PERGUNTA
Nome: Roberto
Enviada em: 01/10/2003
Local: Rio de Janeiro - RJ,
Religião: Católica
Idade: 37 anos
Escolaridade: Superior incompleto
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Prezado Prof. Orlando
Há um meses atrás enviei para o senhor algumas questionamentos sobre a Renovação Carismática e a Missa Tridentina. Certo tempo depois recebi sua resposta a qual embora fosse bastante precisa como de costum em todas as suas respotas, ainda me suscita outros questionamentos.
Embora o senhor seja contrário a Renovação Carismática e favorável a um rito litúrgico como se realizava antes do Concílio Vaticano II, preciso pergunta-lo a respeito da vivência do povo católico atual e anterior a o último concílio.
Se o senhor fosse traçar um paralelo entre o comportamento cristão-católico destas duas realidades como seriam as características?
Sabe porque eu pergunto isto caro professor? é porque hoje observo que o comportamento, o posicionamento, a atitude dos que pertencem ao movimento da renovação carismática é bem diferente daqueles que se dizem católicos e que andam por aí crendo em toda a sorte de crendices (signo, reencarnação, sortilégios, pedras, cristais). Claro que não estou dizendo que somente os católicos ligados a renovação carismática estão agindo correto sei que existem pessoas que não pertencem e até não gostam deste movimento que são firmes nos ensinamentos da Igreja, como por exemplo o senhor, mas sinceramente esses últimos são raríssimos.
Me lembro que no e-mail que o senhor me enviou foi citado como exemplo o leão que estava preso a uma corrente cujo um dos elos não era de ferro e que portanto havia o risco eminente de um acidente. Este exemplo foi usado para a Renovação Carismática que embora pareça inofensiva tem assim como o nosso leão uma perigo latente, no caso para a nossa fé.
Caro professor volto a insistir (desculpe a minha insistência) se existem erros eles podem ser direcionados, podados, se há arestas estas podem ser aparadas até transformar uma pedra bruta numa bela jóia. Não consigo entender como no meio de tanto trigo o joio não pode ser separado, e cá para nós professor graças a Deus existe bastante trigo neste movimento.
As pessoas que tem a sua vida transformada por novos valores não são somente pessoas de boa vontade independente da Renovação Carismática, mas antes muitas delas passaram a conhecer os verdadeiros valores morais que a Igreja prega através deste movimento.
O senhor mencionou sobre a Missa Tridentina que o latim era usado porque era a língua voltada para Deus, então eu pergunto o que há de herético no povo que vai a Missa em entender o que se fala para Deus.
As primeiras Missas ainda no período dos apóstolos era celebrada em latim? ou numa única língua em todas as regiões?
Falando um pouco sobre mim, quando retornei para Igreja isso a uns 7 anos atrás fui acolhido por um grupo ao qual hoje estou coordenando, uma Comunidade Aliança (Comunidade Magnificat) de lá até hoje tenho me esforçado continuamente para aprender mais e mais sobre a Igreja e como melhor servi-la, pois sei que perseverando nela sirvo ao nosso Senhor Jesus.
Por vezes sinto-me ilhado, pois a mensagem evangélica assusta e chega a afastar até mesmo o que se dizem católicos, porém não esmoreço quando percebo que tantos movimentos afloram Brasil e mundo afora mostrando que Igreja continua apesar dos pesares.
Sinceramente gostaria de conhecê-lo para sentarmos e converamos a respeito da nossa Igreja Quando o senhor virá ao Rio de Janeiro?
Aguardando sua resposta, desejo-lhe que Deus abençoe esse seu árduo porém valioso trabalho - lutar pela nossa fé católica.
RESPOSTA
Muito prezado Roberto, salve Maria.
Gostaria que você compreendesse que faço uma distinção entre as pessoas que freqüentam as reuniões dos chamados carismáticos, e o movimento em si. Critico e ataco as heresias e os erros graves da RCC. Admito que possa haver, nesse movimento, pessoas de boa vontade, pessoas equivocadas ou iludidas, que não conhecem realmente nem a doutrina católica, nem a da RCC, e que são, pouco a pouco, levadas a erros mais graves.
