNPJ 62.267.935/0001-96


Hospedagem, serviços, etc.


Para sua comodidade, o hotel EZ Aclimação, local das palestras, oferece aos congressistas hospedagem:

EZ ACLIMAÇÃO HOTEL

O hotel oferecerá condições especiais de hospedagem para os participantes do Congresso.

Endereço: R. Armando Ferrentini, 668 – CEP 04103-030 – Aclimação – S. Paulo – SP.

Telefone: 11 - 3346-7799 begin_of_the_skype_highlighting 11 - 3346-7799 end_of_the_skype_highlighting 11 - 3346-7799 begin_of_the_skype_highlighting 11 - 3346-7799 end_of_the_skype_highlighting

Contracepção.

sábado, 17 de julho de 2010

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Ao contrário do que muitos afirmam, a Igreja não "aconselha" o uso da tabela; ela tolera que com motivos graves (perigo de vida para a mãe e de transmissão de doença para o filho são os exemplos dados) seja verificados e usados propositadamente os dias inférteis para relações conjugais.




Contudo ela não aconselha de modo algum que isso seja feito; isto é apenas tolerado quando há motivos graves para fazê-lo, e não deixa de constituir pecado, como aliás qualquer relação sexual feita apenas por prazer e sem a intenção ao menos virtual de conceber.


Qualquer tipo de contracepção (entendida como maneira de ter atividade sexual sem intenção procriativa), seja ela por abstinência periódica ou por barreira, hormônios, etc., é condenada pela Igreja. A abstinência períódica porém é tolerada quando há razões graves para isso, mas não é nunca aconselhada nem seu uso é permitido sem razões realmente graves.


Isso não quer dizer, evidentemente, que o casal deve ter relações sexuais todos os dias, mas que verificar os dias inférteis para ter relações apenas neste dia com o intuito de evitar a concepção é pecaminoso e tolerado apenas quando há razões graves para tal.


A sociedade paganizada em que vivemos, por outro lado, quer evitar que nasçam crianças. Existem até os que comparam o ser humano a uma praga, a um câncer espalhado pela terra. :(


E assim esta sociedade procura tornar difícil, se não impossível, que os casais façam aquilo que é o objetivo primeiro do casamento e que, aliás, eles juraram fazer ao casar: aceitar e criar todos os filhos que Deus mandar. Ou vc acha que este juramento é só para ficar bonito na tela do vídeo, entre um efeito de computador e outro?


Assim é necessário mais uma vez - como aliás é a prática da Fé Cristã - ser considerado louco pelo mundo e apegar-se à Verdade e ao que Deus quer de nós.


Um dos problemas maiores da loucura de nossa sociedade é justamente querer negar a Lei Natural. As mulheres são praticamente forçadas a abandonar o cuidado dos filhos, os pais são praticamente forçados a "terceirizar" a educação (escola, curso disso e daquilo, etc), a própria educação para o trabalho é considerada criminosa (acabam de proibir a contratação de aprendizes, garantindo que os jovens cheguem à idade adulta achando que o mundo lhes deve garantir a subssistência sem trabalho...), supérfluos são considerados indispensáveis (iogurtes que "valem bifinhos", toddinhos e gosminhas achocolatadas, etc.)...


Mais uma vez, devemos apegar-nos à sabedoria de Deus, e não à sabedoria do homem. Os seus argumentos são, se levados ao paroxismo, na verdade uma apologia do modelo escandinavo que provoca a maior taxa de suicídio infantil na face da terra: é mais importante encher a criança de toddinhos que de irmãos. Ora, isso é contrário à lei de Deus, é uma ruptura do juramento feito no matrimônio e uma negação do próprio matrimônio.


O problema não é a relação matrimonial ser "natural" ou não, é ser contraceptivo ou não. O que a Igreja proíbe é a intenção contraceptiva, é o sexo fechado à reprodução, não a "inaturalidade"do instrumento.


A Moral não muda nem pode mudar, e Deus sempre ensinou que é pecaminosa a contracepção (não a "inaturalidade" de alguns métodos), e a Igreja sempre reiterou o que Deus nos ensinou.


Que a contracepção é pecaminosa é parte do Depósito da Fé, e somos alertados quanto a isso na Sagrada Escritura e pelos Padres e Doutores da Igreja. Em Tob 6, 16-17; 6,22 e 8,9 encontramos este ensinamento, assim como em 1Cor 7,a-7. Sto. Agostinho, escrevendo aos Maniqueus, relacionou entre as práticas mais condenáveis desta seita abominável a abstenção sexual durante o período de fertilidade da mulher:


"Pois ainda que não proíbam a relação sexual, vocês, como o disse o Apóstolo há muito tempo, proíbem o matrimônio no seu sentido mais próprio, ainda que esta seja a única boa desculpa para esta relação. Indubitavelmente vocês irão exclamar contra isso, e nos reprovarão dizendo que têm a perfeita castidade na mais alta estima e aprovação, mas não proíbem o matrimônio.


