O uso do véu!

domingo, 31 de outubro de 2010

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"O homem não foi feito da mulher, mas a mulher do homem. E o homem não foi criado para a mulher, mas sim a mulher por causa do homem. Por isso, a mulher deve trazer sobre a cabeça (o sinal do) poder por causa dos anjos" (I Cor. XI, 8-10).

No Matrimônio, a mulher simboliza Igreja, enquanto o esposo representa Cristo. E a Igreja existe para Cristo e não o oposto.

Cristo trata a sua Igreja com todo o respeito e toda a dignidade, e não com desprezo. A Igreja adora a Cristo e o serve com zelo, e sem rebelião.

É evidente que o marido que maltrata ou desrespeita a sua esposa peca gravemente, pois Cristo jamais maltrata ou despreza a Igreja, sua esposa da qual Ele têm os filhos de Deus.

E disse ainda São Paulo:
"Julgai vós mesmos: é decente que uma mulher faça oração a Deus, não tendo véu?" (I Cor. X, 13) 

Vou fazer um comentário que para variar pode causar "impacto!" ... kakakakkakakaka...
Tem uma coisa que me incomoda é a pieguice no uso do véu... ou seja, coloca o véu já fica com aquela cara de "madalena arrependida"... ninguém merece!!!
Vem cá! Por acaso precisa fazer "carinha" quando se usa uma bluza? Quando se usa um sapato? Quando é necessário usar um casaco??? Aff... usar o véu é uma obrigação e não uma devoção, é ato de obediência!
Vc não tem mais fé ou menos fé porque usa o véu... vc sim é obediente ou desobediente... o detalhe vai estar em vc ser ou não ser submissa a Deus!
Tem umas mulheres que ficam até curvadas para demonstrarem sua "piedade"...saem da Igreja viram outras... deixa disto!!! 

Seja vc mesma... e use o véu com mais alegria e menos pieguice!

Outra situação é a seguinte, caso o próprio cabelo fosse o véu da mulher, vcs concordariam que São Paulo não perderia seu tempo escrevendo que as mulheres devem cobrir a cabeça, não é mesmo??? Então queridos e queridas, cabelo não é véu!!!

pax. 

As Ordens de Cavalaria e os Templários

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Clique: As Ordens de Cavalaria e os Templários. (Download).

Excelente texto!

Indulgência no DIA DE FINADOS!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

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A indulgência de Finados

 
“Aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice; nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial (Enchr. Indulgentiarum, n.13).”
“Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios públicos ou semi-públicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos; a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar... o Pai-nosso e Creio..., confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai-nosso e Ave-Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção).” 

    NOTA IMPORTANTE: Entre as condições costumeiras para se lucrar a Indulgência Plenária, está o total desapego ao pecado, mesmo venial. Sem esse desapego, repete 4 (quatro) vezes o Manual das Indulgências, a Indulgência será parcial (maior ou menor, na medida do desapego, mas nunca, plenária). Ainda, conforme o Manual das Indulgências, a Indulgência Plenária da piedosa visitação à Igreja pode ser lucrada do meio-dia da véspera (1° de Novembro) até a Meia-noite do dia 2. (conforme Norma n° 17).

Vídeo - "A Missa do Futuro"

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

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Este vídeo é o primeiro de uma sequência de 10 vídeos. Um excelente documentário! Recomendo a todos que assistam a sequência inteira até o fim.




Vídeo 2    Vídeo 3    Vídeo 4    Vídeo 5    Vídeo 6     

Vídeo 7    Vídeo 8    Vídeo 9    Vídeo 10

A batina de cem botões e a tiara

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Ivone Fedeli.
Embora o site Golias tenha uma perspectiva que é o avesso da professada por nós, concordamos fundamentalmente com tudo o que essas notícias afirmam, bastando apenas notar que nos alegramos com o que os entristece e nos entristecemos com o que os alegra. Situação análoga à do famoso prelado que, surdo e incapaz de ouvir os discursos dos bispos durante as discussões sobre a infalibilidade papal no Concílio Vaticano I, ficava atento ao esquerdista Cardeal Dupanloup e sabia sempre escolher a sua posição: opunha-se, quando Dupanloup apoiava e aplaudia quando Dupanloup protestava...
O primeiro texto refere-se à nomeação do Cardeal Piacenza para o Congregação do Clero e o segundo à auspiciosa volta da tiara às armas papais e, em breve, à augusta cabeça do Soberano Pontífice. Dois temas que, de si, não são conexos, mas que, contudo são aspectos de uma mesma transformação que, sob o comando do Santo Padre Bento XVI, gloriosamente reinante, vai suave, mas inexoravelmente, ocorrendo na Igreja.
A batina – de que Golias afirma que D. Piacenza é um grande adepto – e a tiara, que faz ulular de raiva aquele site, são dois símbolos de uma mesma mentalidade, de um mesmo modo de ver a Igreja.
Uma mentalidade que enxerga no padre o ministro de Deus, dedicado às coisas do alto e a conduzir às coisas do alto o rebanho do Senhor. Alguém que está no mundo, mas não é do mundo e que manifesta pela batina esse seu alheamento do mundano e essa sua consagração absoluta ao serviço de Deus, através do serviço das almas.
Uma mentalidade que vê no Papa o Vigário de Cristo e, como tal, com direito a usar a tiara -- também chamada de Regnum -- coroa tríplice que indica a unidade da Igreja e a suprema suserania do Papa sobre toda a Cristandade, como Soberano Universal da Igreja Una, Soberano dos Estados Pontifícios, e Bispo de Roma. (Ver sobre isso nesta carta).
Portanto, uma mentalidade oposta à adaptação da Igreja ao mundo, propugnada pelo Vaticano II, e à "maciça auto-secularização" da Igreja – na expressão do Cardeal Schönbrum, ocorrida durante os quarenta anos que se seguiram ao Concílio. (Ver notícia sobre isso).
Duas notícias, portanto, que designam dois elos da robusta corrente de reconstruções e restaurações que o Santo Padre vai encadeando para prender, com cada vez maior solidez, a
Santa Barca de Pedro às colunas de suas tradições doutrinárias e espirituais. Daí a fúria dos neomodernistas. Daí a alegria da Montfort.
Ivone Fedeli
São Paulo, 19/10/2010
Papa Bento XVI nomeia um ultraconservador para o comando da Congregação para o Clero