Também sei que a RCC não é homogênea, havendo grupos mais ou menos errados, e outros de maior ou menor boa vontade.
Evidentemente, não critico pessoas, mas as idéias que fundamentam a RCC.
Ainda ontem à noite, recebi uma jovem dentista, que dirige um grupo carismático.
Quando fiz que ela lesse alguns textos de livros importantes dos carismáticos, ela caiu das nuvens, e na realidade. Porque esses textos são espantosamente heréticos.
Claro que os dirigentes maiores da RCC não mostram esses textos para todos. Muito menos os explicam. Se o fizessem, perderiam, muito de sua "clientela".
Gostaria muito que você lesse esses livros, e que estudasse as origens do Carismatismo. Tenho certeza, pelo que conheci de você, por sua carta e por seu telefonema, que você não admitiria os erros que nesses livros se defendem.
Para ajudá-lo, penso, então escrever um estudo mais longo sobre a RCC. Deixo, porém, esse trabalho para outro dia.
Por hoje, só respondo a algumas das questões que você me coloca.
Você me pergunta como compararia a situação dos católicos, antes e depois do Vaticano II.
E você, infelizmente, sem perceber bem o termo que emprega, me pergunta sobre a "vivência dos católicos antes do Vaticano II". Sem perceber, disse eu, porque a palavra vivência é um termo tomado da filosofia existencialista, e não pode ser aceito pela Fé católica. A Fé não é uma vivência. mas uma crença em verdades reveladas por Deus e ensinadas pela Igreja. Haveria que distinguir muito, ao comparar os católicos de antes do Vaticano II com os de agora.
Em número, os católicos daqueles tempos eram bem superiores aos de hoje.
Número, porém, não vale nada. Deus e a Igreja nunca buscaram ibope. Pelo contrário. São os partidos políticos e a mídia que têm sede de ibope, e que acreditam nos números. E é o carismatismo que busca atrair multidões sem dar doutrina, mas só emoções, e que, quando reúne multidões para rebolar e agitar os bracinhos numa missa-show, julga que converteu o mundo para Cristo. A RCC vive caçando ibope.
As Missas, outrora, eram muito mais freqüentadas, e a devoção era muito mais viva, embora nem de todo reta e pura.
Em minha paróquia, -- num bairro operário -- havia várias Missas dominicais, todas abarrotadas. Quase todo o mundo ia à Missa.
Estudei sempre em colégios católicos. Eles tinham milhares de alunos.
Nas Igrejas, havia muitos padres.
Lembro-me de que, nas igrejas do centro de São Paulo, havia muitas Missas, ao mesmo tempo, numa só igreja, mesmo nos dias de semana.
Nas procissões de Corpus Christi, havia mais de milhão de católicos, e a população era bem menor que hoje. Os conventos tinham muitas religiosas e os padres apóstatas eram raros.
Lembro-me do triunfo que foi o Congresso Eucarístico de São Paulo, em 1942.
E quase não havia protestantes.
E quanto à qualidade, como eram os católicos?
Além do número, muito superior ao de hoje, havia muito mais respeito. De modo algum havia as profanações e os atrevimentos sacrílegos de hoje.
Eram os tempos severos de Pio XI -- de que me lembro ainda -- e os dias solenes de Pio XII.
Este último era um Papa hierático, que impunha um grande respeito.
Nos Colégios católicos, se ensinava religião todos os dias.
Ganhei meu primeiro certame de Catecismo -- para isto, tive que saber de cor todo o II Catecismo da Doutrina Cristã -- em 1939, quando tinha seis anos. Nos colégios maristas, se ensinava Catecismo todos os dias. O Evangelho, uma vez por semana, e o Catecismo de Devoção a Nossa Senhora, todos os sábados.
Porém, se ainda se ensinava o Catecismo, decorado, já pouco se transmitiam os princípios.