Depois que o disserem com grande ruído e calor, perguntarei quietamente: não são vocês que costumavam aconselhar a observar o máximo possível o momento em que uma mulher, depois de sua purificação, tem mais chances de conceber e a abster-se de coabitação neste período para que uma alma não se prenda na carne [ou seja, para que não haja concepção]? Isto mostra que vocês aprovam ter uma esposa, mas não para a procriação de crianças, mas para a gratificaçào da paixão. No matrimônio, como a lei matrimonial declara, homem e mulher se unem para a procriação de filhos... Onde há uma esposa deve haver matrimônio. Mas não há matrimônio se a maternidade não está em vista; logo, tampouco há uma esposa."


Em nossa sociedade, quando as crianças, a exemplo dos maniqueus, sao vistas como uma abominação, um "erro", um "fardo", é importante lembrar o verdadeiro ensinamento da Igreja: não é a contracepção artificial que é condenável, mas a contracepção, ponto. Os filhos são uma bênção para os pais, são "as flechas com que o arqueiro abastece sua aljava", diz a Escritura.


Apenas circunstâncias realmente muito graves (e o desejo de ter mais dinheiro à disposição, de comprar um carro ou casa maior, a preguiça de cuidar das crianças, o desejo da mulher seguir carreira profissional... nada disso é um motivo grave!) podem tornar justificável a abstenção no seio do matrimônio.


"O marido dê à mulher o que lhe deve; e da mesma maneira também a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre seu corpo, mas sim seu marido. Não vos defraudeis [ou seja, não se abstenham de relações sexuais] um ao outro, senão de comum acordo, durante algum tempo, ***para vos aplicardes à oração*** [não para evitar filhos!!!]; e de novo torneis a coabitar"... (1Cor 7,1-5)


O chamado "método billings" pode ser tão pecaminoso quanto a pílula anticoncepcional, se usado com o intuito de evitar filhos sem deixar de entregar-se à luxúria e sem um motivo realmente sério (risco de vida para a mulher, por exemplo, ou tratamentos médicos que certamente fariam imenso mal à criança...).


Além disso, eu nunca vi, jamais em minha vida, alguém se arrepender de ter tido um filho, seja ele o primeiro ou o décimo...


E na nossa sociedade a única garantia de não nos encontrarmos comendo perna de barata na clínica Santa Genoveva quando envelhecermos é termos filhos e educá-los na Fé. Ou vc acredita em plano de aposentadoria quando a gente não sabe nem se amanhã a moeda vai ser a mesma no país?! ;)


Aliás a definição que Freud deu para a diferença entre sexo "saudável' e pervertido é justamente que quando não se visa a reprodução é perversão...


A nossa sociedade enlouqueceu ao longo deste século sem Deus, deste século que viu o comunismo, o nazismo, o ateísmo de estado e a competição elevada a princípio de organização da sociedade.


Nunca, em nenhum momento da história cristã, foi sequer cogitado que o sexo sem desejo de procriação não fosse pecaminoso. Seitas heréticas pregaram isso, e é a elas que a Sagrada Escritura se refere ao dizer que há os que proíbem o matrimônio (posto que o objetivo do matrimônio é ter filhos e criá-los, não simplesmente ter companhia na frente da TV).


Até mesmo Freud, em sua época ainda não cogitava (ele que pensou tanta bobagem!) em que o sexo indissociado da reprodução, fechado à geracão de vida - por tabelinha, pílula ou camisinha, tanto faz; o problema é, como em todo ato pecaminoso, a intenção - pudesse não ser pervertido.


Na medida em que haja relações sexuais (o que é diferente de simplesmente morar juntos, dividir um apartamento, etc) é necessário, ensina a Igreja e juramos no matrimônio, acolher e criar todos os filhos que Deus nos mande.


Isto já foi definido infalivelmente pelo Magistério da Igreja. Cabe a nós perceber que a sabedoria de Deus é loucura para os homens e a "sabedoria" dos homens é loucura diante de Deus, e aceitarmos o que a Igreja ensina.


Os dados demográficos mais recentes mostram aliás o quanto esta "sabedoria" humana está errada: em muitos países da Europa o número de pessoas aposentadas está alcançando o número de pessoas trabalhando, devido justamente ao egoísmo dos que se negaram a ter filhos.


Sexo não é brinquedo. Do mesmo modo como não podemos comer e vomitar logo em seguida para podermos comer mais, não podemos ter relações sexuais negando-nos à sua consequência e objetivo natural: a reprodução.


Autor: Carlos Ramalhete

Feminista abortista afirma: "Devemos estar preparadas a matar pela causa"

sexta-feira, 16 de julho de 2010

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"O abortamento de 200.000 bebês no Reino Unido a cada ano é o mal menor, independente de como se defina vida ou morte. Se você está disposta a morrer por uma causa, deve estar prepara a matar por ela também."

Assim escreveu a feminista abortista Antonia Senior em uma coluna no jornal Times, de Londres. Em países do primeiro-mundo, onde o tal "problema de Saúde Pública" não faz mais parte da mistureba enganadora abortista, resta-lhes defender o aborto por aquilo que ele realmente é. E é por isto que Antonia Senior pode ser sincera e chamar a matança anual de 200.000 seres humanos de "mal menor".