O nome do sucessor do cardeal Claudio Hummes como Prefeito da Congregação para o Clero acaba de ser revelado. Trata-se do secretário do mesmo dicastério, o arcebispo Mauro Piacenza, um italiano 66 anos que se declara filho espiritual do Cardeal Giuseppe Siri, arcebispo de Gênova por mais de quarenta anos, que o ordenou padre.
Intelectualmente brilhante, Piacenza é também ultraconservador. Obviamente, essa escolha não é fortuita. Trata-se de uma recompensa outorgada àquele que foi a locomotiva do ano sacerdotal encerrado em junho. Mas, além disso, o bispo de Piacenza encarna uma visão arquitradicional do padre. Um detalhe, mas que diz muito, é seu apego incansável ao traje eclesiático. Os padres deveriam voltar a ser vivamente encorajados a usá-lo, de preferência a batina com cem botões. Na falta dela, o estrito colarinho romano. A única coisa boa sobre esta desastrosa escolha profundamente tradicionalista - que volta definitivamente as costas não apenas à idéia de reforma do ministério sacerdotal, mas também ao espírito do Concílio Vaticano II e à intuição de outros modos de exercício do ministério sacerdotal, como o dos padres operários – é que Piacenza desconfia como de uma praga do Opus Dei e dos neoconservadores. É um tomista afastado de um misticismo vaporoso.

Esta escolha é, certamente, uma ducha fria para seu antecessor no cargo, o brasileiro Claudio Hummes, antigo arcebispo de Fortaleza e de São Paulo. Um franciscano de 76 anos de idade, outrora bastante progressista, e que não renegou seus amores da juventude (teologia da libertação ), apesar de uma nítida mudança espiritualizante, se não conservadora. Em comparação com Piacenza, porém, ele faz figura de um homem de esquerda. Sabe-se que ele defendia a tese da ordenação de homens casados como sacerdotes, o que obviamente não será o caso de Piacenza!
O Papa fez ainda uma outra nomeação significativa, mas de nível mais baixo do que o que se prognosticava para o interessado. Trata-se de D. Robert Sarah, 65 anos, ex-arcebispo de Conakry – para onde foi nomeado há 34 anos! – atual secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos. É um posto de confiança, principalmente devido às limitações do prefeito dessa Congregação, o Cardeal Ivan Dias, que não deu ao Papa grande satisfação e que está com a saúde debilitada. D. Sarah era citado, ainda há poucos dias, como o provável sucessor de Hummes a fim de - nas palavras de um prelado romano - dar cor a esse dicastério austero e prestigioso, o do Clero. Mas o Papa não teria nele a mesma confiança que tem Piacenza, homem da velha escola romana.
Mais próximo dos círculos neoconservadores, Sarah é, com efeito, considerado ortodoxo, mas não propriamente favorável ao retrocesso, e sujeito a explosões. Ele torna-se, portanto, chefe de um dicastério, mas de um dicastério menor, pois trata-se do Conselho "Cor Unum", no lugar do alemão Paul Josef Cordes, 76, um velho amigo de Ratzinger. 
Piacenza será, evidentemente, criado cardeal no próximo consistório com um número bastante significativo de prelados italianos: para a Cúria, Angelo Amato, Velasio de Paolis, Fortunato Baldelli, Paolo Sardi, Gianfranco Ravasi e Francesco Monterisi. Sem mencionar dois arcebispos da Península, Giuseppe Anfossi, arcebispo de Florença e Paolo Romeo, arcebispo de Palermo. Na verdade, de todo esse areópago, Ratzinger só aprecia realmente os dois futuros cardeais ... Amato e ... Piacenza. Os outros só receberão o barrete vermelho devido a suas funções e a suas carreiras passadas.
 
A nomeação de Piacenza porta o cunho pessoal do papa. Promoções diretamente verticais (de secretário a prefeito de uma mesma congregação), são raras e desaconselháveis. Salvo uma confiança excepcional num homem incontornável. Sobretudo quando o promovido nunca teve um cargo na pastoral direta de uma diocese. O homem incontornável que é, sem dúvida, Mauro Piacenza aos olhos do Papa. Em seu plano de restauração.
A volta da tiara
Bento XVI varre a decisão de seus predecessores, Paulo VI e João Paulo II
Coisa anunciada, coisa logo realizada. A tiara que representa as três coroas do poder pontifical vai fazer seu come back dentro em pouco. Talvez no Natal, para a bênção urbi et orbi.
Essa festa se acompanha em geral de um apaziguamento dos conflitos ideológicos. O que é uma ocasião maravilhosa para fazer engolir uma pílula desse tamanho.
Enquanto isso, de certo modo a tiara já voltou, já que acompanha as novas armas do papa, como se pôde ver pela primeira vez no domingo 9 de outubro.
Evidentemente, um sinal muito importante.
Piscada de olho de entendimento para os tradicionalistas. Ofensa à memória de Paulo VI e dos dois Joões Paulos que não quiseram saber desse símbolo teocrático de outras eras, que exprime uma visão muito pouco evangélica do poder na Igreja.

