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Quem te ensinou tantas coisas?

domingo, 3 de abril de 2011

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Jacinta Marto nasceu em 11/03/1910
e veio a falecer no dia 20/02/1020

Transportada para Lisboa, Jacinta ficou primeiramente num orfanato contíguo à Igreja de Nossa Senhora dos Milagres, sendo depois levada para o Hospital Dona Estefânia. No primeiro destes estabelecimentos foi assistida por Madre Maria da Purificação Godinho, que tomou nota – embora nem sempre literalmente – de suas últimas palavras.

Abaixo algumas dessas palavras, repassadas em tom profético e cheias de unção e ensinamentos. De Marchi publica-as agrupadas por assunto.

  • Sobre o pecado

“Os pecados que levam mais as almas para o inferno são os pecados da carne.

Hão de vir umas modas que hão de ofender muito a Nosso Senhor.

As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo.

Os pecados do mundo são muito grandes. Se os homens soubessem o que é a eternidade, faziam tudo para mudar de vida.

Os homens perdem-se porque não pensam na morte de Nosso Senhor e não fazem penitência.

Muitos matrimônios não são bons, não agradam a Nosso Senhor e não são de Deus.”


  • Sobre as virtudes cristãs

“Seja muito amiga da santa pobreza e do silêncio.

Tenha muita caridade, mesmo com quem é mau.

Não fale mal de ninguém e fuja de quem diz mal.

Tenha muita paciência, porque a paciência leva-nos para o Céu.

A mortificação e os sacrifícios agradam muito a Nosso Senhor.

A confissão é um sacramento de misericórdia. Sem confissão não há salvação.

Para ser uma religiosa é preciso ser muito pura na alma e no corpo.

- “ E sabes tu o que quer dizer ser pura?” pergunta Madre Godinho.
- “Sei, sei. Ser pura no corpo é guardar a castidade; e ser pura na alma é não fazer pecados; não olhar para o que não se deve ver, não roubar, não mentir nunca, dizer a verdade ainda que nos custe.”

Quem não cumpre as promessas que faz a Nossa Senhora nunca terá felicidade nas suas coisas.

Os médicos não tem luz para curar bem os doentes, porque não tem amor de Deus.

- “Quem foi que te ensinou tantas coisas?” pergunta a Madre Godinho.
- “Foi Nossa Senhora; mas algumas penso-as eu. Gosto muito de pensar.” ( De Marchi, PP 254-246).



Defendendo a Fé Católica

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

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 Padre Nicholas Gruner, S.T.L., S.T.D.(Cand.)


Contra factos não há argumentos

Não há argumentos contra um facto: a “renovação” da Igreja depois do Vaticano II é um fracasso catastrófico. Em vez de uma “renovação,” o que vemos é uma tentativa de impor à Igreja uma religião inteiramente nova em vez da que nos foi transmitida pelos sucessores dos Apóstolos durante quase 2.000 anos.

Graças ao “ecumenismo,” “diálogo,” “diálogo inter-religioso,” e, claro está, a Nova Missa, o estado exterior da Igreja de hoje é tal que os grandes Papas de antes do Concílio nem sequer reconheceriam uma paróquia católica típica como sendo efectivamente católica.

Neste ponto também, o Cardeal Ratzinger admitiu a verdade, porque escreveu o prefácio em francês de um livro de Monsenhor Klaus Gamber, A reforma da Liturgia Romana, em que o Monsenhor faz esta espantosa (e muito verdadeira) observação sobre o estado actual da Igreja:

Um Católico que deixou de ser um membro activo da Igreja na última geração e que, tendo decidido voltar à Igreja, quer ser novamente activo religiosamente, provavelmente não reconheceria a Igreja de hoje como sendo aquela de que se afastara. Bastar-lhe-ia entrar numa igreja católica, especialmente se fosse de desenho ultramoderno, para se sentir como se tivesse entrado num lugar estranho e desconhecido. Pensaria que devia ter ido para um endereço errado e que tinha entrado por engano numa outra comunidade religiosa cristã.

Não! Não se pode argumentar contra um facto. Não importa o que certas autoridades possam dizer contra isso; a revolução na Igreja Católica desde o Vaticano II implicou, como todas as revoluções, um afastamento e uma rejeição do passado — neste caso, das próprias tradições da nossa Fé.

E não interessa o que algumas “autoridades” dizem; a Igreja está em crise porque os pedidos de Fátima não foram obedecidos. Não foram obedecidos porque a Consagração da Rússia não foi feita, apesar da cerimónia de 1984, em que a Rússia nunca foi mencionada. As “autoridades” podem papaguear quanto quiserem sobre o “milagre” na Rússia; no mundo real, podemos ver que, desde 1984, a Rússia tornou-se uma ditadura neo-Stalinista, inquinada pelos abortos e aliada à China Vermelha. Hoje, na Rússia, a Igreja Católica sofre uma perseguição tão severa que até o Vaticano protestou energicamente, dizendo que “faz lembrar as práticas lamentáveis da era soviética.”