A sincera feminista, em dado momento de seu artigo, depara-se com a questão da definição do início da vida:

"O que está bastante claro para mim, na ausência de uma objetiva definição, é que um feto é uma vida, seja por qualquer medição subjetiva. Minha filha foi formada na concepção, e toda aquela mal compreendida alquimia, o acidental encontro de um espermatozóide com um determino óvulo, tornou-se minha querida filha, tendo sua personalidade já impressa naquele momento. Ela é ela mesma de forma única -- formada em meu útero, não pela minha criação."

Ou seja, filtrando o determinismo biológico que achei mal colocado, não resta dúvida que a feminista Antonia Senior admite que a vida humana inicia na concepção. Mas isto não a impede de, logo no parágrafo seguinte, ir direto ao ponto que ela quer defender:

"Qualquer outra conclusão é uma mentira conveniente que nós, no lado pró-escolha [N. do T.: eufemismo para "pró-aborto"] do debate dizemos a nós mesmos para que nos sintamos melhor com a ação de tirar uma vida. Aquela pequena coisa em forma de cavalo-marinho flutuando pelo útero é o milagre da vida em crescimento. Em um útero que não o deseja não é uma vida, mas um feto -- e, desta forma, pode ser morto."

"Mentira conveniente"!!! Aqui ela deita por terra até mesmo os argumentos de seus companheiros pró-aborto que insistem em retirar do fruto da concepção seu status de vida humana. Ela é extremamente sincera: é vida humana sim!

No entanto, para ela, o que determina se esta vida humana pode ou não fazer parte de sua estatística de "mal menor" é o simples desejo da mãe. Para a feminista, é a mãe que determina, em qualquer momento da gestação, se ela quer chamar o que vai em seu ventre de vida ou de "feto", o que é a senha para que ser humano que ali vai possa ser morto.

Confuso? Claro que é! Isto não faz qualquer sentido... Porém, é admirável a sinceridade da feminista ao admitir que o lado pró-aborto engana-se ao acreditar em suas próprias "mentiras convenientes"; é admirável que, mesmo à falta de uma objetividade maior sobre o que é a vida (segundo suas palavras), ela admita que na concepção temos já uma vida humana; e é estarrecedor que ela atropele tudo isto para eleger a "vontade da mãe" como uma força maior que o direito à vida de seu filho -- uma vida humana! -- em seu ventre.

É por isto que dizer que aborto é um "problema de Saúde Pública", este mantra produzido por ONGs abortistas e repetido à exaustão por políticos dos mais variados matizes, é simples cortina de fumaça, simples "mentira conveniente" que esconde a real face da luta pró-aborto, que é a suplantação do fundamental direito à vida de um ser humano inocente e frágil pelo direito de que uma mãe escolha a vida ou morte de seu filho.

Já em países como o Reino Unido não há tanto a necessidade de enganar a população, e feministas abortistas como Antonia Senior podem muito bem falar que os pró-aborto têm que estar dispostos não apenas a morrer por sua causa, mas a matar também por ela, pois isto, em última instâcia, é o que o aborto é.

Esta é a essência do movimento pró-aborto: a luta pelo direito de matar seres humanos inocentes e frágeis, cujo único "crime" foi estar no ventre de uma mãe que não o deseja.

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Fontes: http://contra-o-aborto.blogspot.com/

LifeSiteNews

University of Toronto - Students for Life

BENEDICTI ABBATIS

quinta-feira, 15 de julho de 2010

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CRUX SACRA SIT MIHI LUX
NON DRACO SIT MIHI DUX

VADE RETRO SATANA

NUNQUAM SUADE MIHI VANA

SUNT MALA QUAE LIBAS

IPSE VENENA BIBAS

Nossa Senhora, exemplo perfeito de modéstia

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Por Luciana Lachance

Nossa Senhora, exemplo perfeito de modéstia


Pode-se afirmar que a mulher, “olhando para Maria, nela encontrará o segredo para viver dignamente a sua feminilidade e levar a efeito a sua verdadeira promoção.” JPII

Quando dizemos que Nossa Senhora é exemplo perfeito de modéstia, queremos dizer não apenas que Ela foi modesta como nenhuma outra jamais foi ou será, mas estamos precisamente dizendo que Ela é a modéstia por excelência, i.e., não é Maria Santíssima quem encarnou os atributos da modéstia, mas foi Ela quem deu razão para que os atributos existissem.

O exemplo de Nossa Senhora é perfeito porque perfeita é a Mãe de Deus, e como Suas filhas devemos seguir a Sua modéstia, e não a modéstia dicionarizada ou a modéstia contemporânea fora de seu contexto católico. É esta modéstia - e nenhuma outra que não seja por Ela, ou para Ela - que nos manterá na salvaguarda de nosso corpo, onde habita Deus[1], e de sermos ocasião próxima de pecado.