Esses aspectos positivos, que tinham muito de verniz superficial, iludiam a muitos. Por trás da fachada solene, por baixo da superfície brilhante e envernizada, por trás dos números astronômicos, grassava a mentalidade Modernista, que às escondidas e secretamente trabalhava nos porões das sacristias como cupim que tudo devora. Em silêncio e ativamente. Incansavelmente. Enquanto os padres otimistas e confiantes no poder de Pio XII, dormiam e sonhavam seu sonho róseo e doce...
De repente veio o terremoto!
De repente?
Nenhum terremoto acontece de repente.
O terremoto do Vaticano II -- a maior desgraça jamais ocorrida na História da Igreja -- era gestado nos silêncios dos claustros beneditinos e dominicanos. Discretamente, nas profundezas dos seminários jesuítas, nas revistas e Congressos de linguagem semi-esotérica.
Conspirava-se.
E para que a conspiração fosse mais segura, atacava-se como delírio ridículo a teoria da conspiração. Porque ninguém é mais contrário à teoria da conspiração do que os conspiradores ativos.
O terremoto do Vaticano II foi preparado, durante quase duzentos anos antes, pelo Romantismo, movimento gnóstico antiintelectual, que afirmava que a revelação era feita por Deus no interior de cada homem, e não por Cristo aos Apóstolos.
Para o Romantismo, o sentimento estava acima da Fé. Ou melhor, a Fé era um sentimento.
A Fé não era uma adesão da inteligência às verdades reveladas por Deus e ensinadas pela Igreja. Para o Romantismo, a Fé era um sentimento doce, íntimo, inefável e pessoal da Divindade, que existiria escondida, em germe dentro de cada homem.
A Fé seria uma vivência , uma experiência, e não uma crença.
Para a Gnose romântica -- que o povo não conhecia-- a revelação não era exclusiva da Igreja Católica. A revelação se daria dentro de cada homem, no "coração" de cada um.
E por coração os teóricos românticos entendiam uma partícula divina, existente dentro de cada ser, de cada coisa, de cada homem. O povinho, coitado, entendia por coração, o coração mesmo, e julgava que o sentimento era o ápice da devoção e da manifestação de Deus.
Daí a difusão de uma piedade sentimental, rosicler, efeminada, que não dava importância à verdade, nem à luta, nem às virtudes sérias, e seriamente praticadas.
Começou-se a falar mais do amor do que da Fé. E, em vez de verdades, começou-se a pregar e a defender "os sentimentos cristãos do povo brasileiro"...
Nas igrejas, se adocicavam as almas e se enervavam --- se retirava o nervo, a fibra -- dos católicos por meio de canções extremamente sentimentais. Ser piedoso, era rezar com o pescocinho inclinado, e ter devoção era sentir os olhos úmidos nas procissões dos santos.
Ser santo era fazer milagres, andar de camisolão azul celeste, com uma flor de lírio na mão, e com jeito semifeminino.
Lembro-me de que quando me disseram que os santos eram assim, decidi não ser santo.
Ah se me tivessem dito que os santos -- todos os santos foram combativos e foram odiados -- eram "briguentos"! Ah se me tivessem dito que ser santo era ser combativo, era ser herói no mais alto sentido desse termo!
E, enquanto os católicos, os padres e os Bispos bons procuravam apenas conservar -- sem querer conquistar nada e ninguém -- Judas não dormia.
Os Apóstolos, no Horto das Oliveiras dormiam.
Judas não dormia...
Judas vinha, a noite, com os guardas do Templo, a coorte e o tribuno também. Com o tribuno de contrapeso, para prender a Cristo.
E porque nunca me explicaram o que era a coorte e o que fazia o tribuno romano lá, no Horto das Oliveiras, sem licença de Pilatos?
...
E acho que até hoje nenhum padre -- e ninguém -- explica para os católicos o que se deve entender por "coorte", que evidentemente não era a côrte de rei nenhum.
Os padres não explicam isso.
E nem os Bispos. A CNBB tem que se preocupar com os transgênicos e com o desarmamento. E a próxima Campanha da Fraternidade será sobre a água. Evidentemente não e nunca com a água benta, que isso é coisa ligada ao céu, e a CNBB se preocupa só com coisas terrenas, e de modo muito terra a terra Dom Scheidt é menos preocupado ainda que a CNBB.