NÃO TRATEMOS OS LOBOS COMO OVELHAS PERDIDAS

sábado, 23 de outubro de 2010

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A doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo está cheia de verdades aparentemente antagônicas que, entretanto, examinadas com atenção, longe de reciprocamente se desmentirem, reciprocamente se completam formando uma harmonia verdadeiramente maravilhosa. É este o caso, por exemplo, da aparente contradição entre a justiça e a bondade divinas. Deus é ao mesmo tempo infinitamente justo e infinitamente misericordioso. Sempre que para compreendermos bem uma destas perfeições fecharmos os olhos a outra, teremos caído em grave erro. Nosso Senhor Jesus Cristo deu, em Sua vida terrena, admiráveis provas de Sua doçura e de Sua severidade. Não pretendamos “corrigir” a personalidade de Nosso Senhor segundo a pequenez de nossas vistas, e fechar os olhos à suavidade para melhor nos edificarmos com a justiça do Salvador; ou pelo contrário fazermos abstração de Sua justiça para melhor compreendermos Sua infinita compaixão para com os pecadores. Nosso Senhor se mostrou perfeito e adorável tanto quando acolhia com perdão inefavelmente doce Maria Madalena, quanto quando castigava com linguagem violenta os fariseus. Não arranquemos do Santo Evangelho quaisquer destas páginas. Saibamos compreender e adorar as perfeições de Nosso Senhor como elas se revelam em um e outro episódio. E compreendamos enfim que a imitação de Nosso Senhor Jesus Cristo por nós só será perfeita no dia em que soubermos, não apenas perdoar, consolar e afagar, mas ainda no dia em que soubermos flagelar, denunciar e fulminar como Nosso Senhor.
Há muitos católicos que consideram os episódios do Evangelho em que aparece o santo furor do Messias contra a ignomínia e a perfídia dos fariseus como coisas indignas de imitação. É ao menos o que se depreende do modo de que eles consideram o apostolado. Falam sempre em doçura, e procuram sempre imitar essa virtude de Nosso Senhor. Que Deus os abençoe por isto. Mas por que não procuram eles imitar as outras virtudes de Nosso Senhor?
Muito freqüentemente, quando se propõe em matéria de apostolado um ato de energia qualquer, a resposta invariável é de que é preciso proceder com muita brandura “a fim de não afastar ainda mais os transviados”. Poder-se-á sustentar que os atos de energia têm sempre o invariável efeito de “afastar ainda mais os transviados”? Poder-se-ia sustentar que Nosso Senhor, quando dirigiu aos fariseus suas invectivas candentes, fê-lo com a intenção de “afastar ainda mais aqueles transviados”? Ou porventura se deveria supor que Nosso Senhor não sabia ou não se preocupava com o efeito “catastrófico” que suas palavras causariam aos fariseus? Quem ousaria admitir tal blasfêmia contra a Sabedoria Encarnada, que foi Nosso Senhor?
Deus nos livre de preconizar o uso de energia e dos processos violentos como único remédio para as almas. Deus nos livre também, entretanto, de proscrever estes remédios heróicos de nossos processos de apostolado. Há circunstâncias em que se deve ser suave e circunstâncias em que se deve ser santamente violento. Ser suave quando as circunstâncias exigem violência, ou ser violento quando as circunstâncias exigem suavidade, há nisto sempre um grave mal.

* * *
Toda esta ordem de idéias unilateral que vimos denunciando, decorre de uma consideração também unilateral das Parábolas. Há muita gente que faz da parábola da ovelha perdida a única do Evangelho. Ora, há nisto um erro gravíssimo que não queremos deixar de denunciar.
Nosso Senhor não nos fala somente em ovelhas perdidas que o Pastor vai buscar pacientemente no fundo dos abismos, ensangüentadas pelos espinhos em que lamentavelmente se feriram. Nosso Senhor nos fala também em lobos rapaces, que circundam constantemente o redil, à espreita de uma ocasião para nele se introduzirem disfarçados com peles de ovelhas. Ora, se é admirável o Pastor que sabe carregar aos ombros com ternura a ovelha perdida, que dizer-se do Pastor que abandona suas ovelhas fiéis para ir buscar ao longe um lobo disfarçado em ovelha, que toma o lobo aos ombros amorosamente, abre ele próprios as portas do redil, e com suas mãos pastorais coloca entre as ovelhas o lobo voraz?
Quanto católico, entretanto, se desse aplicação efetiva aos princípios de apostolado unilateral que professa, agiria exatamente assim!

* * *
Para que se compreenda melhor que a imitação perfeita de Nosso Senhor não consiste apenas na doçura e na suavidade, mas ainda na energia, citaremos alguns episódios ou algumas frases de certos Santos. O Santo é aquele que a Igreja declarou, com autoridade infalível, ser um imitador perfeito de Nosso Senhor. Como imitaram os Santos a Nosso Senhor? Vejamos:

  • Santo Inácio de Antioquia, mártir do século segundo, escreveu várias cartas a diversas Igrejas, antes de ser martirizado. Nestas cartas, ocorrem sobre os hereges expressões como estas: “bestas ferozes (Eph. 7); lobos rapaces (Phil. 2,2); cães danados que atacam traiçoeiramente (Eph. 7); bestas com rosto de homens (Smyrn. 4,1); ervas do diabo (Eph. 10,1); plantas parasitas que o Pai não plantou (Tral. 11); plantas destinadas ao fogo eterno (Eph. 16,2)”.
Este modo de tratar os hereges, como se vê, seguia de perto os exemplos de São João Batista que aos escribas e fariseus chamava de “raça de víboras”, e de Nosso Senhor Jesus Cristo que aos mesmos apelidava de “hipócritas” e “sepulcros caiados”.
  • Santo Irineu, mártir do século segundo e discípulo de São Policarpo, o qual por sua vez fora discípulo de São João Evangelista, que certa vez indo o apóstolo aos banhos, retirou-se sem se lavar pois aí vira Corinto, herege que negava a divindade de Jesus Cristo, com receio, dizia, que o prédio viesse abaixo, pois nele se encontrava Corinto, inimigo da verdade. O mesmo São Policarpo, encontrando-se um dia com Marcião, herege docetista, e perguntando-lhe este se o conhecia, respondeu o santo: “Sem dúvida, és o primogênito de Satanás”.
  • Aliás, nisto se seguiam o conselho de São Paulo: “Ao herege, depois de uma e duas advertências, evita, pois que já é perverso e condena-se por si mesmo”(Tit. 3,10).
  • São Policarpo se casualmente se encontrasse com herege, tapava os ouvidos e exclamava: “Deus de bondade, porque me conservaste na terra a fim de que eu suportasse tais coisas?” E fugia imediatamente para evitar semelhante companhia.
  • No século IV narra Santo Atanásio que Santo Antônio eremita chamava aos discursos dos hereges venenos piores do que o das serpentes.
E, em geral, este é o modo como os Santos Padres tratavam os hereges, como se pode ver de um artigo publicado na “Civiltà Cattolica”, periódico fundado por S. S. Pio IX, e confiado aos padres jesuítas de Roma. Nesse artigo citam-se vários exemplos que transcreverei:

  • “Santo Tomás de Aquino, que apresentado às vezes como invariavelmente pacífico para com seus inimigos, numa das suas primeiras polêmicas com Guilherme de Santo Amor, que ainda não estava condenado pela Igreja, assim o trata e aos seus sequazes: “inimigos de Deus, ministros do diabo, membros do Anticristo, inimigos da salvação do gênero humano, difamadores, semeadores de blasfêmias, réprobos, perversos, ignorantes, iguais ao Faraó, piores que Joviniano e Vigilâncio (hereges que negavam a Virgindade de Nossa Senhora)”. São Boaventura a um seu contemporâneo Geraldo chamava: “protervo, caluniador, louco, envenenador, ignorante, embusteiro, malvado, insensato, pérfido”.
  • O melífluo São Bernardo, a respeito de Arnaldo de Brescia que levantou cisma contra o clero e os bens eclesiásticos disse: “desordenado, vagabundo, impostor, vaso de ignomínia, escorpião vomitado de Brescia, visto com horror em Roma, com abominação na Alemanha, desdenhado pelo Romano Pontífice, louvado pelo diabo, obrador de iniqüidades, devorador do povo, boca cheia de maldição, semeador de discórdias, fabricador de cismas, lobo feroz”.
  • Mais antigamente, São Gregório Magno, repreendendo a João, Bispo de Constantinopla, lança-lhe em rosto seu profano e nefando orgulho, sua soberba de Lúcifer, suas palavras néscias, sua vaidade, a escassez de sua inteligência.
Nem de outra maneira falaram os Santos Fulgêncio, Próspero, Jerônimo, Sirício Papa, João Crisóstomo, Ambrósio, Gregório Nazianzeno, Basílio, Hilário, Atanásio, Alexandre, Bispo de Alexandria, os santos mártires Cornélio e Cipriano, Antenagoras, Irineu, Policarpo, Inácio Mártir, Clemente, todos os Padres enfim da Igreja que se distinguiram por sua heróica virtude.
Se se quiser saber quais as normas que dão os Doutores e Teólogos da Igreja para as polêmicas com os hereges leia-se o que traz São Francisco de Sales, o suave São Francisco de Sales, na Filotea, cap. XX da parte II: “Os inimigos declarados de Deus e da Igreja devem ser difamados tanto quanto se possa (desde que não se falte à verdade), sendo obra de caridade gritar: Eis o lobo!, quando está entre o rebanho, ou em qualquer lugar onde seja encontrado.”

(Até aqui citações do artigo da “Civiltà Cattolica”, vol, I, ser. V, pag. 27).

ISTO É A DESGRAÇA!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

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Não tenho outro nome para dar, é uma desgraça!

De início até dei umas risadas, pq não sobra muita coisa, ou ri ou xinga muito...mas aí pensei... como eu gostaria de poder ver a cara do Papa Bento XVI assistindo este vídeo e poder perguntar: E aí??? Até quando Sua Santidade vai adiar uma posição diante uma coisa desta???
Gente isto aí "diz-se" ser uma Missa!!! 






Eita fiotinho bunito sô do CVII!!!!


E ainda tem uma caruda que no final do "baile show carnavalesco" afirma: "Tô aqui queimando calorias!" Fica fria minha filha, no INFERNO vc queimará muito mais e eternamente!


Nota: Macaco que muito pula uma hora leva chumbo!

VIVA BEATO PIO IX!!!!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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Franciscanas da Imaculada rezam diante do túmulo do Papa Beato Pio IX na celebração do 10º aniversário de sua beatificação.

No início do pontificado de Pio IX toda a sociedade política da época gritava em altos brados: "Viva Pio IX!".
Dom Bosco, prudentemente, mandava seus alunos gritarem "Viva o Papa!". Nessa época Pio IX tinha apoio internacional e incondicional, pois libertara os presos políticos dos Estado Pontifícios e dera ampla liberdade aos revolucionários. Consequentemente, a imprensa da época também gritava "viva o Papa".
Poucos anos depois o mesmo Pio IX percebera o erro cometido e voltara atrás. Curioso notar que o mesmo Papa que anos depois definiria o dogma da Infalibilidade Papal reconheceu que errara ao apoiar os terroristas carbonários. 

Isso mostra sua compreensão desse precioso dogma, isto é, que o Papa é infalível apenas quando trata de assuntos de Fé e Moral falando ex-cathedra.

Hoje vemos o contrário. Pio IX é condenado pela imprensa - o que, repetimos, é sempre um ótimo sinal. Sua beatificação é contestada por jornais e até entidades católicas. De repente, um interesse geral pelo tema das beatificações dentro da Igreja Católica.

Isso se deve basicamente ao fato de Pio IX ter escrito o Syllabus condenando a conciliação com o mundo moderno. 

Este singular documento em defesa da Igreja sem a preocupação de agradar, é o principal motivo desse ódio contra Pio IX.
O Syllabus é um documento que todo católico deveria ler. Ele nunca esteve tão atual (esta em nosso site).
Pio IX, além disso, decretou o dogma da Infalibilidade Papal em 1870 durante o Concílio Vaticano I. Esse dogma é uma importante arma na defesa da Igreja Católica, única portadora da Verdade de Cristo e por isso único caminho seguro de salvação. As demais religiões, sejam elas cristãs ou não, não passam de invenções do capricho humano.
Além de tudo isso Pio IX decretou também o dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854. Dogma este que veio a ser confirmado pela própria Virgem em Lourdes, na França, em 1858. 

Um Papa que defende a Igreja, condena os erros modernos e, além disso, exalta Nossa Senhora só poderia mesmo ser atacado. Todos os papas e santos que o fizeram também foram atacados. Isso só aumenta sua glória. 

Graças a Deus Pio IX foi beatificado. Viva Pio IX! Viva o Papa!

fonte: site Montfort

Deve ou não repetir-se o Baptismo conferido por hereges e cismáticos?

domingo, 17 de outubro de 2010

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Por Teresa Moreno.