Alguém poderá dizer: “Que absurdo eu ser modesta como Nossa Senhora! Certamente jamais conseguiria tal coisa!”, e com isso nós concordaríamos facilmente, uma vez que ninguém pode ser como Nossa Senhora em nenhum aspecto, posto que uma agulhada numa roupa dada por Maria deu mais glórias a Deus que todas as obras e sacrifícios de todos os santos que já existiram.[2] Mas como o próprio Deus nos exortou a ser santos como Ele (“Sede santos como vosso Pai Celestial é santo” Mt 5, 48), entendemos com isso que temos a obrigação de buscar a santidade, embora não possamos ser como Deus. E como aquele que busca está naturalmente atrás (poderíamos dizer abaixo) de algo, foi-nos dado o exemplo de realmente buscar Deus, que é perfeito (coisa que jamais seremos) e não alguém santíssimo, porém humanamente viável – pois se nosso exemplo fosse humano, não teríamos os santos grandiosos que temos.

A história de todos os santos é uma história dessa busca pela santidade de Deus, que em si mesma sendo inalcançável, pela graça redentora torna-nos possível participar dela. Os santos tiveram certamente como exemplo, outros grandes santos e santas atrás deles, mas apenas porque esses também buscaram a Deus e lhe facilitavam o caminho nessa mesma busca. Por isso eles foram santos. E se nós quisermos ser modestas, teremos de buscar aquela que é a pura modéstia, Nossa Senhora, e não faremos isso nos justificando a todo o momento de que não é possível ser como Ela. Já sabemos disso. Nossa obrigação permanece: como ser santo é a recompensa de quem busca a Deus, ser modesta é a de quem busca Nossa Senhora.

Mas o que significa dizer que Nossa Senhora é mesmo nosso modelo de modéstia? Será que é por acaso apenas usá-La como inspiração nas nossas orações, enquanto para a nossa conduta moral vamos atrás das celebridades das novelas e de Hollywood? Quais são nossos reais entraves para tê-La como modelo? Será que ao falar das modas e das roupas adequadas a uma cristã, a impossibilidade é a de cobrir “muito” o nosso corpo ou é a nossa impossibilidade – construída pelo apego de longos anos – de nos enxergar numa imagem totalmente diferente da “mulher ideal” apresentada em nossos dias?

Sim, porque a mulher imodesta de nossos dias não se restringe àquelas que usam micro-comprimentos, mas sobretudo, a que deseja ser eternamente jovem, cujos braços estão à mostra numa regata que tampouco cobre completamente a sua barriga, e cujo complemento é quase sempre uma calça jeans ou uma saia acima dos joelhos; ou aquela que veste terninho em alguns trabalhos, que usa vestidinhos de alcinha em outros, que deixa o sutiã aparecer e que usa biquíni ou maiô na praia.

Não é exatamente isso o que as católicas, de uma maneira geral, estão usando? Mas se o mundo hoje não é mais influenciado pela Civilização Cristã - mas a odeia de morte - não é contraditório achar que a Moda deste mundo produziu tantas coisas para serem usadas pelas católicas, sem ferir a modéstia? Se a moda atualmente é produzida (pensemos nos estilistas, nos patrocinadores, nas grifes, nos modelos de beleza) apenas por pessoas sem qualquer valor evangélico, como acreditar que essa mesma moda atenda às necessidades da mulher católica, que precisa defender a sua pureza? Ou o mundo não é mais mundo ou estas mulheres católicas querem forçadamente igualar moda mundana com moda modesta, como se fosse possível agradar a Deus e a satanás.

Se a moda, como pretendem alguns, fez tantas roupas que estão aí para serem usadas pelas católicas que têm Nossa Senhora por modelo, então por que a idéia de ver Nossa Mãe vestida com esses trajes da moda atual nos aterroriza? Por que nos sentiríamos ofendidas se víssemos uma imagem de Maria usando calças ou regata? Não apenas diríamos que isso estaria inadequado ou que não haviam calças na época de Nossa Senhora, mas sentiríamos verdadeiro furor. No entanto, alguma de nós fica indignada ao ver Nossa Senhora de Dong Lu vestida de maneira tão diversa da que estamos acostumadas? Não. Então, no fundo, sabemos que grande parte do que a moda atual comercializa – consumida pela grande maioria – é mesmo indigno da mulher católica; não só porque é indigno de vestir uma Rainha, mas porque indigno moralmente

Lembramos que as católicas antes de nós não chegaram até o século XX com determinado padrão dos comprimentos das roupas por feliz coincidência, ou porque nenhuma delas quis “interpretar” os princípios morais da Igreja de maneira divergente. Séculos se passaram – com suas extravagâncias, com seus decotes condenáveis – mas um padrão de modéstia na veste feminina se manteve (tal como podemos verificar facilmente em qualquer história da moda) porque regras foram rigorosamente estabelecidas e seguidas.