Ao tomar pose da Arquidiocese do Rio, ele fez a brilhante declaração de que, no Rio, era Bangu, e, em São Paulo, era do Timão! Mas Dom Scheidt é um místico, que passa por ser erudito, pois fez tese de doutoramento sobre Ubertino da Casale (Pensei que fosse sobre o Bangu).
Claro que vendo o jogo do Timão e a novela das oito, os padres não têm tempo de estudar nem Exegese, nem Teologia. Nem a heresia de Ubertino da Casale E para que saber o que se tende por coorte?
Por acaso isso aumenta o PIB, ou enche a barriga do povo?
Naqueles tempos de Pio XII, não havia ainda a TV , nem a novela das Oito, mas já havia a novela romântica da Rádio São Paulo.
Que era às nove horas.
Depois da bênção do Santíssimo -- porque naqueles devotos tempos de Pio XII, havia Bênção do Santíssimo -- os Padres ouviam a romântica novela da Rádio São Paulo, com violinos soluçantes, fazendo fundo sonoro às ternas declarações de doces e pudicos amores.
E havia retiros.
Nos quais se dormia...
Como nos sermões.
O resultado final desse catolicismo quase geral, muito sentimental, bastante dorminhoco e totalmente enervado, só podia ser um: a vitória da heresia Modernista que jamais se deixou abater, jamais deixou de trabalhar, depois das excomunhões lançadas contra ela por São Pio X.
Judas não dormia.
Os hereges Modernistas estudavam, maquinavam, conspiravam e trabalhavam. E surpreenderam os conservadores dormindo.
No Vaticano II, os católicos se apresentaram sem programa e praticamente sem ciência teológica. Quase nenhum Bispo conservador se opôs aos Modernistas. Inicialmente, pelo menos, NINGUÉM compreendeu as ambigüidades e as fórmulas capciosas usadas pelos Modernistas, nos textos ambíguos do Vaticano II.
E, depois do Concílio, meramente pastoral, os Modernistas tiraram as conseqüências dos princípios camuflados nas frases tortuosas e quase esotéricas das declarações conciliares.
O resultado foi a apostasia de um número imenso de padres e o êxodo dos conventos: dezenas de milhares de padres que jogaram a batina às urtigas. Dezenas de milhares de freiras e frades abandonaram regras e conventos.
O resultado foi o abandono da religião por milhões de católicos. O resultado foi o fechamento dos colégios ditos católicos. O resultado foi a rarefação da vocações, as igrejas vendidas. O resultado do ecumenismo foi o fim das missões. O resultado do ecumenismo foi a divisão dos católicos e o crescimento e a multiplicação das seitas. O resultado foi a existência, hoje, de professores de Teologia, nas Universidades Católicas, professores que se declaram ateus. O resultado foi a abandono de toda a moral pública, o crescimento da violência, do crime e do uso da droga. O resultado foi o aborto e o divórcio legalizado, a pornografia pública, invadindo os lares por meio da TV, essa meretriz eletrônica que "conservou os valores da família brasileira", como alguém se atreveu a dizer recentemente.
Pio XII dizia que o mundo moderno perdeu o sentido do pecado.
Hoje, se deveria dizer que o mundo perdeu o sentido da virtude.
Você me pergunta sobre os conhecimentos religiosos antes e depois do Vaticano II.
Evidentemente, antes do Vaticano II, apesar de todo o sentimentalismo e de toda a superficialidade já dominantes, estudava-se e se sabia muito mais do que hoje. Afinal, naqueles tempos não havia ainda uma Faculdade em cada esquina. Por isso, pensava-se mais. Bem mais.
Pelo menos em alguns, ainda funcionava a lógica. Hoje, se dizem os maiores despautérios com a maior seriedade.
Pior: escrevem-se despautérios e ninguém os percebe.
Hoje, depois do Vaticano II, e depois da Missa Nova em português, se tornou preciso explicar tolices. A decadência religiosa e intelectual são patentes.