Muitos hereges modernistas juram a pés juntos que não, nunca, jamais. Em nome do falso ecumenismo, do maldito progressismo e dos respeitos humanos ultra liberais, e com um apoiozinho do Magistério tradicional interpretado à boa maneira progressista, dizem não ser necessário de modo algum repetir na Santa Igreja o Baptismo conferido nas seitas heréticas.
Ora, isto quando o Sagrado Magistério sempre ensinou que estes baptismos eram, ao menos, duvidosos. Não são válidos nem inválidos à partida; em princípio, são duvidosos. Há que partir-se deste pressuposto, para depois se inferir da sua validade... ou não.
Veremos então, com base num pequeno estudo que vi e vou adaptar (cfr. blog argentino «Sursum corda»), se e quando uma pessoa baptizada por um herege ou cismático deve ou não receber novamente o Baptismo na Santa Igreja, pelo menos sub conditione.
O Magistério da Igreja insiste em que o baptismo dos hereges não é por si mesmo inválido e, com base nisto, vemos todas as alarvidades modernistas a dar rédea solta à imaginação...
Obviamente, afirmar que à partida não é inválido, não significa que esses baptismos sejam sempre válidos e que alguns deles não devam ser repetidos, pelo menos sub conditione.
I Concílio de Arles - ano 314:
Can. 8 «Acerca dos africanos que usam da sua própria lei de rebaptizar, ordena-se que se algum passar da heresia para a Igreja, se lhe pergunte o Credo e, se se vir claramente que está baptizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, apenas se lhe imponha as mãos, a fim de que receba o Espírito Santo. E, se quando lhe perguntarem não der razões desta Santa Trindade, seja baptizado.»
O baptismo deve então considerar-se inválido quando na sua fórmula não dá «razões desta Santa Trindade» ou quando o convertido não demonstra Fé divina e católica em todos os artigos do Credo. Quando os alegados baptismos se fazem com fórmulas supostamente cristológicas sem referência explícita do Pai, do Filho e do Espírito Santo - sem diferenciar as Pessoas Divinas da Trindade -, é totalmente inválido.
Sabemos perfeitamente que hoje são várias as seitas heréticas que baptizam somente em nome de Jesus Cristo, como por exemplo «as testemunhas de Jeová», uma seita antitrinitária. Tais 'baptismos' são inválidos:
1 Porque não têm a intenção de baptizar conforme as intenções da Igreja
2 Porque as seitas são antitrinitárias
3 Porque não distinguem as três Pessoas Divinas da Trindade em que não crêem
4 porque, assim sendo, não usam no 'baptismo' a fórmula trinitária devida.
Sendo inválido, deve obviamente ser repetido, porque até lá, não há baptismo algum.
Os modernistas que adoram conciliações, já estariam - caso me lessem, Deus os mantenha à distância - a pensar: "E no caso das igrejas (leia-se seitas, Igreja é só uma!) protestantes tradicionais?"
O que podemos dizer das seitas luterana, calvinista e anglicana, por exemplo? Estaremos indubitavelmente na presença de baptismos válidos como pretendem os hereges modernistas conciliadores? Pode partir-se da validade como pressuposto?
Claramente, não!!! O pressuposto é a dúvida, a neutralidade: podem ser válidos mas também podem ser inválidos.
A sua validade depende de conservarem ou não os elementos do Sacramento:
1 Baptizar-se com água
2 O que baptiza derrama a água enquanto pronuncia a fórmula trinitária «Eu te baptizo em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo.»
3 O que baptiza deve obrigatoriamente ter a intenção de baptizar conforme a Igreja - fazer o que faz a Igreja. Deve ter intenção de realizar o Baptismo.
Como saber se as seitas mais tradicionais baptizam conforme a Igreja? Conhecendo a intenção dos seus fundadores - dos deformadores.
Podemos claramente compreender que Lutero tinha uma visão ortodoxa do Baptismo, que considerava imprescindível para a salvação (teve-a sempre ao longo da vida, nunca a abandonou e, com o avançar dos anos, por ter de combater os anabaptistas - que negavam a utilidade do Sacramento - ainda se tornou mais inflexível nesta matéria). Logo, em princípio, os baptismos dos luteranos serão válidos, na medida em que cumpram as condições mencionadas acima e sigam as intenções do fundador da sua seita herética.
A julgar pelo desrespeito e desprezo manifestados à Santíssima Virgem - nunca partilhados pelo heresiarca -, é bem possível que também nisto se tenham deformado as intenções do destruidor.
Já para Zuinglio, o baptismo não tem qualquer efeito, sendo somente um símbolo de algo prévio que é a fé. Logo, não tinha visão ortodoxa do baptismo.
Por seu lado, Calvino condenou Zuinglio mas também se afastou de Lutero, visto que considerava que o baptismo era o meio normal de salvação, mas não devia ser obrigatório. Não o considerava vital para a salvação, contrariamente a Lutero. Para Calvino, uma pessoa que tivesse a fé, podia ser justificada por ela sem que tivesse recebido o baptismo, considerado por ele «uma obra». Visão mais que heterodoxa; herética, portanto.
Os anglicanos guardam o Baptismo conforme a doutrina católica e com a fórmula correcta.
Portanto, inequivocamente, se observadas as condições citadas anteriormente, só os luteranos e os anglicanos, das seitas tradicionais, estariam à partida baptizados validamente, não necessitando de repetir o Baptismo. Muito importante analisar casos individualmente considerados, sempre! Analisar a intenção de quem baptizou é fundamentalíssimo para aferir da validade daquele baptismo.
E, deste modo, não dá para generalizar levianamente - como pretendem os liberais pacifistas e conciliadores.
Como já referido, as seitas unitárias ou antitrinitárias não baptizam validamente porque, no seu caso, o baptismo não cumpre nem sequer a primeira condição indispensável para que seja ao menos duvidoso. É inequivocamente inválido porque, ao existir erros sobre a doutrina da Trindade, evidentemente o 'baptismo' não se realizará nem com a fórmula trinitária nem em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Logo, é preciso repeti-lo na Santa Igreja Católica, pelo menos sub conditione - para ser o mínimo.
Assim sendo, detestáveis modernistas/progressistas, mais devagar com o andor... que ainda a procissão vai no adro!

Fonte: Tradição Católica (http://emdefesadelefebvre.blogspot.com/)

Ladainha de Nossa Senhora

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

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Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.  
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.  
Pai Celeste que sois Deus, tende piedade de nós.  
Filho Redentor do mundo que sois Deus, tende piedade de nós.  
Espírito Santo que sois Deus, tende piedade de nós. Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós.


Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,  
Santa Virgem das virgens,  
Mãe de Jesus Cristo,  
Mãe da divina graça,  
Mãe puríssima,  
Mãe castíssima,  
Mãe Imaculada,  
Mãe intemerata,
Mãe amável,  
Mãe admirável,  
Mãe do bom conselho,  
Mãe do Criador,  
Mãe do Salvador,  
Virgem prudentíssima,  
Virgem venerável,  
Virgem louvável,  
Virgem poderosa,  
Virgem clemente,  
Virgem fiel,  
Espelho de justiça,  
Sede da sabedoria,  
Causa da nossa alegria,  
Vaso espiritual,  
Vaso digno de honra,  
Vaso insigne de devoção,  
Rosa mística,  
Torre de David,
Torre de marfim,  
Casa de ouro,  
Arca da aliança,  
Porta do Céu,  
Estrela da manhã,  
Saúde dos enfermos,  
Refúgio dos pecadores,  
Consoladora dos aflitos,  
Auxílio dos cristãos,  
Rainha dos Anjos,  
Rainha dos Patriarcas,  
Rainha dos Profetas,  
Rainha dos Apóstolos,  
Rainha dos Mártires,  
Rainha dos Confessores,  
Rainha das Virgens,  
Rainha de todos os santos,  
Rainha concebida sem pecado original,  
Rainha assunta ao Céu,  
Rainha do sacratíssimo Rosário,  
Rainha da Paz,   

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor. Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.  
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
V/ Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
R/ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

 
Oremos. Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos Vossos servos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da tristeza do século e gozemos da eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Luís Maria Grignon de Montfort

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O Apóstolo da Cruz
M. I. P. Miranda
Luís Maria Grignon, de Montfort, nasceu e viveu na França do século XVII. Numa França impregnada pela doutrina jansenista, a qual, crendo na predestinação, apresentava aos fiéis um Deus tirânico e sem misericórdia. Diante do qual o homem só podia temer e tremer. Uma doutrina que, a pretexto do respeito pela Eucaristia, afastava as almas da comunhão. Que a pretexto de não ofuscar a glória de Deus, distanciava os homens da Mãe de Deus. Os defensores dessa heresia serão os mais cruéis perseguidores de Montfort, e ele será um de seus maiores inimigos.
Desde o seminário, sua piedade, seu zelo e suas penitências suscitam contra ele invejas e inimizades. Ordenado aos vinte e sete anos, seu superior o envia para Nantes, onde passa a viver em uma comunidade sacerdotal, da qual todos os membros serão condenados mais tarde como jansenistas, morrendo impenitentes. Era natural que São Luís se opusesse a tal ambiente, tendo manifestado seu desagrado a seu superior.

Sua sinceridade não foi, ao que parece, apreciada. Removido para um hospital em Poitiers, acaba por ser expulso não só do hospital, mas também da diocese.
Após inúmeros sofrimentos, perseguições, expulsões, idas e vindas, resolve ir a Roma, pedir ao Papa permissão para trabalhar nas missões de além-mar, uma vez que na França parecia-lhe impossível continuar o apostolado.
Faz a pé a viagem até Roma, sendo recebido pelo Soberano Pontífice. Esse lhe ordena que permaneça na França, onde seu zelo seria muito necessário, concedendo-lhe para tanto o título de missionário apostólico.
Daí em diante, até quase o fim de sua vida, as perseguições dos jansenistas serão cada vez mais constantes e violentas.
Conseguindo sempre conversões numerosas e duradouras, seguido por multidões que atraía com sua palavra comovedora mas profunda, simples mas imbatível, Montfort será expulso de paróquia em paróquia, de diocese em diocese.
Após ter fundado três congregações religiosas, morre aos 43 anos. Dez mil pessoas quiseram venerar seu corpo.
Beatificado por Leão XIII em 1888, São Luis de Montfort foi canonizado por Pio XII em 20.7.47.
Quando se conhece em detalhe a vida de São Luís, não se pode deixar de admirar a "santa loucura da cruz" que o dominava. Toda a sua existência se passa entre mortificações e perseguições de todos os tipos, e ele considerava isso o maior de todos os bens.
A seu amigo Blain, que o censura, culpando-o pelas perseguições que sofre, responde:
"Dais-me como exemplo pessoas muito prudentes e de grande virtude a quem ninguém pensa em censurar. Mas há duas espécies de prudência: a própria dos cristãos que vivem em sociedade, e outra que vai melhor aos missionários e homens apostólicos. Os primeiros, para proceder prudentemente, só têm que observar as regras e costumes de uma casa santa; os outros vêem-se freqüentemente obrigados a desprezar a própria glória para buscar a de Deus, e, para isso, têm que lançar-se em mais de uma empresa que choca e até escandaliza. Não é de estranhar que se deixe em paz aos primeiros e se ataque os segundos. Quando os homens de ação são bem acolhidos pelo mundo é sinal de que o inferno não os teme. Se a prudência consistisse simplesmente em não dar que falar, os apóstolos não precisariam ter saído de Jerusalém, nem São Paulo teria sido obrigado a fazer tantas viagens, nem São Pedro por que fincar a cruz no Capitólio. Com uma prudência assim não se teria sobressaltado a Sinagoga, mas também não se teria conquistado o mundo".
A Maria Luísa Trichet, com quem mais tarde fundará a Congregação das Filhas da Sabedoria, escreve:
"Sou-vos infinitamente grato: estou sentindo o efeito de vossas orações, já que, hoje mais do que nunca, me vejo empobrecido, crucificado, humilhado. Homens e demônios desta grande cidade de Paris, movem-me uma guerra que me é amável e suave. Que me caluniem, que me ridicularizem, que destruam minha reputação, que cheguem até a prender-me. Que preciosos dons! Que manjares deliciosos! Que grandezas encantadoras! São o séquito e a companhia indispensáveis que a divina Sabedoria envia à casa daqueles onde deseja habitar. Quando me será dado possuir essa amável e desconhecida Sabedoria!"
A Sabedoria - palavra chave do vocabulário montfortiano - é a busca constante e a única aspiração do incansável apóstolo. E a Sabedoria se encontra no sofrimento, na cruz. Porque a Sabedoria foi crucificada.
"Jesus Cristo veio ao mundo por meio da Santíssima Virgem, e por Ela deve também reinar no mundo" (Tratado da Verdadeira Devoção).
Nessa frase simples se resume todo o programa de São Luís para a aquisição da sabedoria e a conseqüente instauração do reino de Cristo nas almas e na sociedade. Maria Santíssima, Mãe da Sabedoria Encarnada, é o melhor caminho para encontrar o Filho de Deus.
O "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem", certamente a mais importante das obras teológicas sobre a devoção à Virgem Maria.
Essa devoção se fundamenta em dois princípios:
1. Deus quis servir-se de Maria na Encarnação, ou seja, o Verbo de Deus se fez homem através de Maria, com o consentimento d'Ela, com a participação d'Ela. O Pai pediu sua anuência; o filho habitou seu seio; o Espírito Santo a cobriu com sua sombra (cfr. Lc 1,35).
2. Deus quer servir-se de Maria na santificação das almas. Pois sendo Ele invariável em sua conduta, é ainda e sempre através de Maria que forma Jesus Cristo nas almas. Ele continua sendo o "bendito fruto" de seu ventre e "é certo que Jesus Cristo para cada homem que o possui em particular, é tão verdadeiramente fruto e obras de Maria, como o é para todo o mundo em geral" (TVD, 33).
Por isso a devoção à Santíssima Virgem é necessária a todos os homens para a salvação e, muito especialmente, àqueles que são chamados a uma perfeição particular" (TVD, 40-43).
A verdadeira devoção à Santíssima Virgem tem, segundo São Luís, cinco características:
1. Ela é interior, ou seja, vem do espírito e do coração, fundamentando-se numa idéia adequada do enorme papel representado por Maria no plano da Redenção, e num amor coerente com essa idéia;
2. Ela é terna, gerando na alma uma grande confiança, que faz recorrer a Maria em todas as suas necessidades, como uma criança recorre a sua mãe;
3. Ela é santa, isto é, faz com que se evite todo o pecado e se imitem as virtudes da Santíssima Virgem;
4. Ela é constante, consolidando a alma no bem e fazendo com que não abandone facilmente o caminho iniciado.
5. Ela é desinteressada, inspirando a alma a buscar mais a glória de Deus que suas próprias vantagens.
Todas essas notas, São Luís as reúne na prática que chama de escravidão de amor à Santíssima Virgem, pela qual se entregam a Maria todos os bens interiores e exteriores, para que de tudo Ela disponha segundo o agrado de Deus.
Às vésperas da Revolução Francesa, que pregaria a total liberdade, São Luís ensina a escravidão àquela que se proclamou escrava de Deus.