Hoje algumas católicas sentem verdadeira frustração por terem de mudar a sua imagem de maneira tão radical, e sofrem porque não entendem que padrão de modéstia é esse que precisa ter todo o corpo “tapado”. Uma vez que as pessoas foram tão despidas, e que a maioria das filhas de Nossa Senhora usa roupa de praia sem maiores constrangimentos, parece inexplicável ter que aumentar o tamanho de uma manga ou de uma saia. Mas se a mulher católica admite que os princípios da Igreja para a modéstia não mudam, e apesar disso escolhe um vestido de alcinhas para casar e comungar, então ela está ridiculamente contradizendo a si mesma afirmando que segue os mesmos princípios de uma católica piedosa do século VI ou do século XVII.

Podemos admitir que éramos ignorantes e não nos era conhecido o fato de que andávamos por aí de maneira escandalosa, apesar do intuito de sermos boas pessoas, ou podemos passar o resto da vida sendo ocasião de pecado e completamente empedernidas no objetivo de tornar modestos todos os modelos aos quais estamos apegadas.

A exortação de ter Nossa Senhora como modelo de modéstia não é apenas uma sugestão piedosa, ela é uma obrigação moral, pois se somos católicas devemos imitar Nossa Mãe em tudo. Nossa Senhora deve e de fato serve de exemplo a todas as vocações femininas, pois se tendemos a pensar Nela apenas como contemplativa, silenciosa, em constante oração (e rapidamente A associamos com a vida de religiosa ou consagrada), nos esquecemos de que Nossa Senhora foi esposa, mãe e rainha do lar. E como esse papel foi duramente atacado nas últimas décadas, já não podemos conceber a maternidade como a Igreja nos ordena, mas colocamos em seu lugar a imagem de que a mulher casada tem a constante preocupação de manter a aparência em disputa com as demais, como se para manter o casamento ela precisasse sempre estar no “páreo”.

Tragicamente, dizemos que a mulher casada não “pode” estar tão modestamente vestida, como se nossas obrigações de ser uma digna esposa e cuidar dos filhos exigisse menor quantidade de pano. A vocação da mulher casada foi transfigurada porque antes a própria mulher o foi; o matrimônio se transformou num espaço que legitima a conduta de tantas mulheres que reproduzem o estilo de vida antes reservado àquelas que escolhiam a perdição: preocupação constante de não engravidar, de não envelhecer e de realizar desejos sexuais. Quantas de nós já não repetiram a infame máxima de que se quiséssemos ser “puras” teríamos virado freiras?

Mudar com vistas à verdadeira modéstia é também o desafio de superar essa terrível imagem, pois muitas são as que desistem da mudança por não querer perder o interesse do cônjuge. Elas têm medo de perder, na terra, algumas falsas “prerrogativas”, mas não temem arriscar a eternidade. Não seria mais prudente ajudar também o seu esposo a purificar o seu olhar e juntos serem um autêntico casal católico?

Por fim, é bastante lamentável que algumas católicas estejam tão ávidas em afirmar a impossibilidade de cobrir “tanto” o corpo como Nossa Senhora, contradizendo o clássico testemunho de tantas santas que assim o fizeram em 2000 anos de civilização cristã. No momento de fazer tal reivindicação, as católicas do século XXI reclamam do sol ou do vento, do trabalho, dos esportes radicais e acusam de puritanismo qualquer menção da necessidade de pudor na veste. Mas não se trata simplesmente de aumentar arbitrariamente o tamanho das mangas ou saias, mas antes de tudo, de tomar consciência das transformações pelas quais passamos, não só na moda, mas de toda uma concepção do papel feminino no mundo. Se algumas dessas transformações foram violências cometidas contra o nosso pudor e a nossa religião, nós temos o direito de saber e a obrigação de reagir.

Sim, nós usávamos biquíni desde que nascemos, mas uma vez que sabemos a história monstruosa por trás desse costume, não podemos passar os próximos anos em abstinência, para a glória de Deus? Recebemos esta graça e acaso vamos jogá-la fora porque hoje a sociedade nos diz que tudo foi superado? A mesma sociedade que legitima o aborto, o divórcio, a imodéstia e tantas coisas mais? O que é isso? Estamos no cúmulo da mediocridade traindo a nós mesmas?

Para aquelas que enfrentam tantas dificuldades na hora de mudar, mas que estão sinceramente empenhadas em fazer a sua parte para ter Nossa Senhora como modelo absoluto de modéstia, eu indico o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, e também o texto Da obrigação de tender a perfeição, de Adolph de Tanquerey[3]². Se o seu desejo de seguir a moda é forte e está atrapalhando a sua mudança, o tratado ensina como “trocar de vontade” com Maria, de maneira que tudo pode ser entregue nas mãos de quem certamente fará infinitamente melhor para Deus. E se ainda assim a sua vontade quer estacioná-la no caminho de santidade, o texto de Tanquerey nos relembra que “se deixamos de fazer esforços por avançar, os nossos vícios acordam, retomam forças, atacam-nos com mais viveza e freqüência. (...) O meio mais eficaz para assegurar a salvação da alma, é tender à perfeição, cada um segundo o seu estado”.

São palavras que nos exortam no que toca nossa grande responsabilidade de buscar o Céu e fazer uso do sacrifício que Nosso Senhor fez na cruz, pois por vezes nos esquecemos de como esse caminho é árduo, e por isso flertamos com o perigo ou com a moda, como diz o Papa[4].

