Prof° Orlando Fedeli...

sábado, 12 de junho de 2010

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Salve Maria!

Pensei em falar algo sobre o prof° Orlando... mas confesso que a tristeza ainda é muito grande e um homem tão honrado como ele não merece palavras piegas de minha parte... então, resolvi recortar um dos últimos e-mails que eu enviei a ele em agradecimento pela palestra feita em nossa cidade. Segue abaixo:

"Sabe professor o senhor conseguiu me emocionar; como é bom, como é gratificante ouvir

um homem culto como o senhor defendendo a fé Católica; e realmente ver que a vela de
sua vida se consome pela causa de Cristo!


Bravíssimo!!!


O senhor falou da beleza dos diamantes e que todos são únicos, pois não existe um igual ao
outro; falou da realeza do leão e da forma como caça, abraçando sua presa se dá todo a
ela;  falou da Rosácea Gótica e da forma que as graças de Deus passam por Maria e
chegam à criação...
eu me atrevo a falar do senhor... muitos o julgam arrogante, mas não entendem que, o que
eles chamam de arrogância é na verdade sabedoria, e pelo fato de não conseguirem
acompanhar sua forma de pensar e o seu entendimento tão profundo das coisas resolvem
simplesmente ridicularizá-lo com argumentos tolos.
Mas o senhor além de sábio é justo, e falando com justiça incomoda a vida daqueles
que não querem mudar de vida; assim sendo eles recebem o justo salário de suas tibiezas e
se ofendem em ouvir alguém falar com sabedoria usando de palavras justas.
Como o diamante que é único, o senhor também é único, não estou especificando o homem
e sim o professor! E aqui fica meu lamento por não ter conhecido outros Fedelis até hoje...
mas isto seria impossível não é mesmo? Somos únicos! Então cabe ao passarinho de vôos
tímidos, olhar e admirar o vôo majestoso da águia!
Sabe professor o vôo da águia o passarinho não pode ter, mas a majestade sim, pois este
adjetivo não está no título e sim em como se comporta e o que traz dentro de si a águia e
isto o passarinho pode ter, basta desejar e como aluno aprender.
Que Deus seja louvado por toda sua criação, por tudo de verdade, justo e belo que Ele é!
Um grande abraço de sua aluna, que deseja viver a verdade, a justiça e admirar a
beleza!
Espero em breve encontrá-lo novamente."




*Descanse em paz querido Professor Orlando Fedeli.

NOTA DE FALECIMENTO.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

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A Associação Cultural Montfort comunica o falecimento de seu presidente e fundador


Orlando Fedeli

E pede a seus alunos e a todos os que o conheceram orações por sua alma.



Montfort

São Paulo, 09.06.2010


Denúncia das heresias da TFP e dos Arautos do Evangelho

A modéstia na apresentação exterior

quinta-feira, 3 de junho de 2010

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Santo Tomás de Aquino


II-II Parte – Questão 169


Artigo 1

Pode haver virtude e vício na apresentação exterior?

“RESPONDO. Não é nas coisas exteriores utilizadas pelo homem que se encontra o vício, mas no próprio homem que usa mal delas. E esse mau uso pode acontecer de duas maneiras. Primeiramente, considerando-se o costume das pessoas com quem se vive. Por isso, diz Agostinho: ‘Os excessos contrários aos costumes humanos devem ser evitados, respeitando suas diversidades. Uma convenção estabelecida numa cidade ou num povo por costume ou por lei não deve ser violada pelo capricho de um cidadão ou de um forasteiro, pois toda parte em desarmonia com o seu todo é uma aberração’.

Em segundo lugar, o mau uso dessas coisas da aparência exterior pode vir também de uma descontrolada afeição a elas e parte do usuário, levando-o, por vezes, a utilizá-las de modo sensual demais, esteja ele de acordo ou em desacordo com os costumes locais. Por isso, recomenda Agostinho: ‘Não se deve usar nada com paixão, pois esta não só ofende, perversamente, o costume daqueles entre os quais se vive, como também, ultrapassando-lhes, muita vez, os limites, manifesta, com rompantes escandalosos, um descaramento antes escondido sob o véu de costumes públicos’.