Pe.Laguerie (IBP) e os Mistérios Luminosos

terça-feira, 12 de outubro de 2010

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"Eu não tenho nenhuma dúvida que poderia haver um grande lucro em meditar os Mistérios Luminosos, tais como a Transfiguração na Mt. Tabor, ou a união em Caná; que riqueza realmente encontramos nestas sublimes páginas de nossos Evangelhos.
Mas por que esses e não outros ainda? Eu poderia facilmente inventar para você os mistérios "angélicos" (o anjo de Zacarias, o anjo ou os anjos de São José, o anjo do pool de Siloe, o anjo consolador da Paixão, etc..) ou os Mistérios "aquáticos" (a água do Jordão, a água de Caná, o andar sobre a água, da tempestade acalmada, de Siloe outra vez, etc..) E também os Mistérios "femininos" (a mulher samaritana, a mulher adúltera, Madalena- não confundam com a mulher precedente, a esposa de Pilatos, de Chusa, Herodíadas).
Mas como os provérbios de Salomão dizem, "não mova a pedra da fronteira estabelecida pelos antigos." Mudando o recanto da piedade, desanima os piedosos a melhor promovê-las.
Numa mão, temos os mistérios mantidos no nosso Rosário Tradicional que foram baseados em Revelações de Santos como São Domingos, e pela própria Sempre Virgem Mãe de Deus.
Na outra, estes mistérios são obviamente escolhidos para serem aqueles de nossa Redenção, e representam nesta consideração, verdadeiramente um pequeno "masterpiece" da síntese teológica.
Por todas estas razões e outras mais, deixe nos manter, nosso Rosário como ele é; e deixe nos tentar contudo, ser cada vez mais fiel a ele."

O QUE PENSAR DOS "MISTÉRIOS LUMINOSOS"?

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Salve Maria! 

Eu particularmente não rezo este mistério luminoso, mas minha intenção aqui não é querer estar acima de João Paulo II... longe disso, desejo apenas que os Católicos entendam as coisas como elas são, e enxerguem que esta "onda" modernista, verdadeiro tsunami dentro da Igreja, tem intenções pérfidas e maquiavélicas em seus objetivos!

Mistérios da Luz ou Luminosos?????

Numa quarta-feira do dia 16 de Outubro de 2002, o Papa João Paulo II publicou em sua carta apostólica Rosarium Virginis Mariae na qual decretou que Out/2002 até Out/2003 seria o ano do Rosário. Propôs também cinco(5) novos mistérios para meditação dos fiéis.

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Pintura: as 15 décadas do Rosário


É extremamente assustador testemunhar a que ponto chega as inovações pós conciliares, nem mesmo o Santo Rosário escapou dessa sede por "novidades"....!!!

Muitos desconhecem a conecção entre Rosário e os Salmos....

Assim como os 150 angélicos Salmos exaltam a Deus através de Davi, as 150 Ave Marias(Rosário) exaltam a Deus através da Virgem Maria.

Sei também que muitos do que seguiram a "sugestão" do Papa João Paulo II em adicionar um mistério ao Santo Rosário, não fizeram com a malícia de tentarem dissimular a forma correta(tradicional, de sempre) , e sim pela falta de informação vista tão costumariamente nos tempos pós conciliares.

Nos mistérios em si (Nascimento de Cristo, Casamento em Caná, Proclamação do Reinado, Transfiguração e Instituiçao da Eucaristia) não há nenhum problema; desde que os não fossem embutidos no Rosário, poderiam até mesmo ser uma boa meditação, mas no Rosário não!

O Rosário foi concebido nas mãos de São Domingos por Nossa Senhora e desde então sofreu sim um desenvolvimento orgânico(Ex: Segunda parte da Ave Maria), mas NUNCA NINGUÉM ousou mudar sua essência composta por 150 Ave Marias que correspondem aos 150 Salmos.

Ainda teríamos um outro problema, em Fátima, Nossa Senhora nos ordenou a rezar ao menos o Terço(50 Ave Marias) do Rosário(150 Ave Marias) diariamente.

Com essa "novidade" dos mistérios luminosos ou da luz teríamos 200 Ave Marias....E o que viria a ser um terço(1/3) de 200???

200 : 3 = 66.6

Ou seja, para obedecer Nossa Senhora de Fátima teríamos que rezar ao menos 66.6 Ave Marias, pois esse seria o novo número para se rezar o Terço. Não quero aqui afirmar que este número venha ter alguma relação demoníaca, mas não deixa de ser meio assutador. Adicionar mais essa novidade numa oração que por séculos foi mantida sua essência, seria como se afirmássemos que todos os Santos não rezaram o Terço ou o Rosário por completo, afinal, faltava-lhe "algo"...!
Mas.... Se tiveram a coragem e ousadia de mudar e/ou modernizar a própria Missa, os Sacramentos, o Catecismo, o Código de Direito Canônico etc..etc...etc... Por que haveriam de poupar o Santo Rosário???
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós.
Rezemos então pelo Clero e o fim do modernismo que nele se instalou em grandes números nas últimas décadas!