Após o Vaticano II se perdeu não só a noção da pecado e da virtude, mas também a do ridículo.
O terremoto do Vaticano II, negando que a revelação tenha sido de verdades, mas da própria "res" -- [da substância divina] -- com a qual se entraria em contato por meio de uma experiência interior inefável, desacreditou o valor da inteligência humana.
Todas as heresias modernistas derivaram disso: da negação do valor correto da razão. Deste erro nasceram o racionalismo da Teologia da Libertação, sequaz do marxismo, e o irracionalismo emocionalista, sensacionalista, anti intelectual e gnóstico do Pentecostalismo da RCC. Racionalismo e irracionalismo são as duas pontas da língua da serpente, que engana os católicos em nossos dias, com o apoio de muitos padres.
Aliás, é Padre Jonas Abib quem afirma que: "Logo após o Vaticano II -- Deus já havia derramado o Seu Espírito sobre a Igreja ( SIC !!!) --, o inimigo veio violentamente para atacar-nos justamente em nossa fé. Ele foi tão covarde que visou especialmente àqueles que estavam na cabeça da Igreja [O Papa ???] Os mais atingidos fomos nós, padres, religiosos e religiosas" (Padre Jonas Abib, Orando com Poder, Ed. Salesiana, São Paulo, 2.001, p.55.).
É Padre Jonas Abib quem afirma tal coisa.
Você me pergunta ainda sobre o latim, escrevendo-me: "pergunto o que há de herético no povo que vai a Missa em entender o que se fala para Deus".
Devo dizer-lhe que por trás dessa vontade de impor o vernáculo na Missa, está o erro doutrinário gravíssimo que afirma que a Missa é rezada pelo povo, e não pelo Padre, erro que o concílio de Trento condenou dizendo: "Se alguém disser que o rito da Igreja Romana pelo qual parte do Cânon e as palavras da Consagração se pronunciadas em voz baixa, deve ser condenado (...) ou que só se deve celebrar a Missa em língua vulgar (...) seja anátema !"(Concílio de Trento, Cânones sobre o Santo Sacrifício da Missa, Cânon 9, Denzinger 956. O negrito é meu).
Além disso, se cada povo rezar em sua língua própria, se perde a noção da unidade da Igreja. Foi em Babel que, com pecado, as línguas se dividiram.
Foi no Pentecostes, que a unidade da Fé restabeleceu a unidade das línguas.
E o latim dificulta a introdução de erros, enquanto que, nas línguas vivas, as palavras mudam de sentido, facilita a introdução de erros.
E argumentam alguns que o povo entende a Missa em português.
Será?
Que entende o povo quando se diz que Cristo é Filho de Deus?
E que entende o povo -- e até, que entende a maioria dos padres de hoje, que lêem gibis, ou que torcem pelo Bangu ou pelo Timão - sobre o que é o Verbo?
E poderia eu multiplicar as perguntas sobre as palavras da Missa, perguntando o que significa a expressão "Ele está no meio de nós "...
A verdadeira explicação dessa estranha expressão iria muito longe.
Esta primeira carta, respondendo à sua pergunta, já vai longa, e por hoje encerro nosso bate papo. Noutra missiva, analisarei mais a fundo, como você me pede, o problema da RCC.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.
1 comentários:
GRUPOS SINCRÉTICO-RELIGIOSOS, SEITAS PROTESTANTES OU RCCs CATÓLICOS?
Os eventuais RCCs dissensos aos rígidos ensinamentos da Igreja atinentes ao movimento e se atuantes na CN e outros locais eles se contradiriam aos comentarios instrutivos do S Padre Papa Bento XVI ao "Domenica Coena" do Beato João Paulo II nas liturgias Eucarísticas e, como os proprios líderes o admitem por ser histórico, o carismatismo possui origem protestante, como se necessitasse nova efusão do Espírito Santo, O Qual dentro de si via carismáticos dispensaria ensinamentos outros quaisquer, até do confessor, do sr Bispo, Papa - como já vi; assim agindo, isso os levaria obrigatoriamente a serem neos componentes da DITADURA DO RELATIVISMO, ou então, há muitas denuncias, que "os grupos emotivistas "auês" RCCs seriam a porta de saída da Igreja e ingresso em seitas pentecostalistas protestantes" devido igualarem-se, possuindo sentido.
