Atanásio: sustentáculo anti-ariano |
Quem foi Ário?
Nascido no Egito, por volta de 256, era homem austero, distinto, eloquente e hábil; porém também era obstinado em suas idéias, cheio de si e muito ambicioso. Foi encarregado como sacerdote de uma importante Igreja na grande Alexandria. Lá entrou em conflito doutrinal com o Bispo Alexandre o qual convocou um Concílio.
Uma das heresias que mais dano causou à Igreja, a partir do século III, foi o Arianismo, devido ao apoio que encontrou da parte de muitos bispos e imperadores. Esta heresia do século IV cuja doutrina sustentava que o Filho de Deus não era verdadeiramente divino, mas criado; não era eterno mas temporal.
Os Padres deste Concílio ( cerca de 300, quase todos da Igreja Oriental), depois de lerem o livro de Ário, consideraram que não era aceitável, porque afirmava que o Filho de Deus não é da mesma natureza ou substância do Pai, nem igual a Ele em dignidade, nem coeterno. A palavra chave usada, e que entrou depois no Credo da Missa ou de Niceia, foi homoousios, isto é Consubstancial. O Credo anatematiza explicitamente aqueles que negavam a eternidade do Filho ou sustentavam que Ele tinha uma natureza diferente da do Pai. Constantino aceitou com entusiasmo a asserção deste Concílio, segundo a orientação
do seu conselheiro teológico, o bispo Hósio de Córdova. Todavia, os conflitos continuaram ainda por cinco anos. Depois da morte de Constantino (337), o partido do Arianismo ganhou mais força contra a definição do Concílio, com o apoio de Constantino II, Imperador até ao ano 350.
S. Atanásio, que esteve presente no Concílio, como diácono, sucedeu a Alexandre como bispo, tornando-se assim o responsável pela opinião católica. Mas o conflito era muito forte, Atanásio empregou os seus melhores esforços, mas foi exilado da sua Sé de Alexandria, quase todo o resto da sua vida.
Depois de 379 a situação política melhorou e a contribuição teológica dos Capadócios levou-os a convocar um novo Concílio em Constantinopla (381), que reafirmou a doutrina de Niceia e ensinou a Consubstancialidade do Espírito Santo.O Arianismo foi acusado de heresia Trinitariana, mas a sua doutrina tinha implicações Cristológicas.
"Jamais, talvez, nenhum chefe de heresia possuiu em mais alto grau que Ário as qualidades próprias para esse maldito e funesto papel. Instruído nas letras e na filosofia dos gregos, dotado de uma rara fineza de dialética e de linguagem, ele conseguia dar ao erro o aspecto e o atrativo da verdade. Seu exterior ajudava a sedução. Seu orgulho se disfarçava sob uma simples vestimenta, sob um olhar modesto, recolhido, mortificado, que lhe dava um falso ar de santidade, e ao qual ele sabia aliar um trato gracioso e um tom doce e insinuante". Isso lhe abriu a porta dos grandes e poderosos do mundo. Eusébio de Cesaréia lhe concedeu asilo e o protegeu. Eusébio de Nicomédia tornou-se seu mais forte defensor. Por isso sua heresia estendeu-se séculos afora, provocando grande mal à Igreja.
2 comentários:
Olá Giovanna! Avé Maria!
Antes de mais, um obrigado pelo excelente blogue!
Gostaria de saber como se pões essas etiquetas "Poderá também gostar de..." ou "artigos relacionados", para colocar também no meu. Podes dizer?
Obrigado... Abraço!
Salve Maria!
Aqui está sua resposta:
http://www.dicasparablogs.com.br/2009/10/mostrar-assuntos-relacionados-no-blog.html
Eles aconselham a usar a opção Other, mas eu usei o Bloger mesmo! E deu certo e mais rápido!
Obrigada pela visita.
Fiquemos com Deus!
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Salve Maria!
Que o Espírito Santo conduza suas palavras. E que Deus nos abençoe sempre.
***Caso o comentário seja contrário a fé Católica, contrário a Tradição Católica SERÁ DELETADO, NEM PERCA SEU TEMPO!
***Para maiores esclarecimentos: não sou adepta deste falso ecumenismo, não sou relativista, não sou sincretista, não tenho a mínima vontade de divulgar heresias; minha intenção não será outra a não ser combater tudo que cito acima!
Por fim, penso que esclarecidas as partes, que sejam bem vindos todos que vierem acrescentar algo mais neste pequeno sítio.