São Domingos, rogai por nós.
Brother Pius [V].

Verdades e mentiras sobre A INQUISIÇÃO!

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Nome: Marilia
Enviada em: 01/01/2004
Religião: Católica
Idade: 24 anos

Caro professor, Salve Maria!

Venho por esta mensagem lhe agradecer a resposta a uma mensagem que havia mandado. Que Deus os abençõe . me foi de muita utilidade. Agora toda noite quando vou rezar, repito a jacultória que o senhor me recomendou : " Para que vos digneis, ó meu Deus, humilhar os inimigos da Santa Igreja, nós te rogamos , ó Senhor".

Tenho agora uma outra dúvida sobre um texto que li na net também, falando que a Inquisição matou 20 milhões de pessoas em 1.000 anos. Sei que sendo a inquisição um tribunal que julgava vários tipos de crime, 20 milhôes em 1.000 anos não é muita coisa, mas como já vi em outros lugares, inclusive aqui no site Montfort, que a Inquisição não matou muitas pessoas, fiquei em dúvida. Segue o texto:

"A Inquisição católica promoveu o extermínio de aproximadamente 20 milhões de pessoas ao longo de quase 1000 anos. Embora a Inquisição tenha alcançado seu apogeu no século XIII, suas origens remontam ao século IV. A Inquisição teve princípio na França, no século XIII, mas não pode manter-se nesse país.

Na Itália e, principalmente, na Espanha, onde tomou o nome de Santo Oficio, criou fortes raízes e tornou-se instituição poderosíssima. Não havia parte nenhuma no mundo onde os protestantes ou hereges estivessem livres para o exercício de sua fé. Partindo da Europa, muitos procuraram refúgio nas Américas do Sul e Central, o "Novo Mundo". Mas para cá também vieram os inquisidores. A inquisição em Cuba iniciou-se em 1516 sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, E nem o Brasil escapou. A Inquisição Católica se instalou no Brasil em três ocasiões: A partir de 1591, na Bahia e em Pernambuco.

Não há dúvidas que esse processo foi decisivo na atual distribuição de cristãos não católicos no mundo, pois tal fato, liderado pelo Papado, eliminou milhões de mártires cristãos não católicos retardando sua conseqüente multiplicação. E se um protestante não quisesse se converter ao catolicismo, era sumariamente eliminado.

A inquisição protestante exterminou milhares de vidas. Igualmente cruel, mas incomparavelmente menor em escala numérica.

Fonte : História das Inquisições (Ed. Companhia das Letras),de HÉLIO DANIEL CORDEIRO."


Obrigada,
Fiquem com Deus

  • RESPOSTA

Muito prezada Marília, salve Maria !

Agradeço-lhe suas boas palavras em prol do site Montfort, e me alegra muito que reze a jaculatória da ladainha de todos os santos:
"Que Vos digneis humilhar os inimigos da Santa Igreja, nós te rogamos , ó Senhor" = "Ut inimiccos Sanctae Ecclesiae humiliari digneris, Te rogamus audi nos !".

Agradeço-lhe também o texto que você me envia sobre a Inquisição. Esse texto é uma prova de quanta mentira se assaca contra a Igreja e contra a Inquisição.

O texto começa mentindo ao dizer que a Inquisição foi fundada no século IV.

Como instituição permanente e para toda a Igreja, a Inquisição foi estabelecida pelo Papa Gregório IX no ano de 1231. E a Inquisição não durou se não até o século XVI, quando foi substituída pelo Santo Ofício.

O texto que você me envia diz que a Inquisição, em mil anos, matou 20 milhões de pessoas.

Ora, se a Inquisição foi instituída em 1231, se tivesse durado 1.000 anos, ela estaria hoje em pleno funcionamento. Esse texto mentiroso já calculou as mortes que a Inquisição -- inexistente há séculos -- fará até o ano 2.231.

E sem a menor cerimônia, o autor dessas caluniosas baboseiras afirma, com a maior cara de pau do mundo, que a Inquisição matou 20 milhões de pessoas.

Isso é um absurdo que clama ao céu pela exploração da burrice universal. Na Idade Média, as cidades tinham uma população bem menor que a de hoje. Uma cidade de 300.000 habitantes era, então, uma megalópole.

Rino Camillieri, autor do livro La Vera Storia dell Inquisizione, ed. PIemme, Casale Monferrato, 2.001, afirma que em 50.000 processos inquisitoriais uma ínfima parte levaram à condenação à morte, e dessas só uma pequena minoria produziu efetivamente execuções. ( Cfr. op. cit , p. 17) Diz ainda esse autor que na principal cidade medieval --centro da heresia cátara-- , em um século, houve apenas 1% de sentenças à morte (Cfr. Op cit. p. 36). Um outro autor dá o número total de condenações à morte em Toulouse, durante 100 anos: 42 sentenças.

E isso no local mais povoado de hereges, na Idade Média.

Como esses números estão longe dos 20 milhões de mortos pela Inquisição do texto que você teve a bondade de me enviar.

É assim -- com essa frieza -- que se mente e calunia a Igreja.

Ainda há pouco foi noticiada a publicação de um livro feito por historiadores insuspeitos, cuja edição foi patrocinada pelo próprio Vaticano,e que trouxe esclarecimentos importantes sobre a Inquisição (Esse livro, ainda não chegou às nossas mãos, mas se tem noticiado alguns de seus dados).

Não podia fechar este dia com outra foto! VIVA NOSSA SENHORA APARECIDA!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

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VIVA A MÃE DE DEUS E NOSSA!
Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida. Viva a Virgem Imaculada, a senhora Aparecida! 1. Aqui estão vossos devotos, cheios de fé incendida, de conforto e de esperança, ó Senhora Aparecida. 2. Protegei a Santa Igreja, Mãe terna e compadecida. Protegei a nossa Pátria, ó senhora Aparecida. 3. Oh! Velai por nossos lares, pela infância desvalida, pelo povo brasileiro, ó senhora Aparecida.