O carismatismo das seitas pentecostalistas - ou de quem o adote - ilude os seguidores à esperança de estarem recebendo graças especiais, êmulos internos de o Espírito Santo dentro de si a revelar e instruir sobre tudo, sendo em geral manifestações naturais do sentimento religioso. Além disso, o demônio pode servir-se desses estados de superexaltação para produzir certos fenômenos extraordinários com aparência de carismas, para enganar e perder a muitos.
Dever-se-ia melhor objetivar a fé, ao invés de ficar à cata de dons especiais carismáticos individuais que sugeririam egoísmo, orgulho e (ou) o típico luteranismo subjetivista: fé prazeirosa, êxtases, experiências místico-divinas, etc. Sobre o "falar em línguas", diz S Paulo: 1 Cor 14,19: Mas numa assembléia, prefiro dizer cinco palavras com a minha inteligência, para instruir também os outros, a dizer dez mil palavras em línguas. E em 1 Cor 14,22:...as línguas são um sinal não para os que crêem, mas para os que não crêem. São dons individuais, de difícil detecção se provém de si ou do animador com o grupo reunido, aportando mais individualismo que partilha de dons; idem, exorta-nos em aperfeiçoar-se na caridade que é perene. Veja 1 Cor 12,31 e 13+.
Restrições maiores ao "repouso no Espírito" em reuniões, por necessitar de "aprofundamento, estudo e discernimento"; quanto a exorcismos, atente-se ao cânon 1172, reservado ao Ordinário local ou seu preposto para discernir com perícia e objetividade o caso, jamais exercido por afoitos dirigentes RCCs. Rejeitem-se veementemente imposição de mãos em (ou) gestos de pedidos de curas simulando algo mágico ou ações similares comunicando dons, fluidos espirituais etc.; evitem-se termos como "batismo, ministério" e similares para não suporem ambiguidades com os sacramentos.
Aliás, o S Padre Bento XVI em viagem a Benin, África, como noutras ocasiões, criticou as liturgias "atraentes": emotividades e manifestações ruidosas ou culturais às celebrações litúrgicas como anti eclesiais, instando-nos a um cristianismo "mais simples, profundo e compreensível", sob normas oficiais da Igreja, afirmando que tais manifestações sentimentalistas provêem de seitas pentecostalistas "aparentemente compreensivas e atraentes" mas são "sincretismo religioso e pentecostalismo protestante", advertindo-nos jamais os imitar; caso contrário, aparentaria sincretismo oriundo da própria Igreja praticado por aparentes membros, confundindo os incautos
O comentar constante de receberem supostas "mensagens e revelações" do Espírito Santo é muito comum dos evangélicos pentecostalistas, referindo-se serem portadores.
Diz o magnífico S João da Cruz: ... quando a alma procura essas comunicações carismáticas, abre as portas ao demonio.
Origem protestante: Mt 7, 17-18: Pode uma árvore ruim dar bons frutos...
O proprio Cristo prometeu e mantém sempre assistencia a ela - Ela O Ele mesmo - até ao fim; tais manifestações existiram apenas nos primordios de aceitação e fixação do cristianismo, excluídas e suspeitas novas supostas "efusões quaisquer".
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Salve Maria!
Que o Espírito Santo conduza suas palavras. E que Deus nos abençoe sempre.
***Caso o comentário seja contrário a fé Católica, contrário a Tradição Católica SERÁ DELETADO, NEM PERCA SEU TEMPO!
***Para maiores esclarecimentos: não sou adepta deste falso ecumenismo, não sou relativista, não sou sincretista, não tenho a mínima vontade de divulgar heresias; minha intenção não será outra a não ser combater tudo que cito acima!
Por fim, penso que esclarecidas as partes, que sejam bem vindos todos que vierem acrescentar algo mais neste pequeno sítio.