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Quando tudo parecer perdido, será o início do triunfo da Santa Igreja!

terça-feira, 26 de abril de 2011

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Madre Mariana de Jesus e
Nossa Senhora do Bom Sucesso

Em aparição de 2 de fevereiro de 1634, Nossa Senhora do Bom Sucesso entregou o Menino Jesus a Madre Mariana. Em seus braços, Ele revelou-lhe a proclamação do Dogma da Imaculada Conceição, quando “meu Vigário” (o Papa) estiver cativo; e o dogma da Assunção, depois de o mundo sair de um banho de sangue. O que se verificou, respectivamente, em 1854, no pontificado do Bem-aventurado Pio IX, e após a II Guerra Mundial, em 1950.


Em 8 de dezembro de 1634, a Rainha do Céu e da Terra indicou a Madre Mariana que sua invocação de Bom Sucesso iria ser a sustentação e guarda da fé, face à total corrupção do séc. XX. Ela predisse que, “nesses tempos de calamidade, quase não haverá inocência infantil [...], a atmosfera estará saturada de impureza, a qual, como um mar imundo, correrá pelas ruas, praças e lugares públicos com uma liberdade assombrosa, de maneira que quase não se encontrarão no mundo almas virgens[...]. Quanta dor sinto ao te manifestar que haverá muitos e enormes sacrilégios públicos e também ocultos, profanações da Sagrada Eucaristia. [...] Meu Filho Santíssimo será lançado ao solo e pisoteado por pés imundos. [...] O Sacramento da ordem sacerdotal será ridicularizado, oprimido e desprezado, porque nesse sacramento se oprime e denigre a Igreja de Deus e a Deus mesmo, representado em seus sacerdotes. [...] O Sacramento do matrimônio, que simboliza a união de Cristo com a Igreja, será atacado e profanado em toda a extensão da palavra [...]. Impor-se-ão leis iníquas, com o objetivo de o extinguir, facilitando a todos viverem mal”.12

Dramaticamente essas profecias indicam o que ocorre em nossos dias em relação aos sacrilégios, ao sacerdócio e àquilo que seria então inacreditável: a legalização de uniões de indivíduos do mesmo sexo, como se elas fossem casamento.

E Nossa Senhora do Bom Sucesso acrescentou: “Quando tudo parecer perdido, será o início do triunfo da Santa Igreja. O pequeno número de almas que guardarão o tesouro da fé e das virtudes sofrerá um cruel e indizível padecer, a par de um prolongado martírio [...], haverá uma guerra formidável e espantosa, na qual correrá sangue de nacionais e estrangeiros, de sacerdotes e de religiosas. Essa noite será terrível, pois parecerá ao homem o triunfo da maldade. Será chegada, então, a hora em que Eu de maneira assombrosa destronarei o soberbo e maldito Satanás, pondo-o abaixo de meus pés e sepultando-o no abismo infernal. Deixarei por fim livres, a Igreja e a pátria, de sua cruel tirania [...]. Ora com insistência, pedindo a nosso Pai Celeste que se compadeça e ponha termo, o quanto antes, a tempos tão nefastos, enviando à Santa Igreja o prelado (do latim, “praelatus” — aquele que vai à frente),que deverá restaurar o espírito de seus sacerdotes [...]. Em sua mão será posta a balança do Santuário, para que tudo se faça com peso e medida, e Deus seja glorificado”.13


fonte:  Associação Nossa Senhora de Fátima

Porei inimizades entre ti e a mulher, e entre a tua posteridade e a posteridade dela

segunda-feira, 4 de abril de 2011

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São Luís Maria Grignon de Montfort

"É principalmente a essas últimas e cruéis perseguições do demônio, que se multiplicarão todos os dias até ao reino do anticristo, que se refere àquela primeira e célebre predição e maldição que Deus lançou contra a serpente no paraíso terrestre. Vem a propósito explicá-la aqui, para glória da Santíssima Virgem, salvação de seus filhos e confusão do demônio: "Inimicitias ponam inter te et mulierem, et semen tuum et semen illius; ipsa conteret caput tuum, et tu insidiaberis calcaneo ejus" (Gn 3, 15). "Porei inimizades entre ti e a mulher, e entre a tua posteridade e a posteridade dela. Ela te pisará a cabeça, e tu armarás traições ao teu calcanhar".

Uma única inimizade Deus promoveu e estabeleceu, inimizade irreconciliável, que não só há de durar, mas aumentar até o fim: a inimizade entre Maria, sua digna Mãe, e o demônio; entre os filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e sequazes de Lúcifer; de modo que Maria é a mais terrível inimiga que Deus armou contra o demônio. Ele lhe deu até, desde o paraíso, tanto ódio a esse amaldiçoado inimigo de Deus, tanta clarividência para descobrir a malícia dessa velha serpente, tanta força para vencer, esmagar e aniquilar esse ímpio orgulhoso, que o temor que Maria inspira ao demônio é maior que o que lhe inspiram todos os anjos e homens e, em certo sentido, o próprio Deus...

Deus não pôs somente inimizade, mas inimizades, e não somente entre Maria e o demônio, mas também entre a posteridade da Santíssima Virgem e a posteridade de demônio. Quer dizer, Deus estabeleceu inimizades, antipatias e ódios secretos entre os verdadeiros filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e escravos do demônio. Não há entre eles a menor sombra de amor, nem correspondência íntima existe entre uns e outros. Os filhos de Belial, os escravos de Satã, os amigos do mundo (pois é a mesma coisa) sempre perseguiram até hoje e perseguirão no futuro aqueles que pertencem à Santíssima Virgem, como outrora Caim perseguiu seu irmão Abel, e Esaú, seu irmão Jacó, figurando os réprobos e os predestinados. Mas a humilde Maria será sempre vitoriosa na luta contra esse orgulhoso, e tão grande será a vitória final que ela chegará ao ponto de esmagar-lhe a cabeça, sede de todo orgulho. Ela descobrirá sempre sua malícia de serpente, desvendará suas tramas infernais, desfará seus conselhos diabólicos, e até ao fim dos tempos garantirá seus fiéis servidores contra as garras de tão cruel inimigo.

Mas o poder de Maria sobre todos os demônios há de patentear-se com mais intensidade nos últimos tempos, quando Satanás começar a armas insídias ao seu calcanhar, isto é, aos seus humildes servos, aos seus pobres filhos, os quais ela suscitará para combater o príncipe das trevas. Eles serão pequenos e pobres aos olhos do mundo, e rebaixados diante de todos como o calcanhar, calcados e perseguidos como o calcanhar em comparação com os outros membros do corpo. Mas, em troca, eles serão ricos em graças de Deus, graças que Maria lhes distribuirá abundantemente. Serão grandes e notáveis em santidade diante de Deus, superiores a toda criatura por seu zelo ativo, e tão fortemente amparados pelo poder divino, que, com a humildade de seu calcanhar e em união com Maria, esmagarão a cabeça do demônio e promoverão o triunfo de Jesus Cristo...

Mas quem serão esses servidores, esses escravos e filhos de Maria?

Serão ministros do Senhor, ardendo em chamas abrasadoras, que lançarão por toda parte o fogo do divino amor.

Serão "sicut sagittae in manu potentis" (Sl 126, 4) -- flechas agudas nas mãos de Maria todo-poderosa, pronta a traspassar seus inimigos...

