O que é o Matrimônio?

domingo, 8 de agosto de 2010


Por Christopher West  -Tradução: Fabrício L. Ribeiro 
Um homem pode se casar com outro homem? Uma mulher pode se casar com outra mulher? Um homem pode se casar com várias mulheres ao mesmo tempo, ou uma mulher com vários homens? Um homem pode se casar com sua irmã ou com sua mãe? Seu irmão, ou seu pai? Uma mulher pode se casar com seu irmão ou seu pai? Sua irmã, ou sua mãe?
Todas estas questões são agora relevantes em nossa cultura. Elas não podem ser apropriadamente respondidas a menos que saibamos o que é o matrimônio. Como católicos, nós temos um incrível corpo de ensinamentos para que entendamos o sentido e o propósito do matrimônio. Comecemos com uma definição básica advinda da Lei Canônica e do Concílio Vaticano II.
O matrimônio é comunhão íntima, exclusiva e indissolúvel de vida e de amor assumidas por um homem e uma mulher como designado pelo Criador para o propósito do seu próprio bem e da procriação e educação dos filhos. Esta aliança entre pessoas batizadas foi elevada por Nosso Senhor Jesus Cristo à dignidade de Sacramento.
Comunhão íntima de vida e de amor: O matrimônio é a mais próxima e mais íntima de todas as relações humanas. Ele envolve a partilha da totalidade da vida de uma pessoa com seu(ua) esposo(a). O matrimônio pede uma mútua entrega de si mesmo tão íntima e completa que os esposos — sem perder sua individualidade — tornam-se “um”, não somente no corpo, mas também na alma.
Comunhão exclusiva de vida e de amor: Como uma mútua doação de duas pessoas um para o outro, esta união íntima exclui a possibilidade de outra união com qualquer outra pessoa. Ela demanda a fidelidade total dos esposos. Esta exclusividade também é essencial para o bem dos filhos do casal.
Comunhão indissolúvel de vida e de amor: Marido e esposa não são unidos por emoções passageiras ou meras inclinações eróticas as quais, egoísticamente buscadas, vão-se facilmente. Eles são unidos em autêntico amor conjugal pelo firme e irrevogável ato de sua própria vontade. Uma vez que seu mútuo consentimento foi consumado pela relação sexual, uma ligação inquebrantável é estabelecida entre os esposos. Para os batizados, esta ligação é selada pelo Espírito Santo e se torna absolutamente indissolúvel. Por isso, a Igreja não ensina tanto que o divórcio é errado, mas que o divórcio é impossível, apesar de suas implicações civis.
Assumidas por um homem e uma mulher: A complementaridade dos sexos é essencial para o matrimônio. Não é que dois homens (ou duas mulheres) não possam se casar porque “a Igreja não deixa”. Se compreendermos o que o matrimônio é, nós veremos com bastante clareza que é impossível que membros do mesmo sexo contraiam matrimônio.
Como designado pelo Criador: Deus é o autor do matrimônio. Ele inscreveu o chamado para o matrimônio em nosso próprio ser criando-nos como homens e mulheres. Nós, portanto, não podemos alterar a natureza e os propósitos do matrimônio.
Para o propósito do seu próprio bem: “Não é bom que o homem esteja só” (Gen 2,18). Reciprocamente, é pelo seu próprio bem, para seu benefício, enriquecimento e, por último, para sua salvação, que um homem e uma mulher unem suas vidas em matrimônio.
Procriação e educação dos filhos: Os filhos não são acrescentados ao matrimônio e ao amor conjugal, mas brota do próprio coração dessa auto-doação mútua entre os esposos, como fruto e realização. A exclusão intencional dos filhos, então, contradiz a própria natureza e propósito do matrimônio.
Aliança: Enquanto o matrimônio envolve um contrato legal, uma aliança vai além dos mínimos direitos e responsabilidades garantidos por um contrato. Uma aliança exige dos esposos uma partilha do amor livre, total, fiel e fecundo de Deus. Pois é Deus quem, à imagem de sua própria Aliança com seu povo, une os esposos em uma forma mais compromitente e sagrada que qualquer contrato humano.
A dignidade de sacramento: O matrimônio entre pessoas batizadas é um sinal eficaz da união entre Cristo e a Igreja, e, como tal, é um canal de graças. Isto é, o matrimônio — porquanto a união entre o homem e a mulher verdadeiramente simboliza o amor de Cristo pela Igreja — realmente comunica o amor de Cristo aos esposos e, através deles, para todo o mundo.

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Salve Maria!

Que o Espírito Santo conduza suas palavras. E que Deus nos abençoe sempre.

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***Para maiores esclarecimentos: não sou adepta deste falso ecumenismo, não sou relativista, não sou sincretista, não tenho a mínima vontade de divulgar heresias; minha intenção não será outra a não ser combater tudo que cito acima!

Por fim, penso que esclarecidas as partes, que sejam bem vindos todos que vierem acrescentar algo mais neste pequeno sítio.