Ora, essa afeição desordenada pode manifestar seu exagero de três formas. Primeiro, quando se busca o prestígio social mediante um modo refinado de vestir-se e de enfeitar-se. Por isso, diz Gregório: ‘Julgam alguns que não é pecado usar um vestuário fino e precioso. Mas se não o fosse, jamais a palavra de Deus teria dito que o rico, atormentado no inferno, estivera vestido de linho fino e de púrpura, pois ninguém traja roupa preciosa, isto é, superior à sua condição, senão por vanglória’. – Outra manifestação dessa exagerada preocupação com a roupa acontece quando nisso se buscam os prazeres do corpo, vendo na roupa um atrativo para tais prazeres. – E a terceira manifestação seria a preocupação exagerada com a roupa, ainda que não interfira nenhuma finalidade má.

A essa tríplice desordem Andronico opõe três virtudes relacionadas com a apresentação externa. Uma é a humildade, que exclui a busca da glória e, segundo ele, ‘não se excede em gastos e enfeites’. – Outra virtude é o contentar-se com o suficiente, o que exclui a busca da afetação. ‘É o hábito de se satisfazer com o necessário e que determina o que é conveniente para se viver’, de acordo com a palavra do Apóstolo: ‘Se temos alimento e vestuário, contentar-nos-emos com isso’. – Por fim, tem-se a simplicidade, que exclui a preocupação exagerada com essas coisas, e que ele define como ‘o hábito pelo qual nos contentamos com o que nos é dado’.

Olhando, agora, a questão pelo lado da deficiência, podem-se distinguir duas desordens segundo o afeto. A primeira, por negligência, quando não se tem cuidado nem diligência em se vestir corretamente. Por essa razão, o Filósofo diz que é relaxamento ‘deixar o manto arrastar-se pelo chão, sem nenhum empenho por levantá-lo’. – A segunda é a dos que se vangloriam dessa mesma falta de cuidado com a aparência. Por isso, Agostinho diz que ‘pode haver vaidade não só no brilho e no luxo dos ornatos do corpo, mas até numa apresentação negligente e degradante e tanto mais perigosa quanto procura nos enganar, a pretexto de serviço de Deus’. E o Filósofo diz que ‘tanto o excesso quanto a deficiência dizem respeito à jactância’.”


II-II Parte – Questão 169


Artigo 2

Os adornos das mulheres estão isentos de pecado mortal?

“RESPONDO. Em relação aos adornos das mulheres, devem-se fazer as mesmas observações antes feitas, em geral, sobre a apresentação exterior, destacando, porém, algo especial, ou seja, que os adornos femininos despertam a lascívia nos homens, segundo o livro dos Provérbios: ‘Eis que essa mulher lhe vem ao encontro, trajada qual prostituta, toda insinuação’. No entanto, pode a mulher, licitamente, empenhar-se por agradar ao marido, para evitar que ele, desdenhando-a, venha a cair em adultério. Por essa razão, se diz na primeira Carta aos Coríntios: ‘A mulher casada preocupa-se com as coisas do mundo: ela procura como agradar o marido’. Portanto, se a mulher casada se enfeita para agradar ao marido, pode fazê-lo sem pecado. Mas as que não têm marido nem os querem ter e vivem em celibato, não podem, sem pecado, querer agradar aos olhos dos homens, para lhes excitar a concupiscência, porque isso seria incentivá-los a pecar. Se, pois, se enfeitarem com essa intenção de provocar os outros à concupiscência, pecam mortalmente. Se o fizerem, porém, por leviandade, ou mesmo por um desejo vaidoso de aparecer, nem sempre será pecado mortal, mas às vezes venial. Diga-se o mesmo, aliás, a respeito dos homens[1]. Por isso, escreve Agostinho: ‘Sugiro-te que não te precipites em proibir enfeites de outro ou vestes preciosas, a não ser aos que, não sendo casados nem querendo sê-lo, deveriam pensar em como agradar a Deus. Quanto aos outros, eles pensam nas coisas do mundo: os maridos, como agradarão às esposas; as mulheres, como agradarão aos maridos, sempre com a ressalva feita pelo Apóstolo, a saber, nem às mulheres casadas convém trazer os cabelos descobertos’. Nesse caso, porém, ainda é possível que algumas mulheres fiquem isentas de pecado, se não agirem por vaidade, mas por um costume contrário, embora não recomendável[2].”

Ed. Loyola


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[1] As mesmas regras valem para o coquetismo tanto dos homens como das mulheres. A observação deve ser inserida no dossiê daqueles que acusam Sto. Tomás de misoginia.

[2] Em princípio, Sto. Tomás reconhece a legítima diversidade dos costumes vestimentais. Mas percebemos claramente que sua tolerância não iria muito longe, tanto ele está imbuído da cultura à qual pertence. No seio de uma tradição eclesiástica bastante reservada em relação à ornamentação (pelo menos nas obras de edificação), ele adota uma posição aberta e matizada.