Serão nuvens trovejantes esvoaçando pelo ar ao menor sopro do Espírito Santo, que, sem apegar-se a coisa alguma nem admirar-se de nada, nem preocupar-se, derramarão a chuva da palavra de Deus e da vida eterna. Trovejarão contra o pecado, e lançarão brados contra o mundo, fustigarão o demônio e seus asseclas, e, para a vida ou para a morte, traspassarão lado a lado, com a espada de dois gumes da palavra de Deus (cf. Ef 6, 17), todos aqueles a quem forem enviados da parte do Altíssimo"

E ainda: "É verdade, grande Deus, que o demônio há de armar, como predissestes, grandes ciladas ao calcanhar dessa Mulher misteriosa, isto é, à pequena Companhia de seus filhos que hão de surgir perto do fim do mundo; é verdade que há de haver grandes inimizades entre essa bendita posteridade de Maria Santíssima e a raça maldita de satanás: mas é essa uma inimizade toda divina, a única de que sejais autor: Inimicitias ponam. Porém, esses combates e essas perseguições dos filhos da raça de Belial contra a raça de vossa Mãe Santíssima só servirão para melhor fazer resplandecer o poder de vossa graça, a coragem da virtude de vossos servos, e a autoridade de vossa Mãe, pois que lhes destes, desde o começo do mundo, a missão de esmagar esse soberbo pela humildade de seu coração: Ipsa conteret caput tuum.


Sim, eu sou uma pessoa muito abençoada!

sábado, 26 de março de 2011

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Salve Maria!

Tenho que ser muito justa e deixar esta alegria que toma conta de mim extravazar; porque eu sou uma pessoa muito abençoada!

Poderia enumerar as imensas graças que Deus me concede, mas aqui neste artigo quero falar sobre os grandes amigos que tenho. Dias atrás postei um artigo que era um comentário que recebi do Leonardo Maciel e hoje quero falar do Sandro Pontes. Meu Deus, este rapaz conseguiu alegrar meu dia de uma tal forma, que somente Deus para me entender ... irei tirar das prateleiras dos comentários e trazer para este artigo do Blog o que acabei de receber do Sandro e vocês leiam e reflitam ... sou ou não sou uma pessoa muito abençoada? Ter como amigos homens e mulheres de tanta fé alegra meu coração, que benção é poder estar com este povo!

Segue o comentário que recebi do Sandro Pontes:

Analisando a bíblia e conhecendo a trajetória do povo santo na antiga aliança até a transformação operada por Cristo na nova, iniciando uma criação onde o sacrifício cruento foi substituído pelo seu próprio sacrifício a Igreja conferiu a Nossa Senhora vários títulos diferentes.


Um deles que eu gosto bastante é o de “sacrário vivo da eucaristia”. Penso que talvez não haja expressão melhor para demonstrar quem ela de fato foi. Expliquei neste semana para crianças o tamanho do mistério relacionado a Cristo ter descido do céu diretamente para o ventre de Maria, ganhando uma nova forma que até então a segunda pessoa da Santíssima Trindade não possuía: antes era somente espírito, mas a partir deste momento passa a ser também corpo. Ou seja, o próprio Deus passa a existir de maneira diferente. Daí decorre o dogma da maternidade divina de Maria. As crianças, exultantes ao ouvir tão grandioso mistério, quiseram saber mais, ao que eu lhes respondi: “não exijam tanto de mim, que transmito aquilo que aprendi da Igreja. É um mistério tão grande e excelso quanto a Santíssima Trindade. Apenas aceitemos plenamente tal verdade, sem, no entanto, compreendê-la totalmente, pois hoje vemos como que através de um véu aquilo que naquele dia conheceremos perfeitamente! O catolicismo não é apenas a religião da cruz, mas também a dos mistérios, de modo que são tantos os mistérios (Santíssima Trindade, encarnação do Verbo, morte na cruz, eucaristia, imaculada conceição, maternidade de Deus, etc) que não nos cabe senão aceitá-los, meditando sobre eles e aplicando-os a nossa salvação por meio dos sacramentos". Ao final, as crianças se comprometeram a sempre venerar e exaltar a Virgem Maria e a jamais diminuí-la.

Um segundo título dado a Maria Santíssima que também traduz bastante aquilo que ela de fato foi é o de “arca da aliança”! Meu Deus do céu, como a analogia é perfeita. O povo santo que bradava o Senhor dos Exércitos, como Josué tocando trombetas em volta dos muros de Jerusalém, carregava simultaneamente a arca da aliança, onde Deus habitava e de onde conversava com seu povo. Longe de ser um ídolo detestado por Deus, tal arca na verdade era símbolo da presença Dele. Assim também como o sacrifício de cordeiros era mero símbolo do verdadeiro e definitivo sacrifício operado por Cristo na cruz igualmente a arca era mero símbolo daquela mulher onde Deus escolheu habitar para se comunicar com Seu povo.

Uma passagem que em minha opinião demonstra de forma inequívoca a grandiosidade de Nossa Senhora é aquela onde ela mesma diz: “fez em mim maravilhas aquele que é todo-poderoso”. Portanto, Maria confessa humildemente, pois não quer honrarias indevidas para si, que toda a sua grandiosidade é decorrente da vontade do Pai. Quando os inimigos questionam os dogmas marianos eu sempre refuto com esta passagem: “foi o Senhor quem fez ela gigante, não é que ela o seja por si mesma”!


Pergunto: quais foram as maravilhas que Deus fez com esta mulher? Exaltou-a tanto que é impossível enumerá-las, mas vamos a algumas delas: Maria foi o sacrário vivo onde Cristo, hóstia consagrada, habitou! Vejamos a passagem onde ela chega a casa de sua prima Isabel, que ao mesmo tempo que a saúda adora Aquele que está em seu ventre, e que depois daria sua própria carne como alimento: “pois o pão que eu vos darei é a minha carne” (Conferir João VI). Maria foi também arca da aliança e mãe do próprio Deus, como já foi dito, mas foi mais do que isso: desposada pelo Espírito por ser filha predileta do pai! Desta forma ela foi mãe de Deus, filha de Deus e esposa de Deus, uma relação tão intima com a Santíssima Trindade que jamais criatura nenhuma sequer chegou nem perto. Daí decorre também outros títulos por analogia, como “paraíso do novo Adão”, pois que se o primeiro Adão habitou antes de pecar o Jardim do Éden, paraíso perfeito, também o segundo Adão, Cristo, superior ao primeiro, também habitou em Maria, paraíso muito mais perfeito do que o Éden, símbolo da Maria. Também foi ela a segunda Eva, pois a primeira mulher (figura de Maria), por sua desobediência, levou a morte ao mundo, enquanto que Nossa Senhora, modelo perfeito de obediência, levou a vida ao mundo, e vida eterna, na qual somente entramos por meio de seu filho Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador!

E haveria ainda muitos outros títulos, como porta do céu, por onde Cristo entrou no mundo e por onde o mundo entra no céu. E vários outros.

Não é a toa que foi coroada na eternidade onde habita corporalmente, tal qual seu filho e ao lado Dele, antecipando em si mesma o final dos tempos onde os justos ressuscitarão corporalmente. E muitas outras coisas ainda poderiam ser ditas a respeito dela!

Para terminar somente posso dizer que o maior pecado daqueles que negam a doutrina da Igreja de Cristo sobre Maria é rebaixar aquela que o próprio Deus elevou. O ato de tocar a arca da aliança sem autorização era punido com a morte por Deus, que da mesma maneira punirá com a morte, e morte eterna, todos aqueles que “tocam” em Maria, diminuindo-a para suas próprias perdições.

É isso.
Abraços a todos,
Sandro Pelegrineti de Pontes

"Faça-se em mim segundo a vossa palavra"

sexta-feira, 25 de março de 2011

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A festa da Anunciação é uma das maiores da Cristandade, pois nela comemora-se a sublime Encarnação do Verbo no seio puríssimo de Maria.


À Anunciação foram dedicadas, em toda a Cristandade, inúmeras igrejas, mosteiros, ordens religiosas e inclusive uma Ordem Militar de Cavalaria, a da Anunciação, na França do século XIV.