Desorientação diabólica

O facto de até as mais altas autoridades da Igreja terem aprovado a calamidade dos últimos 40 anos não é razão para fazer como eles. Devemos lembrar-nos de que não é a primeira vez na história da Igreja que os seus dirigentes sucumbiram ao que a Irmã Lúcia chamou, e com muita razão, “desorientação diabólica.”
Podemos mesmo reconhecer a nossa situação actial na descrição que o Cardeal Newman fez da crise ariana no Século IV, quando quase todos os Bispos aceitaram a heresia que ensinava falsamente que Cristo não é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, ou se prestaram a segui-la:
O corpo dos Bispos falhou na sua confissão da Fé ... Falaram variadamente, uns contra os outros; não houve nada, depois [do Concílio de] Niceia [325 D.C.], de testemunho firme, imutável e consistented, durante quase sessenta anos. Houve Concílios não fiáveis, Bispos infiéis; houve fraqueza, medo das consequências, desvios, ilusões, alucinações, sem fim, sem esperança, estrendendo-se a quase todos os cantos da Igreja Católica. Os relativamente poucos que se mantiveram fiéis foram desacreditados e obrigados a exilar-se; os restantes ou enganaram ou foram enganados.

Note-se a frase de Newman: “Os relativamente poucos que se mantiveram fiéis foram desacreditados e obrigados a exilar-se …” Não é precisamente isso que vemos hoje, quando há relativamente poucos que se mantêm fiéis perante os “enganadores e enganados” do nosso tempo, assanhados contra o chamado “Catolicismo pré-Vaticano II”?

Não vemos nós que The Fatima Centre e os padres firmemente tradicionais em toda a Igreja, incluindo eu próprio, são perseguidos e exilados por Bispos liberais, e até por certos elementos da burocracia do Vaticano, enquanto que os “enganadores e enganados” se apresentam como possuidores e guardiões da religião “verdadeira”? Tal como no tempo de Ário, quando Santo Atanásio, que chefiou a oposição ao arianismo, foi exilado cinco vezes pelos seus “irmãos no Episcopado” e foi “excomungado” por uma sentença “confirmada” pelo Papa Libério:

E assim vemos hoje padres de doutrina sólida, castos e militantes, que são declarados “excomungados” ou “suspensos” por delitos não-existentes, ao mesmo tempo que os que procuram destruir a Igreja são amimados, louvados e até promovidos a altos cargos.
Assim, dizem a algumas pessoas que eu estou “suspenso” por um delito que nem sequer especificam — porque não foi cometido nenhum delito. Além das declarações públicas contra mim, há uma campanha discreta de boatos em que circulam cartas deste ou daquele padre ou Bispo local, repetindo as mesmas mentiras, como se tivessem algum grande peso de autoridade, quando, na verdade, apenas se baseiam em preconceitos irracionais.

Faz-nos lembrar um comentário do Prof. Philip Davidson, no seu estudo monumental sobre o uso da propaganda na Revolução Americana: a maneira mais eficaz de atacar a ordem estabelecida e justificar a rebelião não é “razão, ou justiça, ou até mesmo interesse, mas ódio. Um ódio irracional, uma repulsa cega, é criada não contra políticas, mas contra pessoas.”

Ainda há esperança

Mas podemos confortar-nos com o facto de que há um precedente histórico para a nossa situação. Assim como a Igreja sobreviveu à crise ariana e à terrível perseguição dos fiéis católicos, assim há-de sobreviver à crise presente, que é ainda maior. Porque a promessa de Nossa Senhora – “Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz” não pode deixar de se cumprir. Por fim, o Seu Imaculado Coração há-de triunfar, e tudo o que está errado na Igreja há-de ser emendado. O próprio Deus há-de querer que assim seja, e não de qualquer outra maneira. A única questão é quanto tempo teremos de sofrer, antes que Deus exija que os Seus filhos rebeldes Lhe obedeçam. Temos razão para recear que o aniquilamento de nações, sobre que Nossa Senhora nos avisou, seja o resultado de se atrasar demasiado esta obediência.

Portanto, tenhamos esperança no meio do desastre. E eles que tentem desacreditar e exilar bons Católicos enquanto podem. Porque os dias dos revolucionários estão contados, enquanto que a restauração da Igreja é inevitável. Até lá, devemos obedecer a Nossa Senhora de Fátima, promover a Sua Mensagem de Fátima na sua totalidade, e manter o que nos foi transmitido, e o que foi confirmado de forma tão dramática para o nosso tempo, na Mensagem de Fátima.