Como ensina São Luis Maria Grignion, esse caminho será suavizado com Nossa Senhora, por todas as graças que Ela derramará nas nossas vidas, caso desejemos estar inteiramente submissas ao Seu sacratíssimo exemplo.

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[1] “Vocês que piedosamente vestem o altar e o sacrário nunca devem esquecer que carregam Deus dentro de si pela habitação da graça em suas almas. Essa presença divina faz não só suas almas, mas também seus corpos, templos sagrado”. S.S Pio XII
[2] Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. São Luis Maria Grignion de Montfort
[3] Disponível em: http://www.permanencia.org.br/revista/teologia/tanquerey.htm
[4] “Queremos insistir de uma maneira especial, porque, por um lado, sabemos que certos estilos de vestuário que estão começando a ser aceitos pelas mulheres são provocadores do mal, e por outro lado nos causa espanto ver que quem favorece o veneno parece ignorar a sua ação maléfica, e quem incendeia a casa parece ignorar a força destruidora do fogo. Mas somente a suposição de tal ignorância torna explicável a infeliz extensão que teve em nossos dias uma moda tão contrária àquela modéstia que deveria ser o mais belo ornamento da mulher Cristã”. S.S Bento XV

Vaticano endurece ainda mais medidas contra pedofilia

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(Estadão)
O Vaticano anunciou na quinta-feira uma profunda revisão das suas leis contra abusos sexuais de menores pelo clero, em mais uma tentativa de superar os escândalos que abalam a Igreja Católica no mundo todo.


Surpreendentemente, o Vaticano também qualificou a "tentativa de ordenação de mulheres" como um dos mais graves crimes contra a lei da Igreja.
*("surpreendente" é a cara de pau destas mulheres!!!)

As mudanças, as primeiras em nove anos, afetam procedimentos da Igreja para expulsar padres pedófilos, e tornam norma global alguns procedimentos legais até agora só tolerados em circunstâncias excepcionais.

"Isso dá um sinal de que somos seriíssimos em nosso compromisso para promover ambientes saudáveis e para oferecer uma resposta adequada aos abusos", disse monsenhor Charles Scicluna, que participou da revisão das regras, em entrevista coletiva. "Se mais mudanças forem necessárias, serão feitas."

Pelas novas regras, o tempo de prescrição para os casos de abuso passou de 10 para 20 anos após o 18o aniversário da vítima. Isso é significativo porque muitas vítimas de pedofilia só encontram coragem para denunciar os abusos depois de ficarem adultas.

O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que o prazo pode ser ainda mais amplo em alguns casos.

As alterações atualizam um documento chamado "Motu Proprio" ("por iniciativa própria", em latim), emitido em 2001 pelo então papa João Paulo 2o para lidar com vários crimes graves contra a lei eclesiástica.

Lombardi disse que continua em vigor a orientação para que os bispos denunciem padres pedófilos às autoridades civis.

Outra mudança anunciada foi a de que, em casos de abuso sexual contra adultos mentalmente incapacitados, a vítima será tratada como menor, o que pode levar ao afastamento do padre abusador.

*Comentário feito por mim, dona do Blog.

Tomás responde: a oração deve ser vocal?

domingo, 11 de julho de 2010

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Parece que a oração não deve ser vocal:

1. Com efeito, a oração dirige-se principalmente a Deus. Ora, ele conhece as palavras do coração. Logo, é inútil empregar a oração vocal.

2. Além disso, a alma do homem deve elevar-se a Deus. Ora, as palavras impedem o homem de elevar-se à contemplação de Deus, como também as demais coisas sensíveis. Logo, não se devem usar palavras na oração.

3. Ademais, a oração deverá ser feita a Deus ocultamente, segundo o Evangelho de Mateus: “Quando orares, entra no teu aposento, fecha a porta, e ora ao teu Pai em oculto” (6, 6). Ora, pela palavra a oração se torna conhecida. Logo, a oração não deve ser vocal.

EM SENTIDO CONTRÁRIO, diz o Salmista: “Pela minha palavra clamei ao Senhor, pela minha palavra supliquei ao Senhor” (Sl 141, 2).



RESPONDO. A oração é coletiva ou particular. A oração coletiva é a que é oferecida a Deus pelos ministros da Igreja em nome de todo o povo fiel. Assim sendo, é necessário que ela seja conhecida por todo o povo, em cujo nome é proferida, o que é possível pela oração vocal. Por isso, com razão foi instituído que os ministros da Igreja pronunciem essa oração também em voz elevada, para que ela possa ser ouvida por todos.

A oração particular é a que é oferecida por uma pessoa singular, quer na intenção de si mesma, quer na de outros. E não é necessário que a oração particular seja vocal. Por três razões, no entanto, a palavra é a ela acrescentada.

Primeiro: para excitar a devoção interior pela qual a mente de quem ora se eleva para Deus. Os sinais exteriores, quer os sonoros, quer os expressos de outros modos, movem a mente pelo conhecimento, e, em conseqüência, pela afeição. Donde Agostinho escrever: “Pelas palavras ou por outros sinais, nós mesmos nos excitamos para o aumento dos santos desejos”. Por isso, na oração particular, quer pelas palavras, quer por outros sinais, esses devem ser usados enquanto aumentam a devoção interior. Mas, se tais sinais nos distraem ou nos servem de impedimento para a devoção, eles devem ser afastados. Devem ser principalmente afastados daqueles cuja mente, sem esses sinais, já está suficientemente acostumada à devoção. Assim diz o Salmista: “Disse-te em meu coração: meu rosto te procura’. Ademais, é dito de Ana que “falava em seu coração” (1Re 1, 13).

Segundo: a palavra é acrescentada à oração particular para satisfação de uma dívida, isto é, que o homem sirva a Deus, mediante tudo aquilo que recebeu de Deus, não só pela alma mas também pelo corpo. Isso compete sobretudo à oração satisfatória. Por isso, diz o livro de Oséias: “Afasta toda iniqüidade e recebe o bem; assim oferecemos o sacrifício dos nossos lábios”.

Terceiro: é acrescentada a palavra à oração, por certa redundância da alma no corpo causada por uma grande afeição. O Salmista diz a respeito: “Alegrou-se o meu coração, e a minha língua exultou” (15, 9).

Quanto às objeções iniciais, portanto, deve-se dizer que:

1. A oração vocal não é feita para que algo desconhecido seja manifestado a Deus, mas para que a mente de quem ora e a dos outros se elevem para Ele.

2. As palavras referentes a outras coisas distraem a mente de quem ora e impedem-lhe a devoção. Mas as palavras devotas excitam as mentes, sobretudo as mentes que não possuem muita devoção.

3. Como diz São João Crisóstomo: “O Senhor não quer que se participe da oração coletiva com a intenção de ser visto pelos outros. Por isso, quem ora não deve manifestar extravagâncias que os homens observam, ou clamando, ou batendo no peito, ou elevando as mãos”. A respeito, escreve Agostinho: “Não é mau que sejamos vistos pelos homens; mas fazer alguma coisa com intenção de sermos vistos por eles”.

Fonte: ST II-II, 83, 12

Vaticano erige novo instituto tradicionalista

quarta-feira, 7 de julho de 2010

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Agência I.MEDIA

A Congregação para o Clero erigiu em 8 de setembro de 2006 um novo instituto religioso, o Bom Pastor, acolhendo em seu seio antigos padres e seminaristas da Fraternidade São Pio X separada de Roma desde de 1988, segundo informações recolhidas por I. Media. A sede dessa nova fraternidade em que os padres celebrarão exclusivamente segundo o rito litúrgico tradicional de São Pio V poderia ser em Bordeaux, França, na igreja de Santo Elói.

Na manhã do dia 8 de setembro de 2006, festa da Natividade da Santíssima Virgem, o cardeal Dario Castrillon Hoyos, prefeito da Congregação para o Clero e encarregado da Comissão Ecclesia Dei, assinou o decreto de ereção do instituto de direito pontifical do Bom Pastor. Trata-se de um sociedade de vida apostólica dependendo ao mesmo tempo da Comissão Ecclesia Dei e da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Nesse decreto, o cardeal Hoyos aprovou os estatutos do novo instituto que tem por superior geral um padre excluído da Fraternidade São Pio X, o radiante padre Philippe Laguérie.

Para fontes do Vaticano, a novidade reside no fato de que “o próprio Bento XVI desejou esse procedimento” no qual “o missal tradicional de São Pio V não é um missal a parte, mas, uma forma extraordinária do único rito romano”. O Vaticano, como entre os membros do novo instituto, insiste em dizer que “este acordo corresponde às solicitações outrora feitas por Dom Lefebvre”, separado de Roma em 1988.

A nova fraternidade conta em suas fileiras, além de cinco padres, vários seminaristas entre os quais vários devem ser ordenados em data próxima. O cardeal Dario Castrillon Hoyos comprometeu-se a celebrar essas primeiras ordenações. Os responsáveis por essa fraternidade também sublinham que alguns padres da fraternidade São Pio X escolherão segui-los e que eles poderão fundar, em diversas dioceses, “paróquias pessoais”. Em Bordeaux, Paris e outros lugares esses padres são seguidos por um certo número de fiéis ligados ao missal de São Pio V, rito litúrgico em vigor antes da reforma litúrgica de 1969.

Com esse novo instituto, Roma escolheu negociar com os excluídos da fraternidade fundada por Dom Lefebvre, em vez de negociar com a própria fraternidade. A recepção de antigos padres integristas não se fará sem dificuldade na Igreja da França. A fraternidade São Pedro, fundada em 1988 para acolher padres, seminaristas, fiéis desejos de continuar ligados a Roma no respeito da tradição litúrgica, deveria também sofrer com essa nova criação. Tanto mais que alguns de seus membros parecem prontos a juntar-se ao instituto do Bom Pastor.

O cardeal Ricard, arcebispo de Bordeaux, membro da comissão Ecclesia Dei, poderia aceitar que a Igreja de Santo Elói se tornasse a sede da fundação do Bom Pastor. Ele recuperaria assim uma igreja da diocese de Bordeaux ocupada desde janeiro de 2002 pelo Padre Laguérie, então membro da fraternidade São Pio X, com apoio do conselho municipal da cidade.

A recepção de padres excluídos da fraternidade São Pio X, separada de Roma, tem lugar ao mesmo tempo em que vários bispos ordenados por Dom Lefebvre em 1988 continuam a endurecer o tom diante da Santa Sé. Dom Bernard Fellay, recebido em audiência por Bento XVI em agosto de 2005 em Castel Gandolfo, confirmado por seus pares em julho último como chefe da fraternidade São Pio X, apresentou “a liberdade inteira e sem condições para a missa tridentina e o levantamento do decreto de excomunhão dos quatro bispos” ordenados em 1988 por Dom Lefebvre como preliminares a toda negociação com Roma. Em seguida, ele lançou uma iniciativa chamada “buquê de um milhão de terços” com a qual ele convida a rezar para “obter do céu a força necessária a Bento XVI para liberar a missa dita de São Pio V”.

Em março de 2006, o padre Philippe Laguérie declarava já que um “acordo com Roma” era “uma tal evidência que a gente se pergunta como ela pode sair da cabeça e do coração de muitos” pois “é a própria constituição da Igreja que o exige” (sic). Esse acordo, escrevia ele, não supõe que se tenham “de início, previamente aplanado todas as dificuldades doutrinárias”. Ele convidava também seus fiéis a “escrutar os sinais, as manifestações, as possibilidades de uma boa vontade dos Romanos em acabar com o delírio doutrinário e os escândalos dos anos 1960-2000”. Ele pedia “uma liberdade total da liturgia, e sobre razões de fundo, bem como uma liberdade total de receber o Concílio pelo que é”, notando que “o documento do Papa à Cúria (22 de dezembro), indica bem que o espírito do Concílio é mau”.

Em abril de 2006, em Lourdes, o cardeal Jean Pierre Ricard declarava diante da assembléia dos bispos da França que “a questão das relações com a fraternidade São Pio X” merecia “um tratamento particular”. “Nós sabemos que o Papa Bento XVI está preocupado com isso”, explicava, acrescentando que “nas próximas semanas ou meses, ele deveria dar diretivas para facilitar o caminho em direção a volta possível a uma plena comunhão”. “Nós os acolheremos na fé e os poremos em ação fielmente”, adiantava ainda o cardeal Ricard aos bispos.

Os padres que compõem a nova instituição tradicional foram um por um excluídos da fraternidade São Pio X. O padre Paul Aulagnier, longo tempo superior geral da França da Fraternidade (1976-1994), foi excluído em 2003 por ter defendido o chamado "acordo de Campos". Em 2002, a Santa Sé tinha assim concedido à fraternidade brasileira São João Maria Vianney celebrar a missa segundo o missal tridentino com a condição de reconhecer o Concílio Vaticano II interpretado “à luz da tradição” e a validade do missal de Paulo VI. Paul Aulagnier foi autorizado a exercer o ministério na diocese de Clermont, sem receber nenhuma missão particular, em 2004. Ele fundou uma casa de acolhimento na diocese de Chartres.

Particularmente mediático, o padre Philippe Laguérie foi excluído em agosto de 2004 depois de ter afirmado que a Fraternidade São Pio X enfrentava graves problemas ligados a um desencorajamento das vocações sacerdotais em seus diferentes seminários. Ele foi objeto de transferência disciplinar para o México, sanção que ele recusou antes de ser excluído. Antes disso, no seio da fraternidade fundada por Dom Lefebvre, ele tinha sido cura da igreja paroquial de Saint-Nicolas-du-Chardonnet, ocupada pelos fiéis tradicionalistas desde 1977. Em 1993 ele tinha tentado ocupar uma outra Igreja parisiense, Saint- Germain-l'Auxerrois. Ele teve sucesso numa operação semelhante em Bordeaux, obtendo do conselho municipal da cidade, mas não do arcebispado, o direito de ocupar a Igreja de Santo Elói em janeiro de 2002.

O padre Christophe Héry foi excluído por ter apoiado o padre Laguérie, bem como o padre Guillaume de Tanoüam. Este último fundou em Paris a associação de culto Saint-Marcel e o Centro Saint-Paul. Um quinto padre, com posto em Bordeaux, o padre Henri Forestier, faz parte dos primeiros membros do instituto, com um diácono a ser ordenado proximamente, o padre Claude Prieur.

A Comissão Ecclesia Dei, instituída por João Paulo II em julho de 1988, tinha sido criada a fim de “facilitar a plena comunhão eclesial dos padres, dos seminaristas, das comunidades religiosas ou dos religiosos individuais tendo tido até o presente liames com a fraternidade fundada por Dom Lefebvre e que desejam continuar unidos ao sucessor de Pedro na Igreja Católica conservando suas tradições espirituais e litúrgicas”. AMI