Maria, a obra-prima das mãos de Deus

A comemoração do papel de Nossa Senhora na Redenção é realizada no dia 25 de março. Essa festa especial é bem compreensível, como explica São Luís Maria Grignion de Montfort: “Deus Padre só deu ao mundo seu Unigênito por Maria. Suspiraram os patriarcas e pedidos insistentes fizeram os profetas e os santos da lei antiga durante quatro mil anos, mas só Maria o mereceu e alcançou graça diante de Deus pela força de suas orações e pela sublimidade de suas virtudes.

Porque o mundo era indigno de receber o Filho de Deus diretamente das mãos do Pai, Ele o deu a Maria a fim de que o mundo o recebesse por meio dEla”. (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem)

Para nos explicar o amor de Deus por Maria, diz o teólogo dominicano francês Pe. Garrigou-Lagrange:

“O Verbo feito Carne ama todos os homens, pelos quais está preparado a derramar Seu Sangue. Ele ama de um modo especial os eleitos, e entre eles, de um modo ainda mais especial, os apóstolos e os santos.

Porém, seu amor por Maria, destinada a estar mais intimamente associada com Ele em Seu trabalho pela salvação das almas, é o maior de todos. Mas Jesus é Deus. Assim, Seu amor por Ela produz na alma de Maria graças em superabundância, de modo a transbordar para as outras almas”.

“O Anjo do Senhor anunciou a Maria”

Narra São Lucas: “E o anjo, aproximando-se, disse-lhe: Salve, cheia de graça; o Senhor é contigo”.

Nessa narração há um primeiro ponto a ser notado. Como bem pondera o Pe. Garrigou-Lagrange, “era conveniente que a Anunciação fosse feita por um anjo, como embaixador do Altíssimo. Um anjo rebelde causou a Queda; o mais alto dos arcanjos, anunciaria a Redenção”.

“Não nos deve escapar que o anjo omite o nome de Maria em sua saudação, e a designa somente pela graça (de que está cumulada). Isso denota que Ela era preeminente entre todas as criaturas pela prerrogativa da graça”. E acrescenta: “Na Teologia católica graça é o princípio que vivifica a alma com vida e poder espiritual, e a torna agradável a Deus. …

“O grau de graça a que havia chegado Maria estava acima de qualquer outro concedido a simples criatura”.

Isso porque, “o progresso de Maria foi o mais contínuo de todos. Ele não foi impedido nem retardado por apegos ao próprio ser ou às coisas deste mundo. Foi o mais rápido de todos, porque o grau em que começou foi determinado pela plenitude de graças em Maria, e portanto suplantou o de todos os santos”.

“Ela turbou-se… considerando que forma de saudação era aquela”

“Há uma evidência de força e de gravidade feminina no silêncio de Maria ponderando a mensagem do anjo. Ela está perturbada, mas composta e pensativa. Que apropriada atitude de alma para receber uma manifestação da vontade divina — ­silêncio e pensamento!”

O Arcanjo Gabriel apressou-se em tranqüilizá-la, e o fez numa linguagem solene de acordo com a sublimidade de sua missão, chamando-a familiarmente pelo nome, para pô-la mais à vontade.

O futuro da humanidade dependia desse assentimento. Maria Virgem, concebida sem pecado original, entretanto poderia recusar esse tremendo privilégio! Pois até Lúcifer, em quem também não havia pecado original, colocado ante uma escolha, disse “não”. Portanto Nossa Senhora, dotada do livre arbítrio como todos os homens, podia dizer sim, ou não. Se, por uma mal interpretada humildade, Ela recusasse essa graça como honra imerecida, o rumo da História teria sido outro…

“Como se fará isso…?”

Entre os judeus a mulher estéril era considerada desprezível, porque não tinha possibilidade de vir a ser a mãe do Messias. Que jovem judia teria hesitado um segundo em dar seu jubiloso consentimento à inexprimível honra de ser escolhida para mãe do Messias?

Entretanto Maria hesitou. Havia feito voto de virgindade e sabia que este tinha sido aceito por Deus. Por isso Ela “de um lado, amava seu virginal estado que a unia tão intimamente a Deus; de outro, desejava avidamente fazer a vontade de Deus. E agora Deus faz-lhe saber que Ela deve ser mãe…”

Explica-lhe então o anjo como isto realizar-se-ia por acumulação, e não por exclusão. Comentando esse singular privilégio, São Bernardo de Claraval, afirma: “Não há senão uma só coisa na qual a Santíssima Virgem não tem modelo nem imitadores: é na união das alegrias da maternidade com a glória da virgindade. Ela escolheu a melhor parte.

E isto é fora de dúvida pois, se a fecundidade do matrimônio é boa, a castidade das virgens é melhor. Mas o que supera uma e outra, é a fecundidade unida à virgindade, ou a virgindade unida à fecundidade. Ora, esta união é o privilégio de Maria”.

“Faça-se em mim segundo Tua palavra”

Para felicidade não só dos homens, mas de todo o mundo criado incluindo o angélico, essa Virgem fiel disse “’sim”. Tendo a verdadeira humildade, sabia que, se fora cumulada de tantas graças, não o fora senão por uma misericórdia e por um desígnio de Deus. Daí a resposta que deu ser repetida por todos os séculos enquanto o mundo for mundo: “Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo Tua palavra”.

A respeito dessa sublime resposta Santo Tomás acrescenta que seu sobrenatural e meritório consentimento foi dado em nome de toda a raça humana, que necessitava do Redentor prometido. Segundo os teólogos, no momento desse sublime “fiat” deu-se a Encarnação.

Santo Tomás nos diz que a plenitude de graças em Maria cresceu notavelmente na Encarnação por meio da presença do Verbo de Deus feito carne. De modo que se Ela não tivesse sido ainda confirmada em graça, deveria sê-lo a partir desse momento.

O que, pouco depois, levaria Maria Santíssima, ao ser saudada por Santa Isabel, irromper num sublime hino de louvor e de ação de graças: “Minha alma engrandece o Senhor e meu espírito exulta em Deus, meu Salvador”.

“Ir à Mãe, para chegar ao Filho”

Afirma São Luís Grignion de Montfort: “A conduta das três Pessoas da Santíssima Trindade na Encarnação e primeira vinda de Jesus Cristo, é a mesma de todos os dias, de um modo visível, na Igreja, e esse procedimento há de perdurar, até a consumação dos séculos, na última vinda de Cristo. Ou seja, por meio de Maria sempre virgem”.

“Deus Filho comunicou à sua Mãe tudo que adquiriu por sua vida e morte: seus méritos infinitos e suas virtudes admiráveis. Fê-La tesoureira de tudo que seu Pai lhe deu em herança; é por Ela que Ele aplica Seus méritos aos membros do Corpo Místico, que comunica Suas virtudes e distribui Suas graças. É Ela o canal misterioso, o aqueduto, pelo qual passam abundante e docemente Suas misericórdias”.

Que melhor fruto podemos tirar da festa da Anunciação do que seguir o Filho, utilizando o mesmo caminho que Ele fez para vir até nós? “O felix culpa que nos obteve um tal Salvador”, diz a liturgia da Semana Santa referindo-se ao pecado original e à Redenção. Com toda a propriedade podemos nós acrescentar, “e que nos deu Mãe tão terníssima, Advogada tão poderosíssima, verdadeiro penhor de salvação e de vida eterna”.


Fonte: Blog Revista Catolicismo

Testemunho do Padre Schiffer S.J., sobrevivente de Hiroshima.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

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Durante a II Guerra Mundial duas cidades japonesas foram destruídas por bombas atómicas: Hiroshima e Nagasaki.

Em Hiroshima, como resultado da explosão, todas as casas que se situavam num raio de cerca de dois quilómetros e meio do epicentro foram destruídas. Quem se encontrava dentro, ficou soterrado nas ruínas. Os que estavam no exterior ficaram queimados.

No meio daquela tragédia, uma pequena comunidade de Padres Jesuítas vivia junto à Igreja Paroquial, situada a cerca de 1 quilómetro do epicentro da explosão da bomba.
Eram missionários alemães ao serviço do povo japonês. Como os alemães eram aliados dos japoneses, foi-lhes permitido permanecer ali.

A igreja, situada junto da casa dos jesuítas, ficou destruída, mas a sua residência manteve-se intacta e os membros da pequena comunidade jesuíta sobreviveram. Não sofreram os efeitos posteriores da radiação, nem a perda do ouvido, nem qualquer outra doença ou efeito nocivo gerado pela bomba.

O Padre Schiffer era um dos jesuítas presentes em Hiroshima nesta data. Tinha 30 anos quando a bomba explodiu nessa cidade e viveu outros 33 anos mais de perfeita saúde. Contou esta sua experiência vivida em Hiroshima durante o Congresso Eucarístico realizado em Filadélfia (E.U.A) em 1976. Nessa altura, os oito membros da comunidade jesuíta ainda estavam vivos.

O Padre Schiffer foi examinado e interrogado por mais de 200 cientistas que foram incapazes de explicar como ele e os seus companheiros haviam sobrevivido. Ele atribuiu-o à protecção da Santíssima Virgem e disse: “Eu encontrava-me no meio da explosão… e, apesar disso, ainda me encontro aqui vivo e salvo. Não fui eliminado pela sua destruição”.

Além disso, o Padre Schiffer afirmou que, durante vários anos, centenas de cientistas e investigadores estudaram as razões científicas que explicassem o motivo pelo qual a casa, apesar de se encontrar tão perto da explosão, se tinha mantido intacta. Mas o Padre explicou que havia apenas uma diferença em relação às outras casas: “Rezávamos o terço todos os dias nessa casa”. A explicação estava dada.

Na outra cidade devastada pela bomba atómica, Nagasaki, S. Maximiliano Kolbe tinha fundado um convento franciscano que ficou igualmente intacto e os irmãos foram protegidos graças à protecção de Nossa Senhora. Também nessa casa se rezava o terço diariamente.



Hoje mais que nunca devemos estar unidos ao Santo Rosário, para que Nossa Senhora possa nos preservar de todos os males que rondam a humanidade!

11/02 Dia de Nossa Senhora de Lourdes!

Dia 02/02 Apresentação do Menino Jesus e Dia de Nossa Senhora da Luz!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

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Mostrai-nos Senhora a LUZ do mundo que carregas no colo e afastai de nós os lobos disfarçados entre as ovelhas!


Salve Maria!


Hoje um dia tão especial, dia que comemoramos a Apresentação do Menino Jesus no Templo e da Purificação de Nossa Senhora. Gosto muito em minhas orações de pedir à Santíssima Virgem que apresente tudo o que tenho e sou a Deus, como fez no Templo com o Menino Jesus!


Coloco nas santas mãos de minha Senhora, a minha vida, minha salvação, meus bons atos (orações e benfeitorias) e também meus pecados, coloco minha família (todos, mas em especial meu filho!), até mesmo meus amigos, pessoas conhecidas e inimigos; todo mundo eu confio aos cuidados dela!


E para mais alegrar meu coração, faço questão de falar um pouco sobre o Título de Nossa Senhora da Luz; Título que deveríamos invocar muito nos dias atuais, tamanha a cegueira em que os Católicos andam, iludidos por tanta gente mau caráter, por tantos que se dizem "evangelizadores", mas na verdade são lobos entre as ovelhas! Valei-nos Senhora da Luz!


A devoção à Nossa Senhora da Luz nasceu em Portugal, no período em que este Reino empenhava-se na realização das viagens marítimas e na conquista da África.


O protagonista do culto à Nossa Senhora da Luz, chamava-se Pero Martins, natural de Carnide, povoado próximo à Lisboa. Pero Martins, participou das viagens à África em busca de aventuras e riquezas, mas por volta de 1459 caiu prisioneiro nas mãos de piratas árabes.
A sua liberdade só seria restituída mediante o pagamento de um resgate. Ninguém se interesso em pagar seu resgate. Ficou abandonado na prisão sofrendo todo tipo de humilhação e crueldade.


A partir de 1463, Pero Martins começa a recorrer ao auxilio de Nossa Senhora. Pedía-le que o liberasse do cárcere.Por aproximadamente 30 dias, Nossa Senhora lhe aparece em sonho, auroleada de extraordinária luz e as palavras que lhe dirigiu podem ser resumidas assim.


Filho, consola-te. Eu te livrarei do cativeiro. E quando estiveres livre, ainda que sejas pobre, não deixaras de fazer o que agora lhe digo: - Irás a Carnide no termo de Lisboa e fazer-me-ás sobre a fonte do Machado uma ermida que terá a inscrição de: Santa Maria da Luz. Neste lugar meu nome ha de ser glorificado, honrado e aumentado com muitas maravilhas e milagres que nele serão feitos por minha intercessão à muitas pessoas devotas. Quando chegares a Carnide, acharas a minha luz e claridade os sinais que teus naturais vêem sobre a Fonte do Machado. Aí acharas uma bela imagem e nela mostrarei quem sou."


■Oração


Nossa Senhora da Luz, obedecendo à Lei Mosaica, levastes ao templo, vosso Divino Filho, A Luz do Mundo. Sede brilhante farol que, através das brumas e tempestades da vida, nos guie incólumes ao porto seguro do céu. Somos vossos filhos, guiai-nos! Dai-nos espírito de obediência filial a Deus e à Igreja! Preservai-nos da impureza! Concedei-nos a Luz da Fé e inflamai nosso coração com o fogo divino, para sempre amarmos a Jesus e torná-lo amado por todos. Amém

Questões Protestantes!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

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Por que dizer "Salve Maria" e não "Salve Jesus"???

PERGUNTA

Nome: Paulo
Enviada em: 02/12/2000

Por favor, não se preocupe se sou a favor ou contra a Igreja Católica Romana, se sou protestante ou evangélico. Não tenho ódio do Papa ou dos católicos, pois fui batizado, me casei e batizei minha única filha na Igreja Católica Romana.

Todavia, não tenho encontrado respostas para muitos dos meus questionamentos dentro da Igreja Católica. Por exemplo: certa ocasião, li que o Papa condenava o sexo apenas como uma forma de prazer mesmo dentro do casamento, como se sexo fosse pecado. Eu gostaria de saber se este posicionamento do Papa é verdadeiro. Caso seja verdadeiro, todas os jovens casados que não desejam ter filhos, estão em pecado.

Vou contar, rapidamente, minha experiência com Deus. No mês de setembro/99, descobri que estava com câncer (leiomiossarcoma). Hoje, eu deveria estar morto, segundo a opinião de um oncologista. Contudo, pedi a Deus, em nome de Jesus, a minha cura. Deus atendeu ao meu pedido e, hoje, estou completamente curado (embora para a medicina a cura de um câncer seja reconhecida somente após 5 anos). A partir daí, passei a procurar a comunhão com Deus todos os dias; hoje, leio a Palavra de Deus diariamente, e vejo que existem diversas contradições na tradição Católica. Por exemplo:

1. o Sr. escreve: "salve Maria"; eu pergunto: por que não "salve Jesus"? - afinal, foi Ele quem morreu por todos nós.
2. Por que recorremos a pessoas mortas (santos)? isto não é necromância?
3. Li os seus comentários sobre o uso de imagens, mas, na prática, as pessoas terminam adorando às imagens (eu mesmo já beijei imagens). Por que a Igreja concordou com a vinda da imagem de Fátima de Portugal, como se aquela imagem tivesse poderes sobrenaturais?
4. Por que a Igreja atribui poderes sobrenaturais aos restos mortais de alguns Santos (trouxeram uma costela de Santo Antônio a Brasília e muitas pessoas fizeram pedidos àquela costela); isso não é idolatria?
5. Certa ocasião, alguém comentou que São Jorge nunca existiu. Isto é verdade? Caso seja verdadeiro, por que a Igreja continua aceitando a veneração a São Jorge?
6. li seu artigo sobre a Bíblia. Contudo, achei curioso o Sr. comentar que Cristo não mandou distribuir Bíblias...Já existiam Bíblias impressas na época de Cristo? As pessoas comuns sabiam ler naquela época?
7. Por que o purgatório não é citado de forma clara na Bíblia? Quando a Egreja passou a aceitar a existência do purgatório?
8. Por que Jesus não exaltou a Virgem Maria? - li seus comentários sobre Maria; acho que todos os cristãos devem respeitar a Maria como a mãe de Jesus na Terra; mas ela continua tendo o status de mãe no Céu? Muitas vezes Maria é colocada acima de Jesus dentro da Igreja Católica.
9. Por que a Igreja não condena, abertamente,a veneração ao Padre Cícero?

Por favor, perdoe o grande número de perguntas. Contudo, reconheço a seriedade de seu trabalho e não posso perder a oportunidade de tentar tirar minhas dúvidas. Creio que se os padres estivessem tão motivados e preparados como o Sr., a Igreja Católica não perderia tantos fiéis.
Concluindo, eu gostaria de deixar registrado que considero o seu "site" excelente!
Atenciosamente. Paulo Costa Vieira.

RESPOSTA

Muito prezado Paulo, Salve Maria.
Recebi com prazer sua carta e lhe agradeço a confiança que sua mensagem revela.
Tomara Deus que você permaneça sadio por muitos e muitos anos, em plena saúde. Deus é bom, sabe nos guardar do mal e até tirar de um mal - como uma doença grave - um bem para nossas almas.

1- Se começo com "salve Maria" e não com "salve Jesus" é porque Nosso Senhor é o Salvador, e não necessita de salvação. Maria Santíssima, como todos os homens, teve que ser salva pelos méritos de Cristo. Por isso o anjo disse a ela: "Deus te salve, Maria, o Senhor é contigo" (Luc. I). Agora, ela já está salva e a saudação passou a ser apenas um cumprimento.

Propriamente seria absurdo dizer: "Salve Jesus", pois estaríamos dizendo que Ele precisou de salvação, quando, de fato, Ele é o único Salvador, embora se pudesse dizer - como cumprimento e expressão de glorificação "Viva Cristo" - conquanto Ele esteja de fato vivo eterrnamente.

Sua preocupação em que se saúde a Cristo, em vez de Maria, é de influência protestante e supõe que o Filho se irrite ou se zangue enciumado porque louvam a sua Mãe. Isso é absurdo. Nenhum filho se ofende porque se cumprimente sua mãe. O oposto é que é verdade: cumprimentar o filho deixando a mãe de lado é que é ofensivo. Ninguém tem a Deus por pai se recusa ter Maria por mãe.

2- Necromancia é indagar dos mortos informações especialmente sobre o futuro. Isso foi condenado inúmeras vezes pela Sagrada Escritura. Ora, o próprio Moisés roga a Deus pelo povo, através dos méritos de Abraão, Isaac e Jacó (Ex. XXXII 7-15). Os santos são intercessores nossos junto a Deus e não fornecedores de informações, como se pretende obter pela necromancia.

3- Beijar uma imagem não é ato de adoração. Se você beijar a imagem (a fotografia) de sua filha ou de sua esposa você não estará dizendo ou significando que as considera deusas. Espanta-me que você tenha caído num erro tão grosseiro. Isso só se explica pela má leitura que você está fazendo da Bíblia, sem orientação alguma e com clara influência protestante. Por que você não procura ler as obras dos grandes Padres da Igreja explicando a Sagrada Escritura? (Padres da Igreja são os grandes doutores que vieram após os Apóstolos).

4- Venerar as relíquias dos santos não é idolatria coisa nenhuma. Leia o que aconteceu quando jogaram um cadáver sobre os ossos do Profeta Eliseu. O morto ressuscitou. Isso está na Escritura (Cfr.IV Reis XIII, 20-22). Se os ossos de Eliseu fizeram milagres, porque não pode Deus fazer milagres através das relíquias de outros santos? E você sabe que a hemorroíssa tocando a roupa de Cristo foi curada. E a roupa de Cristo não era divina. Se Deus permitiu que até a roupa de Cristo fizesse milagres, por que não os faria pelos ossos dos seus santos? Você vê, meu caro Paulo, que tudo o que você acusa contra a Igreja é justificado por uma leitura correta das escrituras. Repito: você está lendo a Bíblia com os óculos de protestante.

5- Sua pergunta sobre São Jorge indica que você não tem Fé na única Igreja de Cristo - que é a Igreja Católica Apostólica Romana. E Cristo disse: "Quem vos ouve a Mim ouve" (Luc. X , 10). Se a Igreja afirma que existiu São Jorge, ele existiu mesmo, porque a Igreja não pode se enganar nem nos enganar, visto que Cristo prometeu estar com ela até o fim dos tempos.

A confusão sobre São Jorge se originou porque o Papa Paulo VI ordenou retirar do Missal os santos dos quais não havia um registro histórico documental escrito, isto é, aqueles que só eram conhecidos pela tradição. Isso não significa que eles não tivessem existido. Paulo VI fez isso - lamentavelmente - para evitar polêmicas históricas. Mas seu ato só aumentou as polêmicas.

A tradição tem valor histórico. O documento escrito muitas vezes é falso. Quantos, por exemplo, não têm documento escrito de que serviram o exército e, na verdade, "quebraram o galho"? Quantos não têm registro de nascimento numa data e local, e sabem - pela palavra de seus pais - que nasceram de fato em outro local e em outra data?

6- No tempo de Cristo nem os Evangelhos estavam escritos. Mas havia Bíblias escritas a mão e não impressas (Graças a Deus!). Muitas pessoas, entre os judeus, sabiam ler. Muitas outras, não. Por isso os judeus eram exortados a ouvir a palavra de Deus. Hoje, muitos sabem ler, isto é, sabem juntar as letras, e pensam que sabem realmente ler.
A Bíblia é um livro extremamente difícil, que poucas pessoas sabem ler. Por isso, a própria Bíblia nos adverte contra a pretensão de lê-la. Nos Atos dos Apóstolos, o eunuco da Rainha de Candace diz: "Como poderei entender (Isaías) se ninguém me explica? "(Cfr Atos VIII,21).

7- De novo, sua dúvida protestante contra a Igreja. Se a Igreja não pode ensinar, quem vai nos explicar o que está na Bíblia? Cada um vai entender de um jeito o que Deus revelou. O resultado será a multiplicação de seitas. Quantas seitas protestantes existem, cada uma julgando-se a certa e condenando as demais? Foi por isso que Cristo deu o poder de interpretar a Escritura somente a Pedro.

O purgatório se deduz do que ensina a Escritura. Não está escrito que o justo peca sete vezes por dia? (Prov. XXIV - 16). Se ele é justo, como peca? Se peca, como é justo? Isso é possível porque há pecados que não fazem perder a justiça. São os pecados leves ou veniais.
Lutero, e os protestantes depois dele, afirmam que todos os pecados são iguais, que não há pecados mortais e pecados veniais como sempre a Igreja ensinou.
Ora, Cristo mesmo distinguiu pecados maiores e menores. "Quem me entregou a ti cometeu pecado maior", disse Ele a Pilatos (Jo XIX,11).

Também Cristo disse que alguns pecados não seriam perdoados nem neste mundo nem no outro. Logo, há pecados que podem ser perdoados no outro mundo, que são os pecados veniais.

Cristo disse também que certas ofensas seriam punidas de tal modo que não se sairia da punição até ter pago o último quadrante (Cfr. Mt V,26). Logo, há um lugar em que se é punido e depois perdoado, enquanto que o inferno é eterno: "Ide malditos para o fogo eterno... (Mt. XXV 41).
Finalmente o segundo livro dos Macabeus afirma: "É, logo, um santo e saudável pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres de seus pecados" (II Mac. XII,46).

É claro que Lutero não podia aceitar isso que contrariava a sua doutrina. Por isso, ele considerou o Livro dos Macabeus como não inspirados. Apesar disso, o próprio Lutero ora admitiu o purgatório, ora o negou, acabando por negá-lo definitivamente.
Entretanto, mesmo entre os protestantes, hoje, há quem admita o purgatório (Exemplo, alguns Metodistas).

O Dr. Karl Von Hase, em seu livro "Handbuch der Protestant Polemik", 335, afirma que "a maior parte dos moribundos são bons demais para irem ao inferno, porém ruins demais para o céu". Exatamente como eu e você.
A Igreja sempre ensinou que existe o purgatório, porque a Igreja não pode errar.
Em vez de acreditar no que você entende, creia na Igreja. Ter Fé é crer no que Cristo disse e a Igreja ensina. Quem crê em seu próprio entendimento não tem Fé.

Recomendo-lhe que leia o livro de Lúcio Navarro, Legítima Interpretação da Bíblia, editado em Recife, pela Campanha de Instrução Religiosa Brasil - Portugal em 1958, de onde tirei alguns dos argumentos que lhe passei. Esse livro lhe faria bem. Maior bem ainda você obteria se rezasse a Nossa Senhora pedindo-lhe a graça da Fé.

8- Nossa Senhora é Mãe de Deus - "a mãe do Senhor " como se lê em São Lucas I, 43. E ela continua - evidentemente - sendo a Mãe de Deus. Sua mãe não continuará sendo sua mãe mesmo depois que você e ela morrerem? Sua dúvida é de espantar e mostra como a falta de Fé na Igreja leva a confundir as coisas mais óbvias.
Sobre Nossa Senhora, peço-lhe que leia o que escrevi contra o escorpião da Lagoinha, o Pastor Saul da Lagoinha. Recomendo-lhe ainda mais dois livros fundamentais: a) As glórias de Maria, de Santo Afonso Maria de Ligório; b) o livro "Tratado da Verdadeira a Nossa Senhora", de São Luís Grignion de Montfort. Lá você aprenderá a necessidade da devoção a Nossa Senhora para ir ao céu. Porque ninguém tem a Deus por Pai, se não tem a Maria por Mãe.

9- A "devoção" ao Padre Cícero não é aprovada pela Igreja, e esse Padre jamais será beatificado ou canonizado. O que se presta a ele é somente fanatismo, jamais aprovado oficialmente pela Igreja. Se algum padre permite algo nesse sentido, de fanatismo, o faz sob sua responsabilidade e não com a aprovação da Igreja Católica.

10- Por fim, meu caro Paulo, tenho que agradecer suas palavras finais de elogio ao site Montfort.

Desejo ainda que neste próximo Natal você encontre a Fé ao encontrar o Menino Jesus "com Maria, sua Mãe" (Mt. II, 11).
In Corde Jesu et Mariae, semper, Orlando Fedeli.

Salve Maria!

Sobre esta saudação gostaria de pegar o gancho deste artigo e dizer também que, da mesma forma que Santa Isabel saúda a Santíssima Virgem abismada com a honra de receber em sua casa a Mãe do seu Senhor; assim, nós saudamos a todo instante a Santíssima Virgem, porque sabemos que ela nos traz sempre a Salvação! Também gosto muito de dizer "Salve Maria" porque desta forma convido minha Senhora a estar presente em todas as coisas que faço!

Fiquemos com Deus!

AVE MARIA - De Santo Tomás de Aquino, Doutor Angélico

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

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Anunciação do Anjo à Santíssima Virgem!
A SAUDAÇÃO ANGÉLICA


PRÓLOGO

1. — A saudação angélica é dividida em três partes: A primeira, composta pelo Anjo: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres. (Lc 1, 28).
A segunda é obra de Isabel, mãe de João Batista, que disse: Bendito é o fruto do teu ventre.
A terceira parte, a Igreja acrescentou: Maria

O Anjo não disse: Ave Maria e sim, Ave, Cheia de graça. Mas este nome de Maria, efetivamente, se harmoniza com as palavras do Anjo, como veremos mais adiante.

AVE

2. — Na antiguidade, a aparição dos Anjos aos homens era um acontecimento de grande importância e os homens sentiam-se extremamente honrados em poder testemunhar sua veneração aos Anjos.
A Sagrada Escritura louva Abraão por ter dado hospitalidade aos Anjos e por tê-los reverenciado.
Mas um Anjo se inclinar diante de uma criatura humana, nunca se tinha ouvido dizer antes que o Anjo tivesse saudado à Santíssima Virgem, reverenciando-a e dizendo: Ave.

3. — Se na antiguidade o homem reverenciava o Anjo e o Anjo não reverenciava o homem, é porque o Anjo é maior que o homem e o é por três diferentes razões:

Primeiramente, o Anjo é superior ao homem por sua natureza espiritual.
Está escrito: Dos seres espirituais Deus fez seus Anjos. (Sl 103).

4. — O homem tem uma natureza corrutível e por isso Abraão dizia a Deus: (Gn 18, 27) Falarei a meu Senhor, eu que sou cinza e pó.
Não convém que a criatura espiritual e incorruptível renda homenagem à criatura corruptível.

Em segundo lugar, o Anjo ultrapassa o homem por sua familiaridade com Deus.
Com efeito, o Anjo pertence à família de Deus, mantendo-se a seus pés. Milhares de milhares de Anjos o serviam, e dez milhares de centenas de milhares mantinham-se em sua presença, está escrito em Daniel (7, 10).
Mas o homem é quase estranho a Deus, como um exilado longe de sua face pelo pecado, como diz o Salmista: (54, 8) Fugindo, afastei-me de Deus.
Convém, pois, ao homem honrar o Anjo por causa de sua proximidade com a majestade divina e de sua intimidade com ela.

Em terceiro lugar, o Anjo foi elevado acima do homem, pela plenitude do esplendor da graça divina que possui. Os Anjos participam da própria luz divina em mais perfeita plenitude. Pode-se enumerar os soldados de Deus, diz Jó (25, 3) e haverá algum sobre quem não se levante a sua luz? Por isso os Anjos aparecem sempre luminosos. Mas os homens participam também desta luz, porém com parcimônia e como num claro-escuro.

Por conseguinte, não convinha ao Anjo inclinar-se diante do homem, até, o dia em que apareceu uma criatura humana que sobrepujava os Anjos por sua plenitude de graças (cf n° 5 a 10), por sua familiaridade com Deus (cf. n° 10) e por sua dignidade.
Esta criatura humana foi a bem-aventurada Virgem Maria. Para reconhecer esta superioridade, o Anjo lhe testemunhou sua veneração por esta palavra: Ave.

CHEIA DE GRAÇA

5. — Primeiramente, a bem-aventurada Virgem ultrapassou todos os Anjos por sua plenitude de graça, e para manifestar esta preeminência o Arcanjo Gabriel inclinou-se diante dela, dizendo: cheia de graça; o que quer dizer: a vós venero, porque me ultrapassais por vossa plenitude de graça.

6. — Diz-se também da Bem-aventurada Virgem que é cheia de graça, em três perspectivas:

Em primeiro lugar sua alma possui toda a plenitude de graça. Deus dá a graça para fazer o bem e para evitar o mal. E sob esse duplo aspecto a Bem-aventurada Virgem possuía a graça perfeitissimamente, porque foi ela quem melhor evitou o pecado, depois de Cristo.
O pecado ou é original ou atual; mortal ou venial.
A Virgem foi preservada do pecado original, desde o primeiro instante de sua concepção e permaneceu sempre isenta de pecado mortal ou venial.
Também está escrito, no Cântico dos Cânticos: (4, 7) Tu és formosa, amiga minha, e em ti não há mácula.

«Com exceção da Santa Virgem, diz Santo Agostinho, em seu livro sobre a natureza e a graça; todos os santos e santas, em sua vida terrena, diante da pergunta: «estais sem pecados?» teriam gritado a uma só voz: «Se disséssemos: estamos sem pecado (cf. 1, Jo 1, 6), estaríamos enganando-nos a nós mesmos e a verdade não estaria conosco».

«A Virgem santa é a única exceção. Para honrar o Senhor, quando se trata a respeito do pecado, não se faça nunca referência à Virgem Santa. Sabemos que a ela foi dada uma abundância de graças maior, para triunfar completamente do pecado. Ela mereceu conceber Aquele que não foi manchado por nenhuma falta».

Mas o Cristo ultrapassou a Bem-aventurada Virgem. Sem dúvida, um e outro foram concebidos e nasceram sem pecado original. Mas Maria, contrariamente a seu Filho, lhe é submissa de direito. E se ela foi, de fato, totalmente preservada, foi por uma graça e um privilégio singular de Deus Todo Poderoso que é devido aos méritos de seu Filho, Jesus Cristo, Salvador do gênero humano. (N.T.).

7. — A Virgem realizou também as obras de todas as virtudes. Os outros santos se destacam por algumas virtudes, dentre tantas. Este foi humilde, aquele foi casto, aquele outro, misericordioso, por isto são apresentados como modelo para esta ou aquela determinada virtude; como, por exemplo, se apresenta São Nicolau, como modelo de misericórdia.

Mas a Bem-aventurada Virgem é o modelo e o exemplo de todas as virtudes. Nela achareis o modelo da humildade. Escutai suas palavras: (Lc 1, 38) Eis a escrava do Senhor. E mais (Lc 1, 48): O Senhor olhou a humildade de sua serva. Ela é também o modelo da castidade: ela mesma confessa que não conheceu homem (cf. Lc 1, 43). Como é fácil constatar, Maria é o modelo de todas as virtudes.
A Bem-aventurada Virgem é pois cheia de graça, tanto porque faz o bem, como porque evita o mal.

8. — Em segundo lugar, a plenitude de graça da Virgem Santa se manifesta no reflexo da graça de sua alma, sobre sua carne e todo o seu corpo.
Já é uma grande felicidade que os santos gozem de graça suficiente, para a santificação de suas almas. Mas a alma da Bem-aventurada Virgem Maria possui uma tal plenitude de graça, que esta graça de sua alma reflete sobre sua carne, que, por sua vez, concebe o Filho de Deus.
Porque o amor do Espírito Santo, nos diz Hugo de São Vitor, arde no coração da Virgem com um ardor singular, Ele opera em sua carne maravilhas tão grandes, que dela nasceu um Homem Deus, como avisa o Anjo à Virgem santa: (Lc 1, 35) Um Filho santo nascerá de ti e será chamado Filho de Deus.

9. — Em terceiro lugar, a Bem-aventurada Virgem é cheia de graça, a ponto de espalhar sua plenitude de graça sobre todos os homens.
Que cada santo possua graça suficiente para a salvação de muitos homens é coisa considerável. Mas se um santo fosse dotado de uma graça capaz de salvar toda a humanidade, ele gozaria de uma abundância de graça insuperável. Ora, essa plenitude de graça existe no Cristo e na Bem-aventurada Virgem.

Em todos os perigos, podemos obter o auxílio desta gloriosa Virgem. Canta o esposo, no Cântico dos Cânticos: (4, 4) Teu pescoço é como a torre de Davi, edificada com seus baluartes. Dela estão pendentes mil escudos, quer dizer, mil remédios contra os perigos.
Também em todas as ações virtuosas podemos beneficiar-nos de sua ajuda. Em mim há toda a esperança da vida e da virtude (Ecl 24, 25).

MARIA

10. — A Virgem, cheia de graça, ultrapassou os Anjos, por sua plenitude de graça. E por isto é chamada Maria, que quer dizer, «iluminada interiormente», donde se aplica a Maria o que disse Isaias: (58, 11) O Senhor encherá tua alma de esplendores. Também quer dizer: «iluminadora dos outros», em todo o universo; por isso, Maria é comparada, com razão, ao sol e à lua.

O SENHOR É CONVOSCO

11. — A Virgem ultrapassa os Anjos em sua intimidade com o Senhor. O arcanjo Gabriel reconhece esta superioridade, quando lhe dirige estas palavras: O Senhor é convosco, isto é, venero-vos e confesso que estais mais próxima de Deus do que eu mesmo estou. O Senhor está, efetivamente, convosco.
O Senhor Pai está com Maria, pois Ele não se separa de maneira nenhuma de seu Filho e Maria possui este Filho, como nenhuma outra criatura, até mesmo angélica. Deus mandou dizer a Maria, pelo Arcanjo Gabriel (Lc 1, 35) Uma criança santa nascerá de ti e será chamada Filho de Deus.
O Senhor está com Maria, pois repousa em seu seio. Melhor do que a qualquer outra criatura se aplicam a Maria estas palavras de Isaias: (12, 6) Exulta e louva, casa de Sião, porque o Grande, o Santo de Israel está no meio de ti.
O Senhor não habita da mesma maneira com a Bem-aventurada Virgem e com os Anjos. Deus está com Maria, como seu Filho; com os Anjos, Deus habita como Senhor.
O Espírito Santo está em Maria, como em seu templo, onde opera. O arcanjo lhe anunciou: (Lc 1, 35) O Espírito Santo virá sobre ti. Assim, pois, Maria concebeu por efeito do Espírito Santo e nós a chamamos «Templo do Senhor», «Santuário do Espírito Santo». (cf. liturgia das festas de Nossa Senhora).
Portanto, a Bem-aventurada Virgem goza de uma intimidade com Deus maior do que a criatura angélica.

Com ela está o Senhor Pai, o Senhor Filho, o Senhor Espírito Santo, a Santíssima Trindade inteira. Por isso canta a Igreja: «Sois digno trono de toda a Trindade».

É esta então a palavra mais nobre, a mais expressiva, como louvor, que podemos dirigir à Virgem.

MARIA

12. — Portanto o Anjo reverenciou a Bem-aventurada Virgem, como mãe do Soberano Senhor e, assim, ela mesma como Soberana. O nome de Maria, em siríaco significa soberana, o que lhe convém perfeitamente.

13. — A Virgem ultrapassou aos Anjos em pureza.
Não só possuía em si mesma a pureza, como procurava a pureza para os outros.
Ela foi puríssima de toda culpa, pois foi preservada do pecado original e não cometeu nenhum pecado mortal ou venial, como também foi livre de toda pena.

BENDITA SOIS VÓS ENTRE AS MULHERES

14. — Três maldições foram proferidas por Deus contra os homens, por causa do pecado original.
- A primeira foi contra a mulher, que traria seu filho no sofrimento e daria à luz com dores.
Mas a Bem-aventurada Virgem não está submetida a estas penas. Ela concebeu o Salvador sem corrupção, trouxe-o alegremente em seu seio e o teve na alegria. A Ela se aplica a palavra de Isaias: (35, 2) A terra germinará, exultará, cantará louvores.
15. A segunda maldição foi pronunciada contra o homem (Gn 3, 9): Comerás o teu pão com o suor de teu rosto.
A Bem-aventurada Virgem foi isenta desta pena. Como diz o Apóstolo (1 Cor 7, 32-34): Fiquem livres de cuidados as virgens e se ocupem só com o Senhor.
- A terceira maldição foi comum ao homem e à mulher. Em razão dela devem ambos tornar ao pó.
A Bem-aventurada Virgem disto também foi preservada, pois foi, com o corpo, assunta aos céus. Cremos que, depois de morta, foi ressuscitada e elevada ao céu. Também se lhe aplicam muito apropriadamente as palavras do Salmo 131, 8: Levanta-te, Senhor, entra no teu repouso; tu e a arca da tua santificação.

MARIA

A Virgem foi pois isenta de toda maldição e bendita entre as mulheres. Ela é a única que suprime a maldição, traz a bênção e abre as portas do paraíso.
Também lhe convém, assim, o nome de Maria, que quer dizer, «Estrela do mar», Assim como os navegadores são conduzidos pela estrela do mar ao porto, assim, por Maria, são os cristãos conduzidos à Glória.

BENDITO É O FRUTO DE VOSSO VENTRE

18. — O pecador procura nas criaturas aquilo que não pode achar, mas o justo o obtém. A riqueza dos pecadores está reservada para os justos, dizem os Provérbios (13, 22). Assim Eva procurou o fruto, sem achar nele a satisfação de seus desejos. A Bem-aventurada Virgem, ao contrário, achou em seu fruto tudo o que Eva desejou.

19. — Eva, com efeito, desejou de seu fruto três coisas:
Primeiro, a deificação de Adão e dela mesma e o conhecimento do bem e do mal, como lhe prometera falsamente o diabo: Sereis como deuses (Gn 3, 5), disse-lhes o mentiroso. O diabo mentiu, porque ele é mentiroso e o pai da mentira (cf. Jo 8, 44). E por ter comido do fruto, Eva, em vez de se tornar semelhante a Deus, tornou-se dessemelhante. Por seu pecado, afastou-se de Deus, sua salvação, e foi expulsa do paraíso.

A Bem-aventurada Virgem, ao contrário, achou sua deificação no fruto de suas entranhas. Por Cristo nos unimos a Deus e nos tornamos semelhantes a Ele. Diz-nos São João: (1 Jo 3, 2) Quando Deus se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos como Ele é.

20. — Em segundo lugar, Eva desejava o deleite (cf. Gn 3, 6), mas não o encontrou no fruto e imediatamente conheceu que estava nua e a dor entrou em sua vida. No fruto da Virgem, ao contrário, encontramos a suavidade e a salvação. Quem come minha carne tem a vida eterna (Jo 6, 55).

21. — Enfim, o fruto de Eva era sedutor no aspecto, mas quão mais belo é o fruto da Virgem que os próprios Anjos desejam contemplar (cf. 1 Pe 1, 12). É o mais belo dos filhos dos homens (Sl 44, 3), porque é o esplendor da glória de seu Pai (Heb 1, 3) como diz S. Paulo.
Portanto, Eva não pôde achar em seu fruto o que também nenhum pecador achará em seu pecado.
Acharemos, no entanto, tudo o que desejamos no fruto da Virgem. Busquemo-lo.

22. — O fruto da Virgem Maria é bendito por Deus, que de tal forma encheu-o de graças que sua simples vinda já nos faz render homenagem a Deus. Bendito seja Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo, declara São Paulo (Ef 1, 3). O fruto da Virgem é bendito pelos Anjos. O Apocalipse (7, 11) nos mostra os Anjos caindo com a face por terra e adorando o Cristo com seus cantos: O louvor, a glória, a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém

O fruto de Maria é também bendito pelos homens: Toda a língua confesse que o Senhor Jesus Cristo está na glória de Deus Pai, nos diz o Apóstolo (Fp 2, 11). E o Salmista (Sl 117, 26) o saúda assim: Bendito o que vem em nome do Senhor. Assim, pois, a Virgem é bendita, porém, bem mais ainda, é o seu fruto.

.Fonte: Pai Nosso e Ave Maria – Sermões de Santo Tomás de Aquino. Editora Permanência, Rio de Janeiro, 2003.

01/01 dia de Nossa Senhora: MARIA, SANTA MÃE DE DEUS!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

8 comentários
O dogma da MATERNIDADE DIVINA consiste em que a Virgem Maria é verdadeira Mãe de Deus, por ter engravidado por obra do Espírito Santo e dado à luz a Jesus Cristo, não quanto a sua Natureza Divina, senão quanto à Natureza humana que tinha assumido. A Igreja afirma este Dogma desde sempre, e o definiu solenemente no Concílio de Éfeso (século V).


Algum tempo depois, foi proclamado por outros Concílios universais, o de Calcedônia e os de Constantinopla.

O Concílio de Éfeso, do ano 431, sendo Papa São Clementino I (422-432) definiu:

“Se alguém não confessar que o Emanuel (Cristo) é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, porque pariu segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja anátema.


Totus Tuus

Dia 01/01/2004 eu me consagrei oficialmente à Santíssima Virgem, pelo método de São Luís Maria Grignion de Montfort e desde então a tenho como Senhora.

Sou totalmente de Cristo pelas mãos e intercessão de minha Senhora! Sei que ela é a mãe amorosa, mas confesso que muito me agrada aproximar-me dela como escrava; abrindo mão dos meus direitos de filha, para ser dela somente escrava de amor!

Mas o que seria então esta escravidão que falo e que São Luís M. G. de Montfort ensinou? A total consagração à Nossa Senhora, ou a santa escravidão de amor é a entrega de tudo que somos e possuímos à Santíssima Virgem para que através dela possamos mais perfeitamente pertencer a Deus.
A finalidade desta total entrega a Nossa Senhora é nos unir a Jesus Cristo e nos fazer crescer em sua graça. Nos entregamos totalmente a Nossa Senhora para que ela nos ensine a cumprir em nossa vida a Santíssima vontade de Deus. São Luís Maria de Montfort chama a Santa Escravidão de Amor de “A Verdadeira Devoção”, simplesmente porque ela nos mostra quem é Nossa Senhora, qual seu lugar no plano de salvação e sua missão na vida da Igreja e de cada um de nós.


A doutrina da Santa escravidão nos faz ver e compreender que Jesus nos deu Maria como verdadeira mãe, mestra e educadora, e ao mesmo tempo nos convida e nos faz lançar aos cuidados desta boníssima Senhora atendendo ao mandato de Jesus que olhando para nós nos diz: “Eis aí tua mãe”. Assim pela total consagração de nós mesmos à Santíssima Virgem estamos dizendo nosso sim a Jesus que no-la deu por mãe, a fim de que Ela nos ensine a fazer tudo que Ele mandou.

Nós confirmamos a soberania de Deus e da Santíssima Virgem em nossas vidas, entregando TUDO que somos e temos a Jesus pelas mãos de Maria. Aqui, TUDO quer dizer TUDO. Nosso corpo com todos os nossos bens materiais e nossa alma com todas as nossas riquezas espirituais, nossos pensamentos, nossos desejos e quereres. Assim, mesmo os méritos de nossas orações, sacrifícios e boas obras passam a pertencer a Maria Santíssima para que Ela possa usá-los como lhe aprouver. Pela Santa Escravidão de Amor passamos a não possuir mais nada. Tudo passa ser de Maria, para que deste modo tudo possa ser de Deus.



Quando fazemos esta consagração e a vivemos obtemos um aumento admirável em nosso “Capital de Graças”, e por isso nos santificamos mais rapidamente e de maneira mais perfeita e segura. Com efeito, Maria Santíssima é um caminho fácil, curto, seguro e perfeito para nos unirmos a Jesus e crescermos